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Diário 'das Sessões dó Senado

das nos últimos momentos da sessão diurna que me fazem pensar desta maneira."

Outra atenção tivesse havido por quem se sacrifica arreigadamente pela República e pelo país, e a minha voz não teria sido ouvida contra tantas manigâncias da política, a que tam frequentemente temos assistido.

Mas o Governo, que nesta ocasiilo devia estar representado ne'sta Câmara pelo Sr. Presidente do Ministério e pelo Sr. Ministro das Finanças (Apoiados], continua a fazer-se representar pelos Srs. Ministros das Colónias, da Justiça e do Trabalho, três ilustres figuras do Senado, e pelo Sr. Ministro da Guerra, comandante da guarda republicana, ausenta-se .não sei em nome do que funções, em nome de que serviços, em nome de que obrigações, para deixar correr à revelia a discussão da proposta de lei n,,0 725, não fornecendo assim ao Senado as informações de que esto naturalmente necessita, e que só poderiam ser fornecidas por pessoas tam ligadas à confecção desta proposta de lei, como são S. Ex.as

O Sr. Presidente do Ministério vem de vez em quando pelo Senado mostrar o ar da sua graça. O Sr. Ministro das Finanças parece aquela pomba de £.sas brancas que pousa no Senado unicamente para largar a lagarta. E, no emtanto, nenhum momento mais interessante à própria política do Senado para o Sr. Ministro das Finanças vir a esta Câmara responder pela cota parte que lhe pertence na confecção da proposta de lei n.° 725.

Vou apreciar esta proposta de lei o mais depressa possível, porque não quero protelar a sua discussão, que naturalmente importa à economia e às necessidades domésticas dos funcionários públicos, de que eu faço parte, e ainda a outras medidas que exigem a aprovação pura e simples das suas disposições.

Mas nas ligeiras considerações que vou fazer ressaltará, pelo menos, o mou protesto— e lá estou a protestar — por se não ter feito uma obra limpa.

Vamos ver o que é que pede o Governo ao Senado. Primeiro a aprovação dos duodécimos, segundo a autorização para elevar os vencimentos do funcionalismo publico, do exército de terra e mar; terceiro, determinada autorização para o Poder Executivo dispor dos dinheiros da na-

ção e, possivelmente, dos destinos da própria República.

Eu não desejo para o Governo, e sobretudo para o Sr. Ministro das Finanças, aquilo que não desejaria para os meus correligionários ou para qualquer Governo quo tivesse o meu apoio, mas confrange-me, na minha qualidade de Senador, que se disponha assim tam, fàcil-meute da votação duma Câmara do Senado, onde estão representadas todas as-correntes políticas, onde há uni grande número de Senadores independentes, uns governamentais, porque os há de todos os matizes, outros insubmissos, como eu.

Se o Sr. Ministro das Finanças me pudesse responder seria um grande favor, o a Câmara não deve levar a-mal a ignorância que eu revelo, porque durante o tempo em que se discutiu na secção esta proposta de lei, secção a que eu pertenço, estava no uso da palavra na sessão plena, e, portanto, impedido de assistir à votação da proposta de lei.

E acui tem o meu ilustre amigo a razão por que eu ignorava que a questão dos duodécimos estava tal como foi para a Câmara dos Deputados.

Sr. Presidente: a questão mais interessante desta proposta de lei.ó aquela quo se refere ao aumento dos vencimentos aos funcionários, aos servidores do Estado, tanto importa que sejam civis como aqueles que pertencem às corporações do exército e da armada.

Esclareceram-me os laboriosos Senadores de que me estava afastando do assunto, e que esta proposta de lei não se refere ao funcionalismo público.

Recordo-me agora que foi osta proposta estudada na secção, e que ato eu mo pronuucioi sobro ela, apresentando uma proposta do eliminação às alíneas (/ e vn), proposta do eliminação que não vejo.

O Sr. Ministro do Comércio pede uma autorização para contrair um empréstimo com a Caixa Geral de Depósitos para poder manter as casas económicas que estão à conta do seu Ministério, para poder vender aquelas que já estão construídas, para com o produto continuar na construção das restantes.