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Sessão de 26 de Junho de 1925 15

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: - Requeiro a contraprova e invoco o § 2.° do artigo 116.°

O Sr. Carlos Olavo: - Quai é o requerimento do Sr. Jaime de Sousa?

O Sr. Presidente: - Tinha requerido que entrasse em discussão antes da ordem do dia o projecto para a reintegração dum agente da fiscalização de primeira classe do Ministério da Agricultura.

Feita a contraprova, verificou-se estarem sentados 54 Srs. Deputados e de pé 6, sendo portanto aprovado.

Foi lida na Mesa uma nota de interpelação do Sr. Pires Monteiro.

O Sr. Presidente: - Peço a atenção dos Srs. Deputados.

Está na Mesa a comunicação de ter falecido o Sr. José Dias da Silva, antigo Deputado, cidadão prestigioso e honrado, por quem a região onde vivia tinha a mais alta consideração, bem como todos nós.

Proponho à Câmara seja lançado na acta um voto de sentimento pela sua morte.

Apoiados.

O Sr. Constâncio de Oliveira: - Associo-me, em meu nome pessoal e em nome do meu partido, ao voto de sentimento proposto por V. Exa.

Proferirei, pois, duas palavras em honra do republicano ilustre que foi José Dias da Silva.

Foi um dos que, como José Elias Garcia e outros, foram sonhadores da Republica.

Apoiados.

Foi dos que sonharam a República, como uma salvação e era de paz e moralidade para o País.

Mostrou sempre a sua isenção política, o que verifiquei, sentando-me ao seu lado nas Constituintes.

Infelizmente, a República não começou a ser aquilo que tinha sonhado José Dias da Silva e com êle todos os velhos republicanos que tanto tinham trabalhado pela República.

Desalentou, e nunca mais voltou ao Parlamento.

Compreende-se que assim o fizesse.

Infelizmente, a República não tem podido ou não tem querido realizar o que foi sonhado por êsses republicanos, e como a sonhou José Dias da Silva, República de paz, de trabalho, de ordem e de moralidade.

Apoiados.

Em meu nome e em nome do meu partido, voto a proposta apresentada por V. Exa. porque reconheci sempre em José Dias da Silva o indefectível republicano e o homem de carácter.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Francisco Cruz: - Sr. Presidente : já o meu ilustre correligionário Sr. Constâncio de Oliveira falou em nome do meu partido, em nome do qual eu também havia pedido a palavra para me associar ao voto de pesar, proposto por V. Exa., pela perda irreparável do grande cidadão e grande republicano José Dias da Silva.

Foi um homem de carácter e uma brilhante inteligência.

Deu à República bastante da sua actividade. Mas por isso mesmo que procurou fazer uma República honesta, servida por uma política nobre, inteligente e alevantada, José Dias da Silva deve servir de estímulo aos servidores da República.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Paulo Cancela de Abreu: - Em nome dêste lado da Câmara associo-me ao voto de sentimento proposto por V. Exa.

Basta a afirmação feita por V. Exa., de que se trata dum homem de carácter; para que nós nos associemos imediatamente ao voto de sentimento proposto.

O orador não reviu.

O Sr. João Luís Ricardo: - Em nome do Partido Republicano Português, associo-me ao voto de sentimento proposto por V. Exa. pela morte de José Dias da Silva. Era um velho republicano que se nobilitou na Câmara onde trabalhou nas questões administrativas.

Apesar do seu pessimismo não deixou de ser o mesmo indefectível republicano.

Por isso me associo ao voto proposto.

O orador não reviu.