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Sesaão de 22 de Fevereiro de 1924

rã a próxima sessão ? — a não ser que a Câmara autorizo que VT. Ex.a continue no uso da palavra.

Vozes :—Fale, fale. •

O Sr. Presidente :.— Em vista da manifestação da Câmara, pode V. Ex.a continuar no uso da palavra.

O Orador:—Agradeço à Câmara o permitir-me que dê uma explicação, por que é uma explicação que dou com todo o prazer, é um desabafo, se há casos que me aborrecem é realmente este e .o caso do selo a que há pouco se referiu o ilustre Senador Sr. Joaquim Crisóstomo.

Eu vou continuar a ler o relatório.

Leu.

Estes documentos eram factores de diversos casos.

Eu nào tenho vagar para ir ao Porto de Lisboa, mas como não costumo fazer nada sem ter a plena consciência de ver o que ó, <_ p='p' que='que' fiz='fiz' v.='v.' ex.as='ex.as' sabem='sabem' o='o'>

Fiz uma cousa inesperada, pedi-lhe os documentos li-os e disse-lhe que fosse ao Porto de Lisboa veja o que é e íaça o relatório.

Diz o relatório :

Leu.

Foram estes os documentos que me enviaram para informar que o Sr. Guedes era polo menos uni bandido. -

Acabei por dizer que mantinha o despacho de lõ de Junho, e é em face disto que o Conselho de Administração pede a sua demissão num ofício assinado na seguinte maneira:

Leu.

Para quem sabe que o Conselho de Administração costuma ter cinco membros, há-de dizer que a maioria pediu a demissão.

Pois não é assim, por que ó bom demonstrar "como se fez a assinatura em que o Sr. Malheiros pedia ao Sr. Ministro do Comércio, a sua demissão em Dezembro de 1923. -

O Ministro do Comércio do tempo, despachou, dando a exoneração ao Sr. Malheiros, nomeando o Sr. Leite.

Pode dizer-se que a Administração do Porto, nem sequer sabia deste decreto, e de facto parece que queria fazer ver que não sabia.

Mas eu, como sou uma pessoa bastante meticulosa, tive o cuidado de me informar e mandei um secretário ao Conselho Superior de Finanças indagar se para o Porto de Lisboa tinha seguido este decreto que foi assinado pelo Ministro e pelo Presidente da Kepública.

A resposta foi que 6le tinha para ali sido enviado em 27 de Dezembro e portanto a única razão que havia para não ter sido demitido oficialmente o Sr. Alves Malheiro era a de essa lei estar metida ;dentro de uma gaveta na Exploração do Porto de Lisboa.

E talvez o Sr. Alves Malheiro viesse agora pedir a sua demissão para se não mostrar que o Conselho de Administração é constituído só por duas pessoas, o Sr.- Jacinto Simões e o Sr. Afonso de Macedo. -

i Por um triz que não vieram pedir ao Sr. Herculano Galhardo para figurar também como pertencendo ainda ao Conselho !

Foi que ponderaram certamente que S. Ex.a não se prestaria a entrar nesta pequena f arca.

O Sr. Alves Malheiro assinou sem realmente ter direito a.isso, para que, juntp com os únicos administradores, que são dois, os Srs. Jacinto Simões e Afonso de Macedo, fazer num grupo de cinco, a maioria de três.

O Sr. Herculano Galhardo (interrompendo}:— ^ V. Ex.a sabe ou conseguiu saber se o Sr. Malheiro tem estado em exercício.

O Orador :— Foi o próprio Sr. Jacinto Simões que me disse que o Sr. Alves Malheiro não estava em exercício desde Dezembro aproximadamente} e quando eu disse a S. Ex.a que me parecia extraordinário que um funcionário estivesse exonerado e Afigurasse' a sua assinatura naquele ofício, como se estivesse ainda em exercício, como eu preiíuntasse se S. Ex.a desconhecia a lei, p Sr. Jacinto Simões teve a franqueza de me dizer que estava perfeitamente informado, porque o Ministro de então lhe disse mesmo a ele que desejava nomear para aquele lugar o Sr. Eduardo Pires Soares Leite.