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Sessão de 3 de Fevereiro de 1925

Chefe do Estado é electivo, e por isso se distingue da monarquia, mas entendem, muito pelo contrário, e o estrangeiro tem-no indicado, e a própria actualidade nos indica, que monarquia pode haver em que as idéas democráticas se pudessem defender, eu e o Governo entendemos que a Eepública não é o pântano estagnado (Apoiados] a água serena, mas é a agitação que é a vida, que é a paixão fervorosa por uma idéa, que é capaz de nos fazer bater por ela, e galhardamente já o povo republicano se tem batido vá-' rias vezes com aqueles que lhes chamam desordeiros da rua; fazer com que a rua se não manifeste, que é a rua que trabalha e que produz, enquanto os outros vêm cantar as nénias sobre o destino da Pátria.

Esses homens, qualquer que seja a sua proveniência ou categoria social, têm a paixão fervorosa pelas suas ideias. E nós todos, os que professamos a mesma doutrina de democracia e queifemos que democracia não seja fazer o jogo dos grandes contra os pequenos, promovendo a miséria das classes trabalhadoras, daqueles que mourejam de sol a sol, temos para aqueles nossos detractores, que nos dizem que não possuímos a confiança do país, a glória de poder fazer esta afirmação:

Nós temos a aplaudir-nos a opinião do país, monárquico e reaccionário^ nós temos a nosso lado aquela parte do país que trabalha, produz e pensa como nós.

Nós, membros dum partido, não estamos aqui para pôr em prática o progresso doutro partido, mas para executar o nosso, que é bem conhecido de toda a gente.

Nesta questão da reforma bancária não se pode aíirmar que tivesse em mira criar lugares para colocar amigos, porquanto ele não cria senão quatro lugares, emquan-to que o projecto apresentado à Câmara francesa ainda há dias mandou colocar nada mais nada menos do que um fiscal junto de cada banquinha e cada banqueta.

De Testo, o representante do Estado junto do Banco de Portugal está de acordo com o Governo nesta questão.

O Sr. Querubim Guimarães (interrom-pendo): — <_ p='p' hú='hú' pode='pode' dizer-me='dizer-me' v.='v.' ex.a='ex.a'>

quantos anos é representante do Estado junto do Banco de Portugal o Sr. Inocên-cio Camacho?

O Orador:—Desde 1912 ou 1913.

O Sr. Querubim Guimarães: — Ora veja V. Ex.a: desde 1912 até agora só o actual Sr. Ministro' das Finanças reconheceu a necessidade de intervir na acção do Banco, de Portugal.

Ou o Sr. Inocêncio Camacho não informou convenientemente os -antecessores de V. Ex.a sobre o que ali se passava ou os seus antecessores eram tam desleais ao seu credo político que não pensaram em intervir.

O Sr. Ministro das Finanças (Pestana Júnior): — Se o Senado pela boca da minoria monárquica quiser transformar-se em assemblea geral do Banco de Portugal, eu direi aos accionistas do Banco de Portugal que não estou aqui como delegado do Governo porque esses delegados não vão a reuniões onde se atente contra o Estado.

O Sr. Querubim Guimarães:—V. Ex.as querem ó fazer só ditadura rasgando o Código Comercial e a Constituição.

O Orador:— ; Ora vejam: inflamado defensor da Constituição republicana um dos leaders da minoria monárquica desta Câmara!