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Diário das Sessões do Senado

Sobre a questão das oficinas, em relação às obras, o próprio,conselho de ad-ministr£Çi!c não teve dúvida eir. confessar que tinha havido um erro por não ter havido um estado cuidadoso, e o que eu desejo é que se não repita esse erro e se não gaste dinheiro mal gasto.

Mas ora preciso fazer um estudo cuidadoso, arranjar pessoas realmente com qualidades, saber e categoria para fazerem o estudo do assunto.

óQiie inconveniente há nisso? ^Oíds está o mal do essa comissão intervir'?

Não vejo o

Então cíá-se a circunstância de a questão das oficinas tor sido ali estudada, não pelo conselho de administração, corço se pretendia ern 1917 e 1918, mas por uma comissão de pessoal técnico; dá-se -realmente esta circunstância, e o conselho de administração do ortão punha inteiramente de parte o princípio técnico, alegando determinados erros e acha extraordinário que o Ministro do Comércio resolva agcrrfi o assunto.

Sr. Presidente:-não se trata duma cousa peqaena, trata-se duma obra que custa ao Estado 15 mil contos,'e por motivo da qual já se gastaram milhares de contos no Barreiro; bem sei que não se perdem, mas que era porventura adiá-vel, porque o Governo 'entende çuo todíis as despesas se não devem fazer agora u se devem cdiar.

Ainda neste caso 'das oficinas, o Ministro do Comércio é acusado de convidar a administração dos Caminhos de Ferro do Estado de enumerar completamente em que termos se exercia a autonomia dos Caminhos de Ferro do Estado; quais síLo efectivamente os poderes e possibilidades, os meios que poderiam usar os Caminhos de Ferro do Estado daquilo que se chama gerência financeira.

Por mais extraordinário que pereça, e por mais que várias pessoas entendam que a ignorância do Ministro do Comércio é completa, o facto, já tive ocasião de ler à Câmara y é qu3, quando ele começou c, trc,-tar deste assunto, já então os engenheiros eram outros que estavam à frente dela; mas, quando se tratarealmente desse assunto, o engenheiro'Sr. João Arez estava à frente do conselho de administração, lavrou am despacho que mandava ao Conselho Superior de Obras Públicas,

atendendo ao valor estimativo de 3:000 contos, fazer nas oficinas o que se pretendia.

E claro quê o engenheiro Sr. João Arez tinha um critér;.o e o conselho de administração tinha outro, e já uni outro havia tido a anterior comissão administrativa dos1 Caminhos do Ferro do Estado.

Li'oi criada uma comissão de técnicos e essa comissão deu o seu parecer, mas parecer foi ele que, apesar de tudo, saltou, sem nenhuma espécie de respeito, por cima dê;se parecer, o projecto classificado em quarto lugar, que foi apresentado ao Conselho do Ministros o Oste aprovou; creio que o Sr. Ernesto Navarro não tem.culpf, nenhuma disso,, nem S. Ex.a o Sr. Virgolino Costa, que ontem me 'interpelou na Câmara dos Deputados e cuidadosamente frisou que nenhuma responsabilidade tinha no assunto.

Portanto, não é de extraordinária importância a referência que se fez ao meu depacho cie Junho de 1920, relativo a um engenheiro e a uma obra que entendi que não devia ir ao Conselho de Obras Pú-blic.is, por ser de menor importância.

Diz-se que o Ministro do Comércio é ignorante porque quis que se dissesse em quo fuuclo havia do inclair-se, ou por que futido havia de julgar-se a despesa.

Isso não é um erro tamanho que a co-missuo administrativa, ao pôr o caso ao Ministro do Comércio, não tivesse o cuidado de dizer que a importância dessa obra cabia dentro do fundo especial.

Bem sei eu que as despesas não se perdem, mas eram adiáveis e, sendo assim, não se deviani ter feito.

O conselho de administração dizia à comissão administrativa, em Dezembro de 1922, isto:

Leu.

Esta informação podia ser apenas graciosa, mas não é pelo que se diz nos seus considerandos. ;

Portanto, nã'ò ó cousa muito estrava-ganto e não tem. a importância, sob o ponto de vista da iuvasão de poderes, que o Sr. Ernesto Navarro lhe encontrou.