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de 18 de Março de 1921

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Portanto o déficit real, a manterem-se todas as verbas de receita e despesa1, e •depois de algumas delas- já terem sido -elevadas, será de mais de 300:000 contos. - Não me assusta este déficit. Toda a gente se apavora perante estes algarismos, mas se todos tivermos, já não direi juízo, porque não quero ofender seja quem for, mas a devida ponderação, eu que tenho uma grande fé nos destinos da Pátria e da República, direi que Oste déficit pode desaparecer num prazo relativamente curto. E se não vejamos :

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A. subvenção diferencial que representa uni quantitativo, superior a 116:000 contos, e a diferença do prémio do ouro que. ao câmbio actual, se eleva a mais de 100:000 contos. Daqui, vê V. Ex.a Sr. Presidente e a Câmara quo mais de dois terços do déficit derivam essencialmente da nossa precária situação cambial.

Melhorada ela, submetida àquela divisa que é mister que se reduza num período mais ou menos próximo, a capacidade tributária do País, cabe perfeitamente nos restantes algarismos, ficando-nos- ainda recursos para realizarmos a obra de fomento que se impõe na República, e que todos nós prometemos, antes dela implantada, porque no nosso País, em matéria •de estradas, por exemplo, estamos muito •pear do que algumas das nossas colónias. (Apoiados}. Precisamos de defender .a. nossa economia.

. Temos fatalmente de nacionalizar uma parte da nossa importação, e se o não podemos conseguir num ano ou em doi-s, «é- contudo possível fazê-lo num q triénio, -o isto devemos íaze-lo tanto no continente, -como nas colónias, a não ser que queiramos encontrar-nos- num futuro, próximo, em situação semelhante. E essa nacionalização tem de1 ser principalmente no que- respeita ao trigo, ao carvão e ao algodão-.

Se isso se conseguir, a nos sã economia modificar-se há inteiramente, porque é preciso no.tar que a metrópole é muito pequena comparada com os nossos domínios coloniais, e- nós alcançaremos uma situação melhor do que a que tem a "maior parte dos outros países.

S© eu tivesse aquela divisa cambial que-encontrei no- Ministério Sá Cardoso, em

que eu-, porventura, tinha mais ouro do que escudos, nós podíamos ter hoje,uma situação, sob o ponto de vista económico, e especialmente das subsistencias, melhor do q.ue qualquer outro país. E tanto assim é que, numa divisa jnuito melhor do que a de- agora, comprámos o carvão a mais de 200<_ de='de' a='a' e='e' _100.='_100.' mais='mais' o='o' p='p' carvão='carvão' hoje='hoje' tonelada='tonelada' inglês='inglês' vende-se='vende-se' pouco='pouco'>

E por isso que eu tenho uma grande fé em que, se o Congresso da República, o todos os portugueses, porque esta obra é demais para um homem só, trabalharem como devem, num prazo de tempo muito próximo, nós alcançaremos uma situação melhor do que muitos países que entraram na guerra.

£ i E porque é que isto ainda se não alcançou ?!

Pela falta de estabilidade minisícricil c pela falta de continuidade de esfOrço, porque podia a pasta das Finanças mudar de Ministro, mas haver a continuidade de acção.

Venho- declarar aqui bem alto que, se no dia 30 de Junho não estiverem votados os Orçamentos, eu envergonhar-me hei de- pertencer ao Parlamento. Talvez que- seja essa a melhor maneira de se verem livres de mim, se eu ciinda nessa, data sobraçar a pasta- das Finanças; mas entendo que a Câmara do Senado tem razão em se magoar por os Orçamentos lhe serem apresentados de afogadilho, como se o- Congresso àn República não fosse constituído pelas duas Câmaras. (Apoiados). E ou sou tanto mais insuspeito cm falar assim, quanto é certo que não tenho a honra de fazer partèido Senado, mas se fosse Senador, sentir-me-ia aborrecido de me considerarem como uma chancela.

Na Câmara dos Deputados provoquei a declaração de que os Orçamentos seriam discutidos e votados, tendo até o Sr. António Granjo. em nome do Partido Republicano Liberal, apresentado uma moção que o escraviza a ele e ao Governo anterior, a que tal se íaça, e portanto nc-nhama dificuldade haverá em resolver o problema.