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12 Diário da Câmara dos Deputados

to, nem para o Sr. Ministro do Interior se irritar e acusar os Srs. Deputados de estarem berrando.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Nuno Simões (para explicações): - Sr. Presidente: foi a requerimento meu que a Câmara votou que se fizesse com toda a urgência a discussão das propostas ministeriais e do projecto do Sr. Plínio Silva sôbre estradas. Quando fiz êsse requerimento, tive o cuidado de declarar que desejaria que o debate sôbre as estradas se fizesse depois de resolvidas as questões dos fósforos e do financiamento de Angola.

Disse V. Exa. que amanhã entram em discussão as propostas sôbre estradas.

Ora, aproveitando o espírito de conciliação e o alvitre do Sr. Plínio Silva sôbre a realização de sessões nocturnas, parece-me haver maneira de se fazer antes das férias o debate sôbre todos êsses problemas.

O orador não reviu.

O Sr. Plínio Silva: - Sr. Presidente: vendo que a Câmara está até certo ponto de acordo com o alvitre que eu apresentei, eu peço a V. Exa., Sr. Presidente, o obséquio de no momento próprio consultar a Câmara sôbre se permite que amanhã, quarta-feira, seja marcada sessão nocturna para se tratar nela especialmente da questão das estradas.

Creio mesmo que o Sr. Ministro do Comércio estará de acordo com isto.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Ministro do Comércio e Comunicações (Ferreira de Simas): - Sr. Presidente: pedi a palavra para declarar à Câmara que estou inteiramente de acordo com o requerimento feito pelo Sr. Plínio Silva,

Na verdade, entendo, como S. Exa., que o assunto deve ser tratado com a máxima urgência, discutindo-se o projecto de S. Exa. que já em parte poderá resolver o assunto.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Vitorino Guimarães): -Sr. Presidente: pedi a palavra para declarar à Câmara que na verdade são urgentes os assuntos que têm sido indicados; porém, eu não posso deixar de chamar a atenção da Câmara, antes de ela tomar qualquer resolução sôbre o assunto, para a necessidade verdadeiramente inadiável que há de se discutir a proposta relativa aos fósforos.

A verdade é que se não se discutir o assunto, e só não se adoptar qual o critério a seguir, não devem vir pedir, depois, responsabilidades ao Govêrno, visto que o assunto foi apresentado em devido tempo ao Parlamento.

Não estamos, Sr. Presidente, muito distantes do termo dêsse contrato; e, assim, se a Câmara não tomar uma resolução, o Govêrno fica som sabor qual o caminho que há-de seguir sôbre um assunto, como êste é, da mais alta importância.

Assim, parecia-me que a seguir à questão de Angola se deve discutir do preferencia a questão dos fósforos.

O Sr. Nuno Simões (interrompendo): - Devo dizer a V. Exa. que eu já tive ocasião de pedir à Presidência para mandar imprimir e distribuir com a máxima urgência o parecer relativo à questão dos fósforos, a fim de nós podermos estudar convenientemente o assunto, sendo a questão das estradas tratada em sessões nocturnas.

O Orador:--Não me oponho a que a questão das estradas seja tratada em sessões nocturnas.

O meu desejo é lembrar à Câmara que há outros assuntos também muito urgentes a tratar, como por exemplo o que diz respeito à representação do Estado nas assembleas dos bancos emissores.

O que é um facto, Sr. Presidente, é que, devido a esta forma um tanto ou quanto desordenada como os trabalhos vão correndo, até hoje, se bem que eu já esteja no Poder deve haver mês o meio, se aprovou apenas a proposta relativa aos duodécimos, não querendo com isto dizer, no emtanto, que o Parlamento não tenha trabalhado.

O seu trabalho, porém, não tem sido produtivo como seria para desejar.