O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Séssãó> de. 28 fo'Abril de

'quom for nas fábricas de refinação e verás. •• *

Seguido o-conselho,, pagando, pelo menos mais. 50 por cento, o açúcar é-lhe fornecido imediatamente, dizendo: —é que para a província só se fornece do que sobra a Lisboa e Porto e a este é-por favor.. . -

Lembra aquele anecdótico caso do tenente.. Eu conto para amenizar um pouco estas agruras -e- tristezas parlamentares. ; Um tenente de-certo regimento do-Algar vê, com numerosa família'; via com muito pesar que os impedidos não lhe paravam em casa. Uma vez, quando muito satisfeito por o impedido já só domorar 15'dias, este. dirige-se-lho pedindo* humildemente para voltar ao serviço do quartel.

—O quê homem?!- Queres ir para o quarti-1?! Por quê? Então não estás sa-ti-feito?! O.-trabalho.é pouco, tratamos-te bem e damos te tudo que sobra...

—Sim, meu tenente, realmente dão-me tudo que. sobra, mas.....

—Mas quô"? • ,

—Mas não sobra nada!...

(Risos).

E o que acontece nas refinarias com o açúcar para a província: — vai o que sobra de Lisboa e Porto ; mas não áobra nada. .

(Risos). • '

Emfim, Sr. Presidente, neste e noutros factos, e principalmente no nenhum critério com que se têm dirigid') estes serviços, para que é-necessário muita ponderação e critério, é que está a explicação do estado desesperado da nossa vida1 económica. Compreende-se lá que estejamos hoje em piores, condições, muito piores, do que no período agudo da guerra, quando tínhamos de sustentar dois exércitos em/ guerra, na França e na África, quando bloqueados por submarinos; quando vivíamos quási exclusivamente do nosso esforço e do que tínhamos cá dentro; quando havia "menos braços para o<_-trabalho p='p' e='e' despesas-internacionais.='despesas-internacionais.' mais='mais'>

Não! Não se compreende-

Pelo que acabo de expor è por muitos outros factos conhecidos, principalmente respeitantes a fornecimentos de trigos', tenho a opinião há muito arreigada de que só o: comércio livre, absolutamente livre, ou todo, absolutamente .todo, tar

belado, tendo em qualquer dos casos o Estado como concorrente e: até como assambarcador, se atenuará a horrível crise que nos< martiriza, sendo absolutamente necessário e urgente meter na or-dem- os repugnantes harpagões do comércio. • ' .

Dou por isso o meu voto a esta proposta de lei, confiando no talento, saber, energia e patriotismo do ilustre Presidonte \do Ministério, crendo sinceramente que S. Ex.a vai iniciar uma obra de grande utilidade e valor. Disse. (Apoiados}.

O Sr. Jacinto Nunes:;—Depois destas revelações, deste discurso, não há o direito de conservar o comissariado dos abastecimentos.

:i

O" Sr. Ministro do Trabalho (José- Do-mingues dos Santos): — Nào desconheço as dificuldades que atravessam as casas de assistência de .todo o País.

O que se passa na Guarda não é caso esporádico.'

O Estado tem hoje receitas iguais às que havia em 1914 e, entretanto, as despesas decuplicaram.

Nestas circunstâncias, não há possibilidade do Estado, poder acudir eficazmente a torlas as casas-de assistência. , 'Ainda há pouco tempo esta casa do Parlamento votou uma proposta de lei destinada a acudir às necessidades mais instantes 'dos hospitais e para protecção aos menores e, nos termos dessa lei, as instituições de beneficência que necessitavam-do auxílio do Estado-requeriam, por. intermédio dos governadores civis,-indicando o número de'doentes hospitalizados e as despesas feitas mensalmente.

E assim eu. lembro ao Sr. Júlio Ribeiro que a. instituição a que S. Ex.a se referiu pode requerer — porque ainda é tempo de o fazer — ao-Governo,'nos ter^ mós dessa lei, para que D Estado lhe possa' pstendero auxílio.

É preciso remodelar os-serviços de assistência^ .

Desde que só-1 proclamou a República, o auxílio dos particulares às várias instituições de caridade e de assistência tem diminuido consideràvelmente.