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Diário das Sessões do Senado

A Constituição é tudo quanto há de mais claro: no seu artigo 27.° diz :

Leu.

E a lei n.° 1:545 diz :

Leu. •

Está claro que isto não pode neia deve ser senão para um determinado momento; desde o momento que ass:'.rn não fosso, entiio o Governo estava apto a modificar tudo o

Coma só vê, um dos argumentos quo aduz ••.: Sr. Ministro das Finanças, é que está convencido que com a reforma bancária modificará o câmbio. • j Que ilusão tam grande tem 3. Ex.a a Gsse respeito!

O Sr. Afonso de Lemos (aparte) ; — Eu acentuei que sobre assuntos bancários é privativo do Congresso.

O Orador: — Estou convencido que a reforma não poderá fazer outrr, cousa que não F9ja piorar o cambio.

Sr. Presidente : não há nada mais perigoso do que a tutela do Governo em estabelecimentos particulares, e o Governo já tem dado provas de que a sua intervenção é sempre prejadiciau a sua tutela era estabelecimentos cue, d:'^a-se a verdade, inaitor, serviços têm prestado à indústria e ao comércio, há-do ser rnnito prejudicial para o País.

Xo fjndo de tudo isto o que há apenas é a preocupação dos Governos que não têm bnses seguras e que precisam de anichar amigos e distribuir bodo por mais gente.

Este é que é o fim da reforma bancária.

Ora um Governo que parece n3o tem outro fim senão irritar o País contra o Parlamento, um Governo que entende que há-de modificar tudo a seu bel-prazer, não pode ser.

Tenho muita pena de ver inetidc neste Governo nm homem que há muito considero, que é o Sr. Ministro da Agricultura. Está iludido!

Isto que lhe digo já o :enho dito a muitos companheiros seus que se tSm sentado nessas cadeiras.

V. Ex.as não sabem em que se metem quando entram num Governo retintamen-mente político. Não podem fazer n£.da.

Há uma reforma, que eu considero defeituosa, que quem a prejudicou foi o Sr. Presidente do Ministério, quando V. Ex.!l tinha um fim, deixe-me V. Ex.a dizer, puramente sincero de fazer alguma obra; ò Sr. Presidente do Ministério deu-lho logo um carácter tam irritantemente político, que a tornou horrível.

Orf. digam-me V. Ex.as: um Governo que não tem pensado senão em irritar toda a gente, íjue neste momento tem o país inteiro contra ôle, é necessário que :-aia cessas cadeiras, porque nós estamos numa hora tremenda e os Senhores têm es.tado "a açular as paixões mais desordenadas.

Muitos apoiados.

Os Senhores não encontram opinião favorável em classe alguma da sociedade: têm se entendido uLo com o povo, porque ê^se também defendo, têm-se metido com o povo que não quere trabalhar' (muitos apoiados), com a rua, com a pior espécie da rua; é assim que se fazem as resoluções.

Não sabem o que estão fazendo; V. Ex.as estão brincando com o logo; vejam bem o que fazem; meçam bem as suas responsabilidades.

Digo-lhes isto com a maior sinceridade, porque acima de política quero pensai-no bem do meu país, e os Senhores estão evnveradando por um caminho tal, que não é a monarquia nem a República, é a Pátria que se afunda,

Desde o momento em que se salda a indisciplina social, o que se está disposto r, sacrificar seja o que for, a nacionalidade poierá ser abandonada no abismo, e eu sei bem que há perigos, e perigos de que se todos eles estivessem convencidos já há muito tempo nos tínhamos unido todos para afastar dessas cadeiras esse Governo nefasto.

Muitos apoiados.

O orado?' não reviu.

O Sr. Ministro das Finanças (Pestana Júnior): — Sr. Presidente: não me assQr cio às vénias carpidas em volta do sepulcro aberto da minha Pátria pela oposição monárquica.