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Diário das Sessões do Senado

vido aos eleitores da nossa linda e sagrada Beira; por isso me acostumei a respeitá-lo e procurarei tanto quanto possível dignificá-lo, porque, Sr. Presidente, o. ser republicano é procurar dignificar e engrandecer as instituições de que fazemos parte dentro da Eepública, tornando-a mais respeitada, seja o exército, seja a armada, a magistratura, o magistério a diplomacia, o Parlamento, uma simples j unta de freguesia. Ser republicano não ó ser um eterno insatisfeito... e porque assim o compreendo, e porque assim o sinto, eu quero dizer à Câmara pelo muito respeito que lhe tenho que discutindo hoje esta proposta de lei quando "se devia discutir a proposta orçamental, não é por culpa do Senado; quero apenas pelo respeito qun tenho a esta Câmara, e pelo muito amor que lhe tenho, que isto fique bem assente, não se discute hoje a proposta orçamental, não é por culpa do Senado; o Senado não tom a culpa.

Muitos apoiados.

O orador não reviu,

O Sr. Ministro da Guerra (Vieira da Kocha): — Sr. Presidente, ouvi com toda a atenção as considerações feitas pelo general Sr. Roberto Baptista, meu especial amigo .que à Pátria e à República tantos serviços tem prestado.

As considerações por S. Ex.;i apresentadas sobre a aviação devo dizer que quando assumi a gerência da pasta da Guerra encontrei o assunto já mais ou menos talhado, isto é, o decreto 9:801 determinava que uma grande comissão tratasse da remodelação dos serviços da 'aviação pública. Essa comissão continaa a trabalhar, mas como os trabalhos de reorganização da aviação são muito complexos não podia num curto prazo de tempo apresentá-los ao Parlamento, vendo-me portanto obrigado a apresentar um projecto provisório, que, como sucedo a todos os assuntos militares que vêm à tela da discussão no Parlamente, acaea-çava eternizar-se. Duas sessões se sucederam sem que se conseguisse chegar ao fim, e se o ilustre Deputado Sr. Leio Portela não apresentasse a proposta que o Sr. general Roberto Baptista acaba de ler n£o seria possível fazê-lo tam cedo.

Essa proposta tem por tim fazer com que. os serviços da aviação possam progredir. Grande número de aparelhos se encontram realmente parados, os oficiais sem fa/.erem os treinos de voo, e estou convencido que esta douta Câmara está de acordo em que o nosso país tenha a aviação montada como deve ser. x

Sobre o assunto a que se referiu o*general Sr. Roberto Baptista, do crédito de 3 milhões de esterlinos, S. Ex.a o Ministro da Guerra de então, António Maria da Silva, pôs à disposição da aviação 200:000 libras, mas elas foram já quási consumidas, e o cais está cheio de aviões encaixotados, estão lá mais de 40 aviões, e tendo já aceite as letras resta fazer a amortização.

Sobre os 200 contos a que S. Ex.a se referiu para a cobertura dos kangars, disse S. Ex.a que tinha sido rejeitada pela secção desta douta Câmara.

Eu lamento realmente que não houvesse concordância naquela proposta, visto que os hangars estão construídos, o material de cobertura existe, já, o se o não fizermos agora, não sei como pagar a importância ao representante da casa fornecedora, que várias vezes tem ido ao Ministério da Guerra -saber quando lhe pagam.

S. Ex.a referiu-se também aos mutilados da goerra.

Eu devo dizer que houve reclamações sobre uma lei antiga, o as modificações apresentadas pela grande comissão que tratou desse assunto constituem uma lei vasta, tem 51 artigos, não dava tempo de a discutirmos, havendo necessidade absoluta de olhar às necessidades dos inválidos da guerra que fanto se sacrificaram pela Pátria e pela República, andando alguns sem saber onde hão de cair mortos.

Nós, que somos militares, mais do que qualquer pessoa estamos em condições de avaliar bem os sacrifícios que eles fizeram, passando noites debaixo do gelo, alguns gelando-lhe os pés de tal forma que tinham de ser cortados, e outros martírios ainda maiores.