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T*iârifl (Ias Spsxfipt An Senado

Tenho do reconhecer a patriótica atitude com que S. Ex.a apresentou os? se:is argumentos, e a forma como se manifestou.

Tenlo a sua opinião tam ilustradaetr.ra autorizada em assuntos dosta ordem, S. Ex.a, abstraindo do que, o seu próprio raciocínio lhe indica, tez a afirn.açào de que nenhuma proposta de emenda apresouu> ria, tendo em atenção as niaiiifotaçõcs d.is graves circunstâncias em que se encontra a nossa província do Angola, v orn vista das palavras por mim proferidas. É pnra mira realmente um farto para prestar a S. Ex.!l um. verdadeiro reconhecimento.

S.. Ex.a pôs de parte as su.is próprias opiniões só por o Ministro vir ao Senado dizer que a situação gravíssima das colónias., e indirectamente, portanto, a situação nacional, impõe que sem mais emendas se vote a proposta apresentada pulo Governo.

Em todo o caso, sem de forma alguma procurar criar uma opinião nova no espírito de S. Ex.a, porqun S. Kx.a é um mestre e ou com ele é que aprendo, tio modo algum tento insinuar-lhe as minhas opiniões. O que desejo é afirmar por; nte esta sessão do Senado, como ontem o Hz na l.a Secção, que foi em plena boa fé, em plena sinceridade que apresentei esta proposta; de lei conjuntamente com o Sr. Min stro das Finanças.

Não posso também deixar de dizer ao Senado que ó minha opinião que f. proposta nào representa a entrega de 9:000 contos-ouro, pela Metrópole à provincia de Angola, sem condições de reembolso; representa, de facto, um socorro"prestado neste momento, socorro que a província deve no futuro pagar.

Suporão V. Kx.as, depois da argune:r:a-cão tam claramente apresentada pelo Sr. Herculano Galhardo, que são palavras de fantasia as minhas.

Não são: tenho de facto bastante confiança no ressurgimento de Angola, ene considero como devendo nascer da estabilização da ordem da província, e quando * me refiro a ordem, não quero d'zer- qualquer pertuiba-çao do ordem pública, porque não tenho conhecimento dela mas à ordem dos espíritos, à confiança dns p"ó-prias populações no futuro da colónia o na acção da metrópole prudentemente exercida pelo seu delegado.

Lamento não ter presentemente comigo documentos [>ara ler à Câmara mostrando a m i relia ascensional das riquezas de Angola.

Idas ainda há pouco na sessão da Câmara dos Deputados foram lidos números verdadeiramente elucidativos, pelos quais se via que t-ssa marcha ascensional era um facto, muna escala vouladeirainente adiniiáv- I.

O comércio de Angola, que, hA poucos anos ti lha uma balança deficitária, conseguiu tr.-m^íormar essa situação, e esse doMiivl acentuava-se de ano para ano de uma turma extraordinariamente animado rã.

" Tenho aqui o .último projecto orçamental, acerca do qual não faço lê pelo que respeita a receitas e despesas do ano pre-sorto, mas sobre o qual evidentemente tenho d í»- fa/,°r fé pelo que respeita aos números referentes às estatísticas dos anos íinleriores.

Nào se diga que estas diferenças de números são devidas à desvalorização da moeda escudos.

Mas são devidas ao global do movimento da província, visto que as receitas cresciam o mais animadoramente possível.

A contribuição predial, por exemplo, mudava de um ano para o outro de 499 contos para G('0; a contribuição industrial mudava de 1:478 cornos para 2:703, e no ano se_ruin1e para 4:000 contos:

.Mas temos ainda mais acréscimos de receitas.

Vêem, portanto, V. Ex.as que as receitas da província de Angola estão em marcha progressiva.

O Sr. Herculano Galhardo (ivtfrrompendo] : — £ S Kx.a pode fazer-me o favor de diz;ir em que proporção cresciam as despesas ?

O Orador:— Incontestavelmente qae as despi sãs cresceram . ..

O Sr. Herculano Galhardo:—^7". Ex.a dá-me licença V

O que nos interessa a nós, Parlamento, 0:1 questões de empréstimo, sào as receitas disponíveis.

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