O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Sessão dê 19 e 20 ãe Agosto de 1924

31

rés, o que imporia uma despesa muito maior.

Creio assim ter respondido às considerações que V. Ex.a íez sobro a proposta das autorizações referentes à pasta da Guerra. ;'

O Sr. Roberto Baptista: — Sr. Presidente: eu agradeço ao Sr.'Ministro da Guerra as explicações que S. Ex.a deu a respeito dos assuntos consignados na proposta em discussão, que se relaciona com o Ministério da Guerra.

Referiu-se S. Ex.a aos pontos,que aqui versei, havendo, todavia, mais um no qual eu não tinha tocado. Refiro-me ao reforço da verjba para a Farmácia Central do Exército, porquanto essa proposta tiiíha a minha completa aprovação.

Tenho algumas vezes visitado esse estabelecimento, 'tenho-me até socorrido dele, e posso garantir a S. Ex.a, Sr. Presidente, que é um estabelecimento 'verdadeiramente modelar, cuja organização e cuja administração honram o nosso exór-cito.

Na parte respeitante às autorizações relativas aos serviços aeronáuticos, o Sr. Ministro da Guerra deu explicações que por completo me satisfizeram.

E sobre um ponto relativamente ao qual eu tinha dúvidas, o tinha razões para isso, visto que a proposta foi rejeitada pela Secção, — o Sr. Ministro da Guerra deu as explicações necessárias para nos convencer de que essa proposta, tal como -está, deve ser aprovada.

•Diz respeito a uma autorização para-o Governo despender até a quantia de 200 contos com a cobertura dos hangars do Grupo de Esquadrilhas de Aviação «Republica».

Eu tinha dúvidas se realmente essa cobertura era absolutamente necessária.

Pelo modo como a proposta estava ro digida, eu fiquei na dúvida se os hangars estavam já ou não construídos; e foi por isso que eu chamei a atenção do Sr. Ministro da • Guerra para esse ponto. Se os hangars se destinam à arrecadação de material, eles não podem ser evidentemente descobertos.

O Sr. Ministro da Guerra disse que eles já estão construídos e cobertos, e o que "se trata agora é de pagar despesas já feitas.

- Assim, Sr. Presidente, julgo que o Senado deve aprovar esse pedido de autorização. Tenho dito. O orador não reviu.

O Sr. Ribeiro de Melo: — Sr. Presidente : jamais recebi um ensinamento tam grande e uma tam grande lição, um compêndio, emfim, de civismo e republicanismo, como aquele que nos foi enviado pelo meu caríssimo amigo, compatrício e ilustre par, Sr. Júlio Ribeiro.

<íSer de='de' leader='leader' a='a' consciência='consciência' seu='seu' embora='embora' odedecer='odedecer' e-republicano='e-republicano' grupo='grupo' cidadão='cidadão' é='é' republicano='republicano' vá='vá' do='do' todas='todas' cegamente='cegamente' p='p' as='as' indicações='indicações' partido='partido' sua='sua' contra='contra'>

£ Finalmente, ser republicano é ficar de boca aberta perante a última palavra dos grandes homens da República, daquelas pessoas que a gente conhece como militantes em partidos monárquicos nos últimos tempos da monarquia portuguesa, e que nós agora somos obrigados a respeitar como pessoas das mais categorizadas da República"Portuguesa?

Podia ainda continuar a dizer que para ser republicano era preciso isto ou aquilo, mas não.

Eu gostaria imenso de ser republicano de modo a agradar a todos, Inclusivamente aos meus dedicados amigos e correligionários, que o foram há pouco tempo, mas não, porque assim tenho a convicção que presto um bom serviço ao País e à República, visto que só desejo o máximo respeito e estabilidade do regime.

Mas, Sr. Presidente, não vale a pena continuar neste diapasão, que se está tornando um instrumento de ódio e rancor entre os soldados republicanos que precisam juntar todas as suas forças, todas as suas energias e qualidades cívicas, contribuir para o desenvolvimento da Nação e, sobretudo, para fazer respeitar o regime republicano e torná-lo querido do povo português.