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60 Diário da Câmara dos Deputados

Mas não mo desalenta! Não, porque eu não posso descrer da eficácia de um princípio que ainda não foi completamente apreciado.

Para nós, os que reconhecemos o alto papel que ainda nos pertence no mundo inteiro, para nós, os que estamos convencidos da que toda a história do Portugal se encontra vizinha dos nossos tempos, para nós os que vemos palpitar as energias lusíadas dêste País. aqui e em toda a parte do mundo, para nós que temos alem disso a nossa passagem pelo mundo, para nós que fomos um País que em não soube seguir na vanguarda de todos os povos do mundo, para nós é muito triste que, pela incapacidade dos homens o pela ferocidade dos homens, se não possa fazer aquilo que podia e devia fazer-se em Portugal,

Não dou novidade nenhuma afirmando que a renovação é um fenómeno característico de toda a matéria viva e representa-se pelas novas gerações que a cada momento são chamadas à actividade dos povos.

A renovação é por consequência um fenómeno no do mundo vivo.

Falar, portanto, neste aspecto da renovação portuguesa podia parecer que era falar duma banalidade, que ora talar dum fenómeno corrente sem importância.

Dentro do ponto de vista social, esta palavra renovação tem um significado que justifica plenamente o que ou voa dizer, sem falar do um fenómeno corrente e frequente, a dele a que há pouco me referi, e que pode ter também, com verdade, uma característica no mundo vivo.

Certas sociedades - o é o caso da sociedade portuguesa - a certa altura da sua evolução cansam, ou porque tenham realizado um esfôrço excessivo que haja criado um estado de fadiga, que está averiguado pode assumir um caracter colectivo, ou por uma inesperada, brusca e violenta sangria de eliminação dos elementos de selecção superiores, ou ainda pela adopção de um método pedagógico contrário - e também êsse facto se deu em Portugal, pois que durante três séculos fomos educados por um jesuíta espanhol.

E, nesta ordem de ideias, vou-me referir ao último século da vida portuguesa, pois, para o estudo que venho fazendo, não preciso de me socorrer agora duma

pequena análise das nossas lutas políticas no século passado, aliás muito interessantes e muito elucidativas, pois mentiam, que estamos quási no mesmo estado do que nessa época.

Descanso V. Exa. e a Câmara, que não preciso por emquanto de recorrer à análise dêsse período.

Mas duma maneira geral, numa espécie de relancear de olhos sôbre o último século da vida portuguesa, nós podemos notar como fenómeno geral que tivemos as iniciativas a tempo, mas a mesma geração ou as outras não as souberam continuar.

É um caso elucidativo o da indústria, metalúrgica no tempo do Marquês de Pombal.

Foi exactamente no final do século XVIII que só iniciou em toda a parte a metalurgia moderna.

Pois o Marquês de Pombal viu perfeitamente que esta indústria ia ser a base de todo o progresso económico dos povos.

E então, sendo Portugal numa parte do seu território riquíssimo em minério de ferro, o Marquês de Pombal mandou instalar altos fornos para a sua transformação e preparação.

Ainda não tinha iniciado Bismark uma mesma política na Alemanha.

O Marquês de Pombal, fez esta instalação em Angola, o que havia de ser um dos triunfos da sua política.

B se vier até à vista dos altos fornos existentes na povoação que em homenagem ao Marquês de Pombal se chama Oeiras, verifica-se que se fez aí a extracção do minério do ferro o a sua exportação para Portugal, bem como dos seus derivados ali obtidos.

Isto tudo foi realizado durante o Govêrno do em dos mais notáveis governadores do Angola: Francisco Inocêncio de Sousa Coutinho.

Em países menos favorecidos pela natureza, tam vasta é a possibilidade da instalação desta indústria, a extraordinária influência que ela havia de ter no desenvolvimento económico dos povos, esta indústria tomava um desenvolvimento colossal nesses países, emquanto em Portugal, merco da incapacidade dos dirigentes que se seguiram ao Marquês de Pombal, essa indústria, tam necessária à vida dos-