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Sesstão de 3 de Junho de 1Q2Õ

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ao Sr. Ribeiro de Moio, disso que o Governo não carecia da sua do.íVisa.

Não posso aceitar de maneira nenhuma essas palavras, porque o Governo ca roce e carecerá som p ré da defesa de S. Ex.a, pelas suas qualidades de eluqiiCuciu, de inteligência e de lealdade, que, através da vida política, lhe tenho reconhecido constantemente.

O procedimento de S. Ex.a, apoiando e defendendo os Governos a que eu tenho pertencido, dá-mo a certeza absoluta de que tenho cumprido o meu dever, porque, se assim a 10 fosse, S. Ex.'- não punha nas suas palavras o calor e o entusiasmo que sempre tem posto, quando se trata do defender os actos do Ministério que eu represento.

Levanto, pois, essa afirmação, porque o Govôrno carece e carecerá sempre da defesa de S. Ex.a

Sobre as afirmações do Sr. Procópio de Frei'as, devo dizer que efectivamente estou de acordo com as mesmas afirmações, porque, de facto, o debate político levantado na outra Câmara nào justifica de maneira nenhuma o eu não vir, perante o Senado, cumprir o dever de lhe apresentar o Sr. Ministro da Guerra.

V. Kx.as luxo de perdoar que'eu tenha mais amizade à Câmara dos Depníaiíbs do que a esta, amizade essa que' é resultante do freto de a ela pertencer.

Sabia, Sr. Presidente, que não ora o facto de se ter levantado naquela Câmara uma questão, que me dispensaria do dover de vir aqui apresentar o novo Ministro, e tanto assim, que já ontem tinha assentado com o Sr. Ministro da Guerra em comparecer hoje aqui.

Sr. Presidente: tenho tido sempro o critério de que o Govôrno quando tenha que fazer declarações, ou de expor qualquer facto às Câmaras, o deve sempre fazer à entrada da ordem do dia porque o tempo estabelecido para antes da ordem é destinado a assuntos que interessam aos 'parlamentares. Ksta praxe tenho seguido sempre o é por isso que não ^stive logo presente h abertura da sessão do "Senado. Vim mais tarde, procurando a hora de esta Câmara entrar na ord,>m do dia para fazer a apresentação do Sr. Ministro da Guerra.

Também, Sr. Presidente, nito quero de maneira nenhuma deixar passar sem

referência o verdadeiro hino que o Sr. 11 i bei ro do Melo quis entoar à grande amizade que há muitos anos nos liga.

Efectivamente, essa amizade é tam grande e iam sincera que através de todas as vicissitudes da política nunca nada a fez quebrar/ pois tenho encontrado sempre S. Ex.a a meu lado em todos os momentos, e mormente nos de maior crise e perigo, com toda a dedicação, lealdade e sacrifício.

Mas a verdade, Sr. Presidente, é que tenio de aceitar ess?s palavras com um certo exagero, porque sei que a amizade cega e elas são mais ditadas pelo afecto do que pelo motivo de ou ter desempenhado o meu cargo com aquela proficiência a que S. Ex.a- se referiu.

No desempenho do meu cargo há, contudo uma qualidade que reivindico e um elo

Sr. Presidente: também o Sr. D. Tomás de Vilhena fez uma afirmação que nào quero deixar de levantar.

Parece que S. Ex.a se insurgiu pelo .facto de ne falar em política republicana. Mas. Sr. Presidente, acho que S. Ex.a teria ensejo, efectivamente, de protestar se eu viesse dizer que no exército se queria fazer a polírica de qualquer partido.

Então, sim. teria S. Ex.a direito a protestar com toda a indignação, pois o exército não pode estar enfeudado a quaisquer partidos e para evitar isso devemos trabalhar todos, no que se esforçará o actual Governo.

Mas, de política republicana?

Uma das obrigações do exército é defender os poderes constituídos. Ora, como é que há de defender esses poderes, se dentro dele não houver uma política re-publirana no elevado sentimento da palavra?

Sr. Presidente: devido à situação financeira que atravessamos houve como que uma paragem no desenvolvimento do exército.