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Diário das Sessões do Senado

estão sendo actualmente desempenhados interinamente por um funcionário para isso nomeado.

Pode estar ali permanentemente uru cabo de polícia na situação de ro.brma continuando a ter os mesmos vencimentos, só com. alguns pequenos emolumentos.

Sobre o assunto mando para a Mesa um artigo novo.

O orador não reviu.

Admitido.

O Sr. Júlio Ribeiro: — Sr. Presidente: pedi a palavra para declarar que, se estivesse presente quando se discutia este projecto na generalidade, teria usado da palavra pura discordar da exigúidaco doa vencimentos que são concedidos à polícia, e discordar quanto às diferenças de vencimento dos polícias de Lisboa e Porto, e do resto da província,

Não compreendo por que razão é quo na província dão menos vencimento que em Lisboa Q Porto.

Pois se entre os outros funcionários públicos não há essa diferença, ,;poruueé que na polícia a há-de haver?

Depois é também triste, profundamente doloroso, que estes servidores di3 Estado, estes verdadeiros desgraçados, que, emquanto n6s dormimos tranquilamente nas nossas camas, velam elos pela propriedade privada, pela nossa tranquilidade, não sejam respeitados o retribuídos como merecem, porque de ordinário o polícia é vista pela gente inculta como um inimigo, quando ele é um verdadeiro benemérito da sociedade.

Era pelos belos serviços que a polícia presta que eu a queria ver bem remunerada.

Tenho aqui o orçamento dum policia que tem mulher e três filhos.

Não há alguma cousa que se possa cortar.

; Excede o que o Estado lhe dá mensalmente: 328£45!

^Ora V. Ex.as compreendem quo se possa viver apenas com esta exíguu remuneração, não tendo em linha de conta o médico, não podendo vestir nem educar os filhos, etc., isto em Lisboa?

E na província onde os géneros de primeira necessidade vão de Lisboa e P&rto e por isso se encontram mais caros, onde

a oasa também não é mais barata, porque aqui ainda podem viver em partes de casa, mas na província, pelas condições dos prédios, têm de ocupar uma casa inteira.

Eu, por princípio, por sentimentos, por própria dignidade, não posso concordar que se dê esta^ficção de melhoramento aos polícias.

O que eu queria é que a polícia de todo o país fosse paga como devia ser, de forma a ter, ao menos, o indispensável para poder exercer o seu triste mester com independência e dignidade.

Disso.

O Sr. D. Tomás de Vilhena: —Sr. Presidente: desejava primeiramente que o Sr. rek/tor, por quem eu tenho toda a estima e consideração, me dissesse a razão por que não figuram nesta lista os agentes da polícia administrativa e da segurança.

O Sr. Costa Júnior:—É porque não há uma verba fixa para esses funcionários.

O Orador:—'Inquestionavelmente, sem querer melindrar ninguém e eu trato do caso o mais objectivamente possível, os agentes da polícia de investigação, além de terem um trabalho sujeito aos mais variados perigos, porque têm perigos não só da sua própria missão mas até de ordem moral, porque no desempenho da sua missão vão às vezes perturbar indivíduos que lhe tomam ódio, e que, se mudam de situação, se vingam depois.

Para Gles pois eu peço toda a equidade da lei.

O Sr. Costa Júnior: — O Sr. Ministro do Interior concordou que essa verba fosse de 104$.