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Diário das Sessões do Senado

o pela maneira patriótica com que tratava dos-assuntos quo lhe eram submetidos.

E a sua pasta de suma importância, ela contende com os nossos problemas externos. -Não podia estar ein melhores mitos.

Junto de S. Ex.a está o Sr. Ministro do Comércio e Comunicações, nosso estimadíssimo camarada nesta casa.

A elo vou fazer uma exortação; não é só um pedido, é um clamor, é uma súplica .

Veja S. Ex.a o estado a que chegaram as nossas estradas. O seu estado é de tal modo intransitável quo até impedem um maior movimento das linhas férreas pelas dificuldades de trânsito das quo ligam com as estações.

Diversos Ministros têm aparecido numa tal rapidez que não tem dado tempo a poderem curar do assunto.

Muito estimo que S. Ex.a possa resolver este problema.

O Sr. Ministro das Colónias, que não tenho a honra de conhecer pessoalmente, vem precedido de títulos que realmente o nobilitam. O nosso domínio colonial é uma esperança para o País.

S. Ex.a, conhecedor como é dos assuntos coloniais, $, resolução dos problemas mais importantes dará toda a sua inteligência.

Quanto ao Sr. Ministro da Instrução, conheço-lhe os dotes de espírito e do trabalho.

Ji/ um verdadeiro republicano, está ali com sacrifício, mas n3o abandona a sua pasta, c estou convencido que nela há-de prestar, aqueles serviços que dele é lícito esperar, porque é principalmente na instrução que um povo se regenera e nobilita.

Ao lado está o Sr. Sampaio Maía meu ilustre colega. S. Ex.a conquistou aquele lagar pela sua brilhante carreira parlamentar, pelo seu talento e pelos seus* conhecimentos; muito tem de fazer na sua pasta no capítulo da assistência, principalmente neste momento cruel da nossa vida nacional; é um capítulo para que S. Ex.A tem do olhar com atenção.

Estou certo que S. Ex.a há-de fazer um bom lugar, bá de querer fazer uma obra que perdure.

O Sr. Ministro da Agricultura veio também para uma pasta de imensa responsabilidade; tem diante de si, entre outros

problemas, 6ste problema triste e desolador da carestia da vida, a que o Sr. Presidente do Ministério se referia na sua declaração ministerial.

E triste, Sr. Presidente, assistir a esse espectáculo verdadeiramente desumano, em que a fera humana mostra a sua ferocidade.

Eu respeito o comércio honesto e trabalhador, mas detesto absolutamente aquele comércio de especulação tam mesquinho cue não duvida sugar da miséria para que a sua fortuna se engrandeça, que não se importa de pôr todos os sentimentos de lado e dar-se esse espectáculo que a declaração ministerial põe em evidência: ao passo que a valorização da moeda se vai acentuando cerca de 30 por cento em relaç.So ao preço da libra, a carestia dos géneros vai subindo dia a dia.

Isto não se explica se não pela ganância daqueles que olham apenas para as suas algibeiras e que entendem que o próximo ó uma cousa que não lhes deve dar cuidado algum.

Sr. Presidente: estou convencido de que todos os Srs. Ministros, nas suas pastas hão-de tratar com todo o cuidado os as-suutos que lhes estão entregues, do forma a que o país inteiro não tenha motivos senão para dar o seu agradecimento.

São esses os votos sinceros que eu faço. . O orador não reviu.

O Sr. D. Tomás de Vilhena:-—Sr. Pré-sidente: estamos numa hora singularíssi-ma, de confusões e do contradições, e tam grandes são as confusões e tam extraordinárias são as contradições, que eu, às vezes, pregunto a mini mesmo, se ainda estou nos domínios da realidade ou se estou nas regiões do sonho.

Há. pouco, deste lado. da direita republicana, vi levantar os Srs. Senadores que declararam que a sua missão deixara de ter objectivo nesta casa do Parlamen-.to, isto é, que num regime parlamentar democrático a sua acção nada aqui podia obter do valioso ou de iitil para quem quer que fosse.

E vi levantarem-se vultos dos mais ilustres e mais respeitáveis da Kepública.

O Sr.. Augusto de Vasconcelos, antigo presidente da comissão municipal de Lisboa muito antes do 5 do Outubro.