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Sessão de 2 de Abril de 1925 31

mento de capital social, foi-se sempre apetrechando, cada dia melhor, para o exercício da sua indústria, tendo maquinaria cada vez mais perfeita, alargando as suas fábricas, melhorando consideràvelmente - e nisto justiça lhe seja feita - as suas instalações, quer sob o ponto de vista de segurança, quer sob o ponto de vista de higiene e salubridade. Os homens que dirigiram a Companhia não ignoraram nunca o que deviam aos operários sob o ponto de vista da toxidade da sua indústria - e apesar disso tudo, que foi bom, a Companhia viveu largamente dentro dêsse regime. E assim foi até 1913-1914, em que o relatório do contas da Companhia apresenta já uma receita complementar para o Estado, através do aumento de venda como foi estatuído em 1890, duma quantia de setenta e tal contos.

Ora se V. Exas. dividirem setenta e tal contos por 347$, que era a renda complementar dada pelo aumento de venda de 175:000 grosas de fósforos, V. Exas. vêm como a Companhia progrediu e como o Estado foi aumentando as suas receitas.

Mas, chegados a 1914, entrámos no período da guerra.

A verdade é que a Companhia distribuiu sempre bons dividendos.

Eu afirmo no meu parecer que a Companhia distribuiu 40 por cento de dividendo.

O Sr. Velhinho Correia: - 40 por cento sôbre quê?

O Orador: - Sôbre o capital social.

No relatório de 1923 encontra-se o seguinte:

Leu.

Se referirmos êste dividendo ao capital actual da companhia, seja 12:000 contos, nós encontramos um juro de 16,36, que já é remunerador.

Mas ainda em 1914, no plano dos serviços gerais da Companhia, encontra-se o seguinte:

Leu.

A partir desta data nunca a Companhia fez aumento de capital nem suprimentos à caixa.

Se o capital se elevou, é porque houve desdobramento de acções, chegando-se a distribuir três e quatro acções beneficiárias por cada uma das antigas.

V. Exas. sabem perfeitamente que, dentro da enormidade de milhares de pavios que se fabricam para os fósforos, se eu substituir a cera por um pouco de estearina ou, ainda, se substituir esta por terra fóssil, por gesso ou por barita, e se nas fieiras, apertar o parafuso micrométrico, um quarto ou meia volta, nós teremos, evidentemente, no fim de um fabrico largo, uma economia que é absolutamente de considerar.

A Companhia faz isso, assim como faz a substituição das madeiras que era obrigada a utilizar, fabricando ainda hoje fósforos de pinho para a província.

E isto porque a Companhia fabrica duas qualidades do fósforos: uma para Lisboa e Pôrto, e especialmente para Lisboa, onde a fiscalização é mais intensa, e outra para a província.

De maneira que, Sr. Presidente, podemos afirmar que a Companhia podia estar ainda hoje a pagar 20 por cento do valor bruto das suas vendas, porque, além dos factos que citei e de outros, há a circunstância de que a sua produção tem aumentado, embora ela venha agora dizer, como disso à comissão de finanças, que estava a fabricar apenas 180.000:000 de caixinhas por ano.

O Sr. Paiva Gomes (interrompendo): - A Companhia não disse nada disso.

A comissão de finanças é que disse isso, em face de dados oficiais que lhe foram fornecidos pelo Comissariado do Govêrno junto da Companhia.

O Orador: - Pois eu afirmo a V. Exa., Sr. Presidente, e à Câmara, que esta produção era a da Companhia em 1912, a qual foi um pouco maior em 1913, e ainda um pouco maior em 1914, e que é a própria Companhia que vem afirmar que a produção tem aumentado.

Assim, no relatório de 1923, no capítulo sob a rubrica "Vendas", diz a Companhia o seguinte:

Leu.

Depois, na rubrica "Fabrico", e, esquecendo-se do que afirma na rubrica "Vendas", diz a Companhia:

Leu.

Se a venda deminuíu, há um sítio único