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í)idrio das Sessões ao Penado

sés sargentos e praças. Isto é irrisório !

Alguns desses sargentos e. praças já estão reintegrados, mas há ainda outros que o não foram. 5 Entre os sargentos há um que tem 27 anos do serviço efecnvol '; Imagine Y. Ex.a, Sr. Presidente, um sargento com 27 anos de servigo efectivo posto fora do serviço!

E porquê? Porque o quo se pretende é talvez desbravar o terreno para a tal futura ditadura militar, e portanto traíam do afastar da armada aqueles elementos capazes dos maiores sacrifícios, para nf,o permitirem que se restabeleça cm Portugal um regime de tirania, como foi o do Sidónio Pais.

Apoiados.

Se estamos, de facto, numa dnnocrícia, cumpra-se a lei.

Eu fui sempre daqueles que pugnaram pelo cumprimento da lei, porque só o cumprimento da lei é que podo dar tranquilidade aos cidadãos.

Apoiados.

You eontc.r a V. E?:.a, Sr. Presidente, o à Câmara a fornia como na armada se está procedendo para com funcionários republicanos.

'NCL polícia marítima há um funcionária, retintamente republicano e .cumpridor dos seus c.evercs, o Sr.' Leopoldo Alves, que há dias foi chamado pelo chefe do Departamento Marítimo do Centro para lhe dizer que não merecia a sua confiança política. O Sr. Leopoldo Alvos responde;>lhe que 6 possival que assim seja porque ele ó republicano, o talvez o chefe do Departamento não o seja. Poucos dias depois era o Sr. Leopoldo Alves afastado do sei-viço dajDolíeia marítima.

Este funcionário —garanto i. Y. Ex.n, Sr. Presidente, à Câmara o ao Sr. Ministro— tem sido zeloso no cumprimento dos soas deveres, e ainda úliirnaincnt.;, quando esteve no Funchal, os seus serviços mereceram o elogio do toda a imprensa.

O ciíefo do Departamento Marítimo c.o Centro não tovc escrúpulo em aceitar ésso cargo quando para ôle foi noiiof.do por ocasião do movimento de 19 de Outubro, mas depois passou a ser um perseguidor dos homens que entraram nesse movimento.

O Sr. Almirante Neuparth, I:it(.-ndoire

de Marinha, a quem o chefe do Departamento está directamente subordinado, atestou ;perante o Sr. Ministro da Marinha os tons serviços prestados polo Sr. Leopoldo Alves, e ôste funcionário voltou para o serviço da polícia .marítima.

Aproveito a ocasião para prestar a êsso Sr. Almirante as minhas homenagens.

Há pouco tempo tive ocasião de me referir a rns castigos aplicados a uns sargentos do marinha que se reuniram na barra do Aveiro para. festejar o aniversário da Eepúbíica, fazendo a continência à bandeira ao ser esta içada no mastro do farol e c ando nessa ocasião uma salva de 21 tiros de morteiros.

Como na torre, por «baixo do mastro, há ama coroa real, os sargentos resolveram tapá-la com uni pano preto emquanto faziam a continência à bandeira, destapando-a depois sem lhe ter causado dano algum.

Este acto dos sargentos de taparem a coroa foi interpretado como uma censura a actos de superiores, porque todos os oficiais que foram capitães do porto entenderam deixar ficar a coroa como estava quando foi implantada a República.

; Porvontura passou pela mente dos sargentos censurar superiores com o acto ruo praticaram! Já é preciso forçar muito a imaginação para dar tal interpretação a esse acto.

Xo Funchal, no dia 5 do Outubro, alguns republicanos lembraram-se de festejar Osso dia, fazendo uma manifestação à guarnição da canhoneira «Beira», que se encontrava no porto, e pediram ao patrão--rncr, qv.o estava exercendo as funções do capitão do porto, para os acompanhar a fim do apresentar uma comissão ao comandante da referida canhoneira.

Os manifestantes notaram que a fortaleza do Santiago não tinha içada a bandeira nr.cional, e mostraram o seu descontentamento, indo ato falar com o comandante militar, a quem levaram uma bandeira para ser içada na fortaleza, que tinha salvado ,go meio dia sem bandeira, o que ó ilegal.