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DÍÚTW da* Sessôet; ao Senado

recursos antigos, ou do auxílio concedido pelo Estado.

Eu sou daqueles quo entendem que o Estado tem do olhar a sério para a protecção aos menores e para o auxílio hs instituições de beneficência, esse é um dos problemas vitais da República. . .

O Sr. Abel Hipólito: — Que paguem os ricos com o que lhes .sobra.

O Orador:—Mas ó preciso arranjar verba para isso.

O Sr. Abel Hipólito:—É ir buscar o dinheiro a qaem o pode dar.

O Orador:—Isto de se fazerem reformas de serviços só para ficarem no papel, por não haver verba para ocorrer às despesas Ojue elas fazem, não servo para nada. É por essa razão que eu ainda não apresentei ao Parlamente uma proposta de lei, reformando os nossos serviços de assistência. Enquanto o Sr. Ministro das Finanças não arranjar verba para esse fim, não me atreverei a apresentar essa proposta de lei.

O Sr. Pereira Osório: — ^Mas não fni já apresentada uma proposta de lei na Câmara dos Deputados sobre seguros, que dará uma receita enorme?

O Orador: — Não senhor; ainda não 'foi.

S. Ex.a, o Sr.' Pereira Osório, com o seu aparte, deixou um pouco a descoberto a ininha intenção.

De facto, eu tenciono apresentar uma proposta de lei dando ao Estado uma participação nos seguros, e daí espero alcançar uma grande receita, que será exclusivamente destinada aos serviços de assistência. A proposta está elaborada; resta apenas quo o Sr. Ministro das Finanças apresente aquela donde há-de vir a receita. Jii com ela que eu conto arranjar meios quo permitam socorrer todas as casas de assistência de Portugal.

Julgo que assim dei satisfação ao apelo que me faz o Sr. Júlio Ribeiro, e mostrei qual o meu modo de sentir a tal respeito.

Aproveitando o estar no uso da palavra, vou também responder ao Sr. Lima

Alves, cue fez várias considerações sobro os hospitais.

Queixou-se S. Ex.a de que em Lisboa não há hospitalização para os doentes.

É facto! Mas isso é devido, como todos sabem, a que a,população de Lisboa triplicou, durante a guerra, sem que, contudo, aumentasse o número dos hospitais.

Quando há um ano eu tive a honra de ocupar estas cadeiras, no ministério Sá Cardoso, de que S. Ex.a fazia também parte, derlgenciei obter a cedência duma casa para nela instalar um hospital, mas infelizmente esse ministério caiu, e a casa foi cedida ao Ministério da Justiça, a fim de ser destinada a casa de protecção aos monoros.

Não há dúvida de que a cidade de Lisboa precisa de mais hospitais, pçrque os que existem não chegam para socorrer aquelos que deles necessitam. E é .evidente que um tal estado de cousas tem do terminar, porque não pode uma cidade como esta estar sem hospitais em número suficiente para ministrar os socorros aos seus habitantes.

Penso neste momento era adaptar uma casa. em hospital, mas para isso necessito de dinheiro.

O déficit que acusam os hospitais civis de Lisboa atinge uma verba de muitos milhares de contos. Os serviços desses hospitais castarn muito caros ao Estados e as várias reformas que eles têm sofrido e ainda o preço excessivo dos medicamentos fazem com que os hospitais tenham nm déficit que orça por 9:000 contos.

Até hoje não foi lançada, como disse o Sr. Abpl'H5pólito, uma contribuição sobre os ricos, para que o Estado possa fazer face às despesas com a: assistência pública que, inquestionavelmente, figuram no primeiro plano das suas despesas, e ninguém mais do que eu sonte quanto isso traz de mal para a República o para a protecção que o Estado tem obrigação de dar a todos os desprotegidos da sorte.

Uma outra queixa fez o 'Sr. Lima Alves; foi a falta de soro anti-diftérico.