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tiinento democrático, e se não se ressentisse ainda muita -gente da falta desse sentimento, não causaria impressão esta idêa duin carpinteiro,- ou dum serralheiro chegar a.ter galões de oficial.

Na Inglaterra, apesar de não ser uma República, mas que ó uma verdadeira democracia, há muitos anos que existe o posto de oficial para indivíduos destas classe?. - • -

-Na armada há uns quadros especiais para os carpinteiros, serralheiros e para outras classes de artífices, onde atingem o posto de primeiros tenentes.

No exército nada há; estes sargentos não poderiam nunca passar de primeiros sargentos. • •

' Digo mais' a V. Ex.a, Sr. Presidente, na armada há uma disposição que permite aos sargentos-ajudantes, primeiros sargentos e equiparados, sereia reformados no fim de vinte e cinco anos de serviço com os vencimentos de gúarda-marinha. ' c Portanto já V. Ex.a vê e a Câmara, que afinal o que esta proposta de lei tende a fazer ó estabelecer o mais possível uma situação de igualdade entro o exército e a armada:' • ' ' '

Não -faz justiça .completa, porque' não abraiigo outras classes jjue, a meu ver, de facto também inereeiarn'iguais vantngeiis.

Mas, Sr. Presidente, essas classes contudo, e eu digo-o abertamente, alguma cousa beneficiam com esta proposta porquej se ela for aprovada é justo' que a elas tam: bem mais tarde se faca o mesmo, e não ficariam nada beneficiadas se eu introduzisse algumas'altera coes que fizessem com que esta proposta não fosse- disctrtida e aprovada nosta sessão legislativa.

Sr. Presidente: não nos devemos preocupar com os míseros aumentos de despesa que possa trazer está proposta; única e simplesmente nos temos de preocu.'1 par com a j istiça que a República vai fazer a cortas e determinadas classes compostas de cidadãos que, na sua grande maioria, se têm sacrificado em defesa do regime. • O orador não reviu.

O Sr. Roberto Baptista:—Sr. Presidente: a proposta énf'discussão tem, não • só o fim de dar uma justa'compensação, o acto de passagem da reforma a uma determinada-classe de servidores de Estado

que 'tenham estado no serviço efectivo trinta ou quarenta anos; mas' também e muito especialmente, facilitar pelas vantagens concedidas no momento- da passagem à situação de reforma.

Sr.'Presidente: como -V. Ex.:i-sube, o exército luta com falta de artífices, o principalmente com falta de bons artífices, è luta mais ainda coni falta de enfermeiros hípicbs e ferradores. -•' As-praças que, no acto do-alistamento-, hajam tido já na vida civil a- profissão de" 'ferradores precisam aclarar a sua si-tu-ação, não-desejam ser classificadas'como ferradores,' e não desejam- porque as praças que no' acto do ali-stameuto tenham já adquirido na vida civil a profissão esquivam-se quási sempre* à sua profissão, porque'não desejam ficar'consideradas como ferradores; e não desejam-—porque é mais duro o serviço para ôl-es e não têm vantagem nenhuma-r- visto que1 cá fora, na vida civil, podem auferir lucros importantes.

*• E bom acentuar — isto em resposta' ao ilustre Senador Sr. Trocópio de Freitas— que' este projecto não abrange todas aã classes ; de sargentos do exército, abrange contudo aquelas classes "que estavam em piores condições, e' abrange tambónt aquelas classes de que'no'actual momento, .o- Estado mai& -carece. • -'.Os- outros sargentos do exército, pertencentes às armas è • aos serviços, têm vantagens de acesso que os sargentos ferradores, artífices e enfermeiros hípicos não têm.

Os músicos também têm acesso no seu quadro; os corneteiros é que não têm acesso algum.

Sr. Presidente: encarado o-'problema unicamente sob o ponto de vista' do interesse do exército, e não dos interesses das classes, sob este ponto de vista as classes abrangidas neste projecto de lei têm mais direito a ser atendidas do que - outras 'quaisquer.