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•Díário das Sessões ao Senado

cada funcionário a exercer a sua fiscali-.zação.

Eu, com mágoa o digo, trago este pedido à Câmara, bastante constrangido.

Não é deste modo, evidentemente, que se administra o Pais. Mas as circunstâncias são imperiosas.

Se assim não fosse, eu não usaria dum processo que me confrange e que eu sempre condenei.

Nós, sem um Orçamento .aprovado, fazemos a transferência dentro duns certos limites e vimos ao Parlamento pedir essa transferência, para não incorrei mo s no mesmo mal que há pouco mostrei.

Não se pode deixar de pagar aos funcionários e todas as mercadorias que se importam /

Mas, Sr. Presidente., para isto é que deve haver o Orçamento por-que nesta .altura vimos ao Parlamento e quando ele não funcionar, ó o Governo q.ue toma a responsabilidade, como -um médico qrae trata um doente.

O Sr. Herculano Galhardo : — g V. Ex,a reconhece essa doutrina como bon?

O Orador: — Keconheço.

As tabelas estão modificadas,; se for preciso 'pagar mais. tem de se pagar mais; não posso admitir que se execute o contrário do que eu assino.

Aquelas verbas j á AS conhece o Senado da Eepúbljca, o fundo é moralizador.

,; Porque é que eu trouxe os três duodécimos ?

Exactamente pela mesma razão que um Sr. .Senador disse que era mais conveniente votar .d3 preferência -os três duodécimos do que vir pedir duodécimos todos os meses, e representar .afinal uma peça .em que realmente os papéis não .são aqueles que podem dignificar os homens,, .que têin i;i sua conta os interesses do .país.

São cousas que já agora não iêm remédio.

Depois ,^ para que se havia de estar a discutir cousas que não estão nas devidas condições, como o que se .dá com a, reforma do Ministério 'do Comércio, sobre a qual ma-nterho a mesma opiniã-0? "

O ilustre Senador Sr. Herculano dra-lliardo, -apoiado -e muito bem, p.or iodo o Congresso, tem declarado -que .-os Orça-. mantos 4os serviços autónomos não dão

.ao Congresso da Republica a honra de se deixarem ver.

O Sr. Herculano Galhardo (interrompendo} : —; Deixam-se ver por saldos contra o Estado!,

O Orador:—item! Eu dei ordens expressas no sentido de, sem demora, os -Orçamentos virem já em minúcia, quer os-do .ano passado, quer do actual, para assim se tornar mais fácil a comparação.

De 1920-1921, estão todos em provas na Imprensa Nacional.

O Sr. Herculano Galhardo (interrom-petáo):— E ,o de 1919-1920?

O Orçamento de 1=918-1919 foi j.á -o de 1517-1918.

O Orador:—Na primeira oportunidade-eu informarei S. Ex.a do resultado das-minhas pesquisas sobre o assunto.

O orçamanto dos correios de 1921-1922 está j-á em provas; serviços florestais ©• porto de Lisboa, estão na Imprensa Nacional; caminhos -de ferro ainda não foi recebido.

O Sr. Herculano Galhardo (interrompendo) : — <_ que='que' de='de' sabe='sabe' e='e' figura='figura' é='é' ex.a='ex.a' o='o' p='p' do-estado='do-estado' nos='nos' caminhos='caminhos' v.='v.' qual='qual' ferro='ferro' salde='salde'>

j E de 11:950 contos contra o Estado t

O Orador : — Tenho aqui a discriminação.

S. Ex.a o Sr. Herculano Galhardo referiu ao Parlamento o seu ponto de vista, em matéria de serviços de caminhos de-ferro, e chamou também a minha 'atenção-para esse as 13unto.

Como S. Ex,;a sabe., o meu ilustre amigo Sr. Pina Lopes, quando Ministro das-Finanças, cortou no orçamento do Ministério do Comércio á quantia de l: 839.500$f porque, dizia ele, tendo^se aumentado as tarifas não havia razão para prever -déficit. Realmente assim ,deyia,-ser; porém, apesar desse aumento, ainda se tem estado a subvencionar com 2-:000 e tal contos e ainda pedem mais.