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10 Diário da Câmara dos Deputados

O Sr. Francisco Cruz (para interrogar a Mesa): - Sr. Presidente: pedia, a V. Exa. para mo informar a que horas se entra na ordem do dia.

O Sr. Presidente: - Faltam três minutos.

Há ainda na Mesa outro requerimento do Sr. Tavares de Carvalho para serem discutidos o parecer n.° 33j9 e os projectos de lei n.ºs 306-A e 900-A.

O Sr. Jaime de Sousa (para interrogar a Mesa):--Sr. Presidente: caímos definitivamente na confusão. Se eu bem compreendi as votações" que acabam de ser feitas, li á requerimentos para se discutirem imediatamente uns determinados pareceras, e há também um requerimento do Sr. Tavares do Carvalho para se discutir uma série do pareceres sem prejuízo dos oradores que só inscreveram ...

O Sr. Presidente: - Vou ler à Câmara os precisos termos do requerimento:

Para ser discutido imediatamente o parecer n.° 860, que torna extensiva aos alunos da Escola Naval a doutrina o garantias da lei n.° 1:679;

Para ser incluído no período "antes da ordem do dia" o parecer n.º 890, referente à "adesão do estatuto de Tânger";

Para ser discutido imediatamente o parecer n.º 241, sôbre a constituição do distrito administrativo de Setúbal.

O Orador: - Eu protesto contra isso, porque não é séria essa forma de escalar o uso da palavra.

Tenho dito.

O orador não reviu.

Foi aprovada a acta.

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente: - Continua no uso da palavra, acêrca da questão de Macau, o Sr. Velhinho Correia.

O Sr. Velhinho Correia: - Sr. Presidente: entrei neste debate pelo muito amor que tenho à colónia de Macau, pois tive a honra de ser seu representante nesta casa do Parlamento, e a favor dessa colónia tenho empregado grande actividade.

O problema de Macau circula à volta do sou porto; falar de Macau é falar do seu pôrto; mas o que prendo mais a minha predilecção é um outro aspecto de Macau que é o problema económico o comercial.

Quando em Macau ou ataquei do frente êste problema fui recebido com sorrisos de descrença; mas hoje vejo que alguns anos depois essas pessoas levantaram a sua voz defendendo o trazendo justiça a Sanches do Miranda.

Falou-se ontem em manifestação de génio; para mim a construção do um porto exterior foi uma manifestação de génio, talvez um acto que nunca será bastante elogiado.

Sr. Presidente: referi-me ao problema dos caminhes de ferro, problema que tratei em dezenas de artigos e de que eu devia fazer um livro.

Os caminhos do ferro não se limitam só a Macau mas a toda a China. E um problema que precisa ser estudado com toda a atenção, pois prendo-se a questões do ordem económica, financeira e diplomática. Mas não, é só o problema dos caminhos de ferro, é o problema dos portos, da propriedade e da instrução.

O problema da instrução é dos mais interessantes, pois Macau não é uma colónia como as outras, podendo até dizer-se que é a capital do Extremo Oriente e aí devia ser estabelecida a Universidade do catolicismo do Extremo Oriente.

Sr. Presidente: eu vivi largo tempo em Macau o fui por lá eleito, não o tornando a ser por estar na guerra e até por adversários meus lá dizerem que ou tinha morrido.

Nesta Câmara em sessões sucessivas e até nocturnas eu patenteei o meu esfôrço pelo problema da navegação (Apoiados) e tinha aqui a meu lado o Sr. Rodrigo Rodrigues que me escutava com a maior indiferença, mas hoje reconhece que eu tinha razão.

O Sr. Ferreira da Rocha, meu amigo, também achou justas as minhas considerações.

Eu não pedi a palavra só para êste preâmbulo, mas sim para me referir a pontos a que só referiu o antigo governador do Macau.