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Sessão de 17 de Junho de 1925 9

O Sr. António Correia: - Há 5 anos, portanto...

O Orador: - Mas V. Exa. faça o cálculo da população com esta base do aumento que ela terá sofrido em 5 anos e, se chegar ao número que eu citei, poderemos dizer: que feliz povo é o nosso, que tam bem e tam ràpidamente se pode multiplicar!

O Sr. António Correia: - V. Exa. podia ter-me a estatística da população dos montes em 1920?

O Orador: - Eu já digo a V. Exa. Está aqui.

Leu.

O Sr. António Correia: - Isso é contando também com as crianças de peito, velhas e velhos?

O Orador: - Todos!

Risos.

Sr. Presidente: ao mesmo tempo que recebia o telegrama do governador civil de Castelo Branco, recebia uma cópia do telegrama do oficial delegado do comando da guarda que se encontra no Rosmaninhal.

A cópia diz o seguinte:

Leu.

Ora não foi isto que eu disse ao Sr. governador civil; disse-lhe - mais uma vez o acentuo - que deviam ceifar os que semearam.

Mas vê o Sr. António Correia que há informações desencontradas, não de particulares, mas do autoridades. O que eu, desejo e S. Exa. também, por certo, é imparcialmente apreciar esta questão.

O Sr. António Correia: - E V. Exa. poderia fazer-me a fineza - perdoe-me interrompê-lo novamente - de ler a correspondência trocada anteriormente a êsse telegrama o a cópia dos ofícios mandados pelo governador civil, comunicando o que se ia passar?

O Orador: - Tenho-a aqui.

Leu.

Assim, tenho também as informações dadas pelo oficial da guarda que expressamente se encontra na freguesia do Rosmaninhal

Ontem à tarde recebi do Sr. governador civil o seguinte telegrama:

Leu.

Em face dêste telegrama, e não sabendo eu a quem de direito pertencem as searas, ordenei à guarda republicana que mandasse avançar para o Rosmaninhal uma fôrça de vinte praças a fim de cercar o largo onde se encontram as medas de trigo o de evitar que seja quem fôr, de qualquer lado, lhes toque.

É um caso que interessa a economia nacional, pois está ali uma quantidade avultada de trigo que é absolutamente indispensável garantir, até se provar a quem de direito pertence.

Da Idanha, onde existe o telégrafo, até o Rosmaninhal vai uma distância grande, e por isso não admira que as minhas instruções não chegassem lá com a velocidade que eu desejava.

Estamos, porém, a tempo de remediar o mal naquilo em que é possível.

O Sr. António Correia (interrompendo): - V. Exa. pode ler à Câmara a comunicação feita pelo governador civil de Castelo Branco ao comandante da guarda republicana em 22 de Maio de 1925, comunicação que foi transmitida ao Ministério de V. Exa.?

O Orador: - Não trago os documentos todos referentes a êste caso, porque estão a ser copiados no meu Ministério, mas tenho bem presente no pensamento tudo o que êles dizem.

O Sr. António Correia: - Se V. Exa. me permite eu leio essa comunicação, pois também possuo uma cópia:

Leu.

O Orador: - O Sr. governador civil de Castelo Branco, conversando comigo aqui nos Passos Perdidos, concordou em que não tinha sido muito feliz na expressão que empregou e em que dizia que só os povos dos montes, Alares. Coveiros e Cegonhas deviam ceifar. O que eu disse foi que só os que semearam podiam ceifar.

Foi nesse sentido que dei as minhas ordens o que depois dirigi as instruções complementares para que a guarda repu-