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Diário das Sessões ao Senado

porquo não tem uin físico são. E preciso que neste país haja sol, .alegria e felicidade cm toaa a parte, e que não estejamos aqui a discutir ninharias. Abaixo esta maneira de ver! '

E preciso que acordemos energias. Por isso estou contente de ver nas cadeiras do Poder alguém que olhe para os inválidos.

L necessário que se veja que aqueles homens não estão ali simplesmente para levar pancada.

E preciso que lhes dêmos a nossa amizade, o se desmerecerem da nossa confiança os declaremos maus portugueses.

Mas se ôles quiserem efectivar qualquer, obra de fomento não queiramos que nos digam que os parlamentares são simplesmente homens que criticam e não ajudam ninguém.

Ma! vai aos nossos corações de portugueses, sentimentais e bons, que se critique uma obra que B ao está ainda feita. Vejo ali, naquelas cadeiras, amigos, e eu não quero desmerecer da amizade deles. como não quero que desmereçam da confiança que tenho neles.

O Sr. Presidente do Ministério é um homem são e o mais honesto que entre homens públicos tenho visto. Dele há muito que esperar.

Devemos, pois, não regatear elogios àqueles que se apresentam cheios de boas •intenções.

Pelo Ministério do Trabalho há muito que fozer. Há pouco disse eu que cometemos um crime não tendo unia escola de reeducação, mas cometemos também um -desacato de termos uma lei que manda criar uma comissão para fazer a revisão das tabelas de invalidez e estarmos a re-^gular-nos pelas francesas.

Por isso mesmo está em dificuldades o Sr. Ministro da Guerra, sobre a resolução do problema dos mutilados da guerra.

A campanha que se faz contra o Parlamento é aciutosa, porquanto o Parlamento tem votado várias medidas sobre os mutilados.

O que é preciso é fazer uma distinção, qual é a de que os mutilados da. guerra estão suficientemente protegidos pelas leis votadas, mas o que não estão suficiente--mente protegidos são os doentes da guerra.

Sou amigo de quási todos os Ministros, mas essa amizade não me cega se por

acaso o Governo não souber cumprir o seu dever.

Sr. Presidente do Ministério, eu saúdo V. Zx.a e, saudando A7". Ex.a, saúdo todos os S3us colegas do Gabinete. E a V. Ex.a, Sr. Presidente do Ministério, que é uma grande alma de português, um homem que se elevou a uma alta posição, um homem que tem feito a sua carreira por concursos em que foi sempre o primeiro classificado, um homem que vem de uma família modesta, mas que é hoje uma grande figura nacional, um homem que é estudioso e que é, sobretudo, uma das pessoas mais sérias que eu tenho encontrado na minha vida, é a V. Ex.a que eu confio o problema do ressurgimento nacional.

Se V. Ex.a está no firme propósito de ler na devida atenção esse assunto, desde já posso afiançar, pela boa e leal camaradagem que sempre encontrei nesta Câmara, que aqui só encontrará V. Ex.a apoio e amizade franca.

O orador não reviu.

O Sr. Ferraz Chaves:—Sr. Presidente:* pedi a palavra quási que para reeditar as considerações que fiz quando da apresentação dos últimos Governos a esta Gamara. A minha situação a isso rne obriga, mas não "quero repetir essas palavras, porque se o fizesse iria causar a atenção do Senado.

Quero dirigir as minhas saudações a todo o Governo e muito especialmente àqueles dos seus membros com quem eu tenho maiores relações de amizade.

Dirijo as minhas saudações ao Sr. Presidente do Ministério e a alguns dos Srs. Ministros que, pela situação especial em que estão para comigo, também exigem que eu os especialize.

Aos Srs. Ministros dos Estrangeiros e da Justiça, meus condiscípulos, c ao Sr. Ministro do Interior, meu velho amigo, eu cumprimento afectuosamente.

Com esta saudação eu não quero excluir qualquer dos outros membros do Governo, porque de cada um do S. Ex.as eu espero ver produzir uma obra benéfica para o País. '