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Sessão de 21 de Abril de 1925 15

O Sr. Carvalho da Silva (para interrogar a Mesa): - Peço a V. Exa. Sr. Presidente, o favor de me elucidar quando é que se discute o caso da prisão do Sr. Cunha Leal, pois essa discussão não se deve demorar, tanto mais que o Govêrno não afirmou que êle tivesse sido preso em flagrante delito.

O Sr. Nuno Simões (para interrogar a Mesa): - Peço a V. Exa., Sr. Presidente, o favor de me dizer se está em discussão o pedido para se manter a prisão de dois Deputados ou a proposta apresentada pelo Sr. Presidente do Ministério.

O Sr. Presidente: - Informo V. Exa. que o que está em discussão é a proposta enviada para a Mesa pelo Sr. Presidente do Ministério pedindo para ser mantida a suspensão de garantias e o estado de sítio no distrito de Lisboa.

Respondendo ao Sr. Carvalho da Silva devo dizer que o pedido do Sr. general comandante da divisão vai ser considerado pelas comissões.

O Sr. Carvalho da Silva (para um requerimento): - Requeiro que, a exemplo do que se tem feito nesta Câmara quando da prisão de Deputados, consulte a Câmara para entrar em discussão a admissão do pedido do Sr. general comandante da divisão, a fim de que as comissões hoje mesmo possam dar o seu parecer.

O Sr. Presidente: - O requerimento da V. Exa. não pode alterar a resolução de Câmara; a Mesa entende que se deve primeiro discutir a proposta do Sr. Presidente do Ministério e depois porá o requerimento de V. Exa. à consideração da Câmara.

O Sr. Carvalho da Silva (para um requerimento): - Requeiro a V. Exa. que consulte a Câmara sôbre se permite que eu retiro o meu requerimento*

foi resolvido afirmativamente.

O Sr. Pinto Barriga:-Vão ser breves as minhas considerações. As minhas primeiras palavras são de felicitação ao Govêrno pela maneira como jugulou o movimento.

O Sr. Presidente do Ministério sem elementos estranhos ao exército dominou o movimento; e por isso mereço as nossas felicitações.

Apoiados.

Não precisou, repito, de elementos estranhos ao exército, que depois viriam requerer o prémio como revolucionários civis.

Assim S. Exa. dominou a revolução com os elementos do exército conscientes de um dever, e merece toda a nossa inteira simpatia e todo o nosso aplauso.

Como Deputado independente, em nome dos meus amigos políticos, dou o meu voto ao bill de indemnidade pedido.

São estas as declarações que tenho a fazer.

Outras declarações pessoalmente terei a fazer que se não contêm nesta declaração.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Álvaro de Castro: - Sr. Presidente: dirijo as minhas saudações e felicitações ao Govêrno por, com elementos militares, ter sufocado o movimento revolucionário que no dia 18 se manifestou em Lisboa.

Apoiados.

Felicito o Govêrno e especialmente envolvo nesta saudação o Ministro por cuja pasta mais directamente correm os assuntos militares.

Apoiados.

Felicito também todos os republicanos, (Apoiados) por mais esta vitória da República.

Apoiados.

Parece-me ser esta a vitória definitiva sôbre os perturbadores da ordem.

Não posso deixar de manifestar a minha satisfação se constatar o entusiasmo da população republicana do País, e muito especialmente de Lisboa, que se não manifestou na luta, certa de que os elementos de que o Govêrno dispunha o acompanhariam com entusiasmo.

Não quero nesta hora proferir palavras que sejam de acusação para os vencidos.

Nesta hora entendo que todas essas palavras são descabidas.

Tem sim que fazer-se justiça, justiça que sirva de exemplo para o futuro.

Para aqueles que defenderam, o Govêrno vão todas as minhas saudações entu-