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Sessão de 16 e 17 de Julho de 1925 19

proposta que vai assinada por mais 5 Srs. Deputados.

Sr. Presidente: esta proposta não traz aumento de despesas, mas tem uma enorme vantagem.

V. Exa. sabe que as Universidades recebem as propinas; entregam-nas ao Estado, para êste, de novo, lhas devolver.

Vem a segunda, pede a sua parte, e quando chega a ocasião da terceira, menos apadrinhada, já a verba se encontra esgotada.

Isto, Sr. Presidente, não pode ser, razão por que eu proponho o aumento desta verba para 1:000 contos, pois entendo que é muito preferível ir além do quê ficarmos muito longe dela.

É esta a razão por que eu proponho sôbre o artigo 34.° a alteração desta verba de 800 contos para 1:000 contos, certo do que ela não traz aumento para o Estado, pois a verdade é que ela tem de sair da verba das propinas que lhe foram entregues e depositadas no Banco de Portugal.

A segunda alteração diz respeito ao artigo 35.°

Isto, a meu ver, tem ama grande vantagem, pois a verdade é que, quando cheguei à Universidade de Coimbra, encontrei em atraso não só muitos vencimentos como gratificações, situação esta que não se pode admitir, visto que quem quer ter bons professores tem que lhes pagar, pois não ee compreende que êles não recebam os seus vencimentos e que tenham de estar à espera de uma providência legislativa para os receberem.

Creio, portanto, que êstes 50 por cento, com as economias que poderão resultar de algumas vagas que existem, cheguem para isto.

Proponho mais, Sr. Presidente, que o artigo 38.° seja alterado.

Esta verba não é excessiva, pois a verdade é que a que se destina por exemplo à Universidade de Coimbra para material não chega, e tanto assim que aos livreiros se devem quantias importantes.

Não se compreende, pois, qual o critério do Sr. Tavares Ferreira reduzindo estas verbas.

Espero, pois, que o Sr. Ministro da Instrução não só não reduza estas verbas como aumente aquelas quê eu proponho.

Sr. Presiidente: vou terminar as minha considerações, mesmo porque, dado o barulho que vai na sala, difícil se torna a nós próprios de nos ouvirmos.

Vou, pois, mandar para a Mesa as minhas emendas, esperando que o Sr. Ministro da Instrução as aceite, aumentando-as se possível fôr.

Tenho dito.

O orador não reviu.

O Sr. Presidente:-Vão ler-se as emendas enviadas para a Mesa pelo Sr. Cunha Leal.

Foram lidas, admitidas e postas em discussão, devendo ser publicadas quando sôbre elas se tomar uma resolução.

O Sr. Marques Loureiro:-Sr. Presidente: não desconhece certamente V. Exa. e a Câmara a frase de um escritor português: escreva o seu nome por baixo do que escreveu, que fico vingado.

Na verdade, Sr. Presidente, a Universidade de Coimbra, onde eu tive a honra de ser educado, está absolutamente vingada, tendo o Sr. Tavares Ferreira assinado o seu nome no parecer em discussão.

São manifestas as falsidades que se afirmam.

Não é assim que pode dignificar-se um regime e uma instituição.

Estamos a cavar a nossa própria ruína.

A Universidade é velha, é de respeito, pode ter já cabelos brancos, mas não precisa ir buscar disfarces porque na cabeça ainda tem miolos.

Sr. Presidente: se não fôsse êsse o início da minha revolta ao ler êste parecer e por êsse motivo ter pedido a V. Exa. para me inscrever quando a discussão do orçamento chegasse ao capítulo 5.°, não poderia agora deixar de o fazer depois da brilhantíssima oração do Sr. Cunha Leal.

Orgulho-me que seja eu, modesto filho da Universidade de Coimbra, que em toda a parte me orgulho de o confessar, quem tenha de agradecer a S. Exa. em nome dessa Universidade todo o esfôrço que por ela tem feito.

Não é o Sr. Cunha Leal filho da Universidade de Coimbra, mas a ela tem dado muito do seu esfôrço e da sua inteligência.

Até o Sr. António Luís Gomes passou