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Sessão de 19 de Junho de 1925

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O Orador: — Podiam passar ao regime florestal.

O Sr. Ernesto Navarro (interrompendo) : — Mas se a iniciativa particular pode tomar conta disso que necessidade temos nós de fazer intervir -o Estado?

O Sr. Silvestre Falêão: — Eu creio que no relatório do projecto que apresentei conjuntamente coin este explicava bem-a questão.

Pela minha parte, fiz uma plantação de , 1:200 amendoeiras. As cabras tudo me roeram. O mesmo aconteceu com uma plantação de 600 figueiras,' e destas nem sinal há.

O Sr. Presidente do Ministério e Ministro das Finanças (Vitorino Guimarães): -r-Em obediência a uma praxe parlamentar, tenho a comunicar ao Senado que o Sr. Ministro da Guerra apresentou a sua demissão desse cargo, por motivos de ordem particular em que muito concorreu o desgosto pela morte de seu £lho..

Já no mês anterior tinha, apresentado ôsse pedido, e a instâncias minhas é, que tinha continuado, mas apenas até ao-termo da prorrogação parlamentar para dar contas ao Parlamento dos seus actos.

Mas, depois que o Parlamento foi prorrogado, S. Ex.a fez saber que'já tinha cumprido a sua missão, e que não dese-, java continuar com a gerência da pasta.

Ê com verdeiro pesar que vejo S- Ex.a. afastado da nossa companhia, porque, pelos seus dotes de carácter, pela sua dedicação .e fé republicana, era uma individualidade q-ue marcava no Ministério.

Estando pendente da Câmara -dos Deputados o -debate político, de que pode sair. a sorte do Governo, parece-me razoável que neste momento -não fosse convidar-quaisquer.individualidade estranha ao • Ministério para ocupar essa pasta,-e-neste caso resolvi assumir a interinidade da mesma. . • •, • }••>•• ,

O orador não reviu.

O Sr. Catanho de Meneses:—Em nome deste lado da Câmara quero exprimir muito r sinceramente o sentimento nosso pela saída do Sr. ;Min'istro da Guerra.

S. Ex.a é uma individualidade a quem • o País deve relevantes-ser viços, e decerto .

que mais os prestaria se circunstâncias particulares não impedissem S. Ex.a de continuar, no .Ministério.

Pela atitude-.do Sr. Presidente do Ministério não posso deixar de exprimir também a minha inteira e absoluta conformidade.

: S. Ex.a, sobrecarregado de trabalho como está na pasta das Finanças, ainda veio patentear a sua boa vontade em servir o País, da maneira admirável como o tem feito, e assim se encarregou interinamente da pasta da Guerra.

Não temos senão que nos congratular por este seu acto.

O orador não reviu.

O S.r. Afonso de Lemos: — De mais uma pasta se encarregou o Sr. Vitorino Guimarães. Mais se lhe não pode exigir. Já era Presidente do Ministério e Minis^-tro das finanças. Agora é da Guerra. É o máximo!

Não entro agora em considerações, por que fico.aguardando o* debate político na Câmara dos Deputados, para ver a orientação desta.

Desejava que este assunto mesmo se liquidasse -para depois então conversar mais demoradamente com S. Ex.a

O Sr. Mendes dos Reis: — Enr nome da Acção Republicana, apresento os nossos cumprimentos ao Sr. Ministro da Guerra, de quem o 'País muito tem a esperar, pois S.. Ex.a conhece bem os assuntos referentes ao exército.

Em meu nome .pessoal, direi fque separo completamente -as duas entidades, o Ministro da Guerra e o Ministro das' Finanças.

S. Ex.a apresentou na outra casa do Parlamento, como Ministro das Finanças, uma proposta de lei 'para resolver a questão dos vencimentos do funcionalismo civil e militar.-

.Mas o Sr. Vitorino Guimarães é hoje Ministro da Guerra, e .nessa qualidade S. Ex.a não pode ter o mesmo critério.

Eu anunciei uma interpelação ao Sr. Ministro da Guerra 'anterior . sobre vencimento dos oficiais do exército.