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20 Diário da Câmara dos Deputados

Não quero que essas melhorias se façam à custa do contribuinte, nem à custa dos outros funcionários ou dos outros serviços públicos.

Quero que se faça dentro da verba ornamental do Ministério da Guerra, pois que se pode fazer melhorando e aperfeiçoando os próprios serviços.

E a êste respeito preciso dar uma informação à Câmara, um pequeno esclarecimento, mas que julgo será bastante elucidativo.

Sabe, porventura, a Câmara quantos oficiais, sargentos, cabos, soldados e seus equiparados, incluindo a polícia civil o a guarda republicana, existem hoje em armas?

Deve andar por 43:000 homens, distribuídos da seguinte forma:

[Ver tabela na imagem]

Pregunto a V. Exa. se para manter a ordem pública e cumprir com os deveres militares o executar aquelas medidas necessárias à segurança pública, é preciso manter nos orçamentos dos diferentes Ministérios verbas tam importantes para sustentar tanta gente.

Pregunto se isto não é um desperdício dos dinheiros públicos.

Pregunto se isto não é roubar gente à economia nacional e se não representa um crime.

Por consequência o Sr. general Vieira da Rocha, que tem grande competência, tem muito que fazer para pôr estas cousas no seu devido pó.

Apoiados.

Prefiro pouco o bom a esta abundância.

Apoiados.

Há terras com um regimento de infantaria, outro de artilharia, um grupo de metralhadoras e uma companhia da guarda republicana e ainda 80 guardas de policia.

Isto é uma cousa inadmissível.

Para manter êstes desvarios negam-se aos oficiais cumpridores e escravos dos seus deveres os elementos necessários para poderem viver, apresentar e sustentar condignamente as pessoas do suas famílias que lhes são queridas.

É isto de boa justiça o boa moral republicana?

Por consequência, se o Conselho Superior de Finanças fôr contrario, o Governo tem estrita obrigação de não acatar essa resolução, porquanto dentro de os Ministérios da Guerra e do Interior pode-se proceder a uma reforma dos serviços do exército, da guarda republicana e dos outros serviços da fôrça armada para obter economias com que pagar a todos condignamente, o que é fácil.

Ei até he podem melhorar êsses serviços, porque o exército está mal organizado e mal aproveitado.

Entendo, portanto, que se houver um Ministro da Guerra com a necessária competência o envergadura moral para encarar de frente estas cousas, poderá valorizar o exército o colocar os seus oficiais em condições económicas de bem servir a República.

Pouco disse, mas acerca desta matéria podo-se dizer muito.

Mas a pasta da Guerra está confiada ao Sr. general Vieira da Rocha, que é um oficial competente e com envergadura, moral para poder resolver êstes problemas.

Tenho muita consideração por S. Exa. Fui seu companheiro na Escola do Exército, onde pude admirar o seu aprumo e as suas qualidades, de inteligência. S. Exa. é ainda um herói, um bravo.

Prestando, pois, a minha homenagem de muita consideração a S. Exa., peço-lhe que encaro estas questões de frente, mostrando ao seu País e aos seus camaradas as qualidades, militares que possui.

Tenho dito.

Vozes: - Muito bem.

O Sr. Dinis da Fonseca: - Sr. Presidente: os cumprimentos ao Govêrno o as declarações da minoria católica já foram feitos pelo ilustre leader dêste lado da Câmara.

Obrigaram-me, porém, a pedir a palavra as considerações com que o sub-leader da minoria nacionalista, Sr. Pedro Pita, terminou o seu discurso.

Disse S. Exa. que estranhava a atitude