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Sessão de 25 de Março de 1925 31

mas que virá à Câmara na altura competente dar os esclarecimentos necessários, e dizer-nos o que é que nós podemos fazer para acudir a Angola sem comprometer as finanças da Metrópole.

Eu tenho o maior em ponho em salvar Angola da situação em que se debate; mas tenho também o maior empenho em não comprometer as finanças da Metrópole.

Dadas as declarações do Sr. Ministro das Finanças, e dadas as satisfações que - com muito prazer o registo- S. Exa. nos deu, eu, que ignorava o seu estado de saúde, nada mais tenho a dizer, declarando que me dou por satisfeito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: -Ninguém mais pede a palavra sôbre o artigo 1.°; está encerrada a discussão.

Pausa.

O Sr. Paiva Gomes:-Eu desejava falar sôbre êste artigo 1.°

O Sr. Presidente:-Já declarei encerrada a discussão.

O Orador:-Não ouvi.

O Sr. Presidente: -Há pouco declarei encerrada a discussão sôbre êste artigo e estava apenas aguardando a chegada do Sr. Baltasar Teixeira, primeiro secretário efectivo, para proceder à votação.

O Orador: - Era de relativa importância o que eu tinha a dizer. Como o Sr. Carlos de Vasconcelos tinha pedido a palavra . ..

O Sr. Carlos de Vasconcelos: - Mas desisti.

O Orador:-Eu julgava que ainda falaria S. Exa.

O Sr. Presidente : - De facto o Sr. Carlos de Vasconcelos estava inscrito, mas desistiu da palavra.

Eu declarei encerrada a discussão sôbre o artigo 1.° V. Exa. não ouviu.

Mas eu vou consultar a Câmara se permite que V. Exa. use da palavra nesta altura.

Vozes : - Fale, fale.

O Sr. Paiva Gomes : - Agradeço à Câmara a gentileza.

Eu não ouvi V. Exa., Sr. Presidente, declarar encerrada a discussão.

Tanto eu tencionava falar que, quando o Sr. Carlos de Vasconcelos pediu a palavra, eu disse a alguns Srs. Deputados: "Ora aí está a forma de eu hoje não usar da palavra; falo na próxima sessão."

Emfim, a culpa não é de V. Exa. mas também não é minha, porque eu não me apercebi da desistência do Sr. Carlos de Vasconcelos.

Tinha a convicção de ter tempo de sobra para pedir a palavra, não tendo portanto a necessidade de a pedir apressadamente.

O Sr. Presidente: - A discussão estava encerrada. Eu estava apenas aguardando o Sr. secretário efectivo para fazer proceder à votação do artigo. Foi essa a demora. De outra forma já estaria votado o artigo quando V. Exa. pediu a palavra.

No emtanto eu não tenho dúvida em propor à Câmara se autoriza que V. Exa. use da palavra.

Apoiados.

E autorizado.

O Sr. Paiva Gomes : - Sr. Presidente: agradeço a V. Exa. e à Câmara a forma cortês o obsequiosa como atenderam o meu pedido.

De facto não foi por artifício que eu o apresentei a V. Exa.

Já na generalidade eu disse que achava indocumentadas as quantias de que se trata o reservava-me para esmiuçar as mesmas quando na especialidade.

Vejam V. Exas.! Era meu propósito já pedir a palavra quando da discussão na especialidade, não só porque discordo da verba pedida mas ainda para evitar maior demora, embora porventura alguém julgasse o contrário.

Há tempos todos nós aqui estivemos do acordo sôbre o financiamento de Angola. Onde havia divergências era no montante dêsse financiamento, na forma dêsse financiamento e nas disponibilidades da Metrópole para o mesmo financiamento.

Nada mais, Sr. Presidente; mas isto já é alguma cousa.

9:000 contos ouro é o que se pede agora. Porquê?