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10 Diário da Câmara dos Deputados

O Sr. Tavares de Carvalho: - Mas ou não estou satisfeito com o que V. Exa.

O Orador: - O que eu disso foi que o custo da vida não estava em relação com o valor da moeda, e que o Govêrno ia fazer todo o possível por valorizar o escudo.

Até agora ainda não se fez sentir no custo da vida a valorização do escudo, mas o Govêrno há-de envidar todos os esfôrços para que se estabeleça nma razão directa entre essa valorizarão e o custo da vida. Mas, evidentemente, isto não se faz num relâmpago. O Govêrno tentá-lo há, com o auxílio de V. Exas., com uma legislação que. se promulgue e, numa palavra, com todos os elementos que pode ter à sua disposição. Fazer isto tudo, porem, duma forma artificial não nos convém. E é o que o Govêrno pretende afirmar na declaração ministerial.

O Sr. Tavares de Carvalho (interrompendo). - Então o Govêrno também é de opinião que se deva promover a valorização do escudo? ...

O Orador: - O Govêrno não podia deixar de o pretender, por um princípio que é elementar. O Govêrno tem envidado todos os esfôrços para consolidar a melhoria ou valorizarão do escudo. E V. EX.* vê que o escudo não está depreciado depois que o meu Govêrno se sentou nestas cadeiras. Se V. Exa. tem seguido o curso do câmbio, verá, com eleito, que não há qualquer baixa em relação à situação anterior.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente: - Tendo falecido o Sr. general Chaves, pai do Sr. Rêgo Chagas, Alto Comissário em Angola, proponho que se lance na acta um voto de sentimento por êsse infausto acontecimento.

Tendo, falecido também o Sr. José Joaquim da Silva Amado, antigo Deputado e lente da Faculdade de Medicina de Lisboa, proponho igualmente que se lance na acta um voto de pesar.

S. Exa. não reviu.

O Sr. Carvalho da Silva: - Em nome dêste lado da Câmara, associo-me como vidamente ao voto de sentimento que V. Exa., Sr. Presidente, acaba do propor, pelo falecimento de José Joaquim da Silva Amado, professor distintíssimo, Deputado que teve nesta casa do Parlamento a consideração devida aos seus altos merecimentos e ao seu grande carácter.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem.

O orador não reviu.

O Sr. Hermano de Medeiros: - Sr. Presidente: associo-me também, em nome dêste lado da Câmara, ao voto do sentimento proposto por V. Exa.

Tendo o professor Silva Amado prestado serviços uns grandes ao país, justa, bem fusta é a homenagem que se lhe presta agora.

Êle foi meu mestre e não esqueci nunca êsse grande sábio, que foi enfermeiro, mor dos hospitais.

Porque êle foi alguém no nosso meio, bem merece, repito, a homenagem que se lhe presta nesta hora.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem.

O orador não reviu.

O Sr. Rodrigues Gaspar: - Associo-me em nome do Partido Republicano Português, ao voto de sentimento proposto por V. Exa.

O Sr. Dinis da Fonseca: - Em nome da minoria católica, associo-mo ao voto de sentimento proposto por V. Exa.

O Sr. Ministro da Instrução Pública (Santos Silva): - Sr. Presidente: sendo esta a primeira vez que tenho a honra de falar nesta casa do Parlamento, cumprimento V. Exa. e ,os ilustres parlamentares.

Associo-mo no voto de sentimento proposto por V. Exa., pela morte do Dr. José Joaquim da Silva Amado.

Não tive a honra de ser seu Discípulo, embora S. Exa. tivesse exercido nos primeiros tempos o professorado na Escola Médica do Pôrto, para a qual fez concurso.

A acção social exercida pelo ilustre morto, principalmente a dentro da cidade de Lisboa, foi importante.