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Sessão de 22 de Abril de 1925 17

tudo: o Govêrno servo ou não servo; o Govêrno garante ou não garanto a ordem; o Govêrno defende ou não defende a República.

O que se está vendo é que não pode ser.

Apoiados.

Sr. Presidente: quanto à notícia inserta no jornal O Rebate, é inteiramente destituída de fundamento.

Essa notícia, que foi certamente introduzida no referido jornal com propósitos inconfessáveis, só pode aproveitar àqueles que, andando constantemente a apregoar a ordem, só vivem da desordem.

Tenho ainda a afirmar que são de todo o ponto verdadeiras as declarações por mim feitas nesta Câmara acerca da saída do general Sr. Vieira da Rocha do Ministério; foi como disso um lamentável equívoco.

E preciso que os exploradores não especulem com êste caso, em que há mais interêsses políticos do que paixão política. Não houve quebra da muita estima e consideração que os seus colegas de gabinete têm pelo Sr. Vieira da Rocha, a cujas qualidades prestam justiça, e que continuam a ver em S. Exa. um militar brioso e um cidadão que tam altos e relevantes serviços tem prestado ao País.

Era isto que eu queria declarar à Câmara.

Apoiados.

Quero ainda aludir a algumas referências feitas pelos Srs. Parlamentares monárquicos.

S. Exas. estão sempre a apregoar a ordem, mas aparecem sempre a defender a desordem.

Estou habituado a todas as surpresas da política, mas surpreendeu-me que aqueles que arvoram o estandarte do conservantismo venham pôr-se ao lado dos que fizeram a desordem.

Êste Governo deu provas da sua serenidade não fazendo violências.

Apoiados.

Disse-se ainda que eu tinha tido uma entrevista com o chefe do Partido Comunista. Não tive entrevista nenhuma. O Sr. Sobral de Campos falou-me pelo telefone a oferecer-me o sou auxílio na defesa das instituições.

E eu disse-lhe que o melhor auxílio que me podia prestar seria envidar todos os esfôrços para que não houvesse tumultos e não houve tumultos nem violências.

Pode a Câmara ter confiança nos homens que estão no Govêrno e, nele se conservarão até que ela decida o contrário., mas que, quando caírem, hão-de cair de pé.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. António Maria da Silva: - Cumprimento o Sr. Presidente do Ministério pelas palavras que acaba de proferir. Devemos saudar a serenidade e a inteligência o não responder a tal atitude com o obstrucionismo.

A resposta que eu dou ao Sr. Presidente do Ministério é que o Partido Republicano Português lhe oferece o mais inteiro apoio.

Vozes: - Muito bem.

O orador não reviu.

O Sr. Morais Carvalho: - O Sr. Presidente do Ministério declarou há pouco que o Govêrno tinha assegurada a ordem e vem agora com êste argumento do que se faz obstrucionismo.

S. Exa. viu que na generalidade a discussão se fez. No artigo 1.° fez-se simplesmente o que era nosso dever.

Sr. Presidente: o Sr. Vitorino Guimarães estranha que nós discutíssemos a autorização tam lata que se nos pede.

Disse ainda que lhe devemos gratidão. Só o Govêrno manteve a ordem fez o seu dever, o que outros anteriores não fizeram.

O orador não reviu.

Leu-se o artigo 2.°

O Sr. Morais Carvalho: - Requeiro votação nominal. Foi rejeitado. Foi aprovado o artigo 2.°

O Sr. Carvalho da Silva: - Requeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.°

Feita a contagem, verificou-se estarem de pé 67 Srs. Deputados e sentados 4, confirmando-se a aprovação.

Leu-se o artigo 3.°