O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

932 ACTAS DA CÂMARA CORPORATIVA N.º 74

tamente idêntico aos graus universitários (B. Sc; B. Eng.; B. Ed.; B. Lit.; B. A.; Mus. B.; M. Sc.; M. Eng.; M. A., etc.); 4.ª Atrair ao Reino Unido estudantes estrangeiros, principalmente oriundos dos países em vias de desenvolvimento da Comunidade e ávidos de um título britânico capaz de os colocar nas órbitas do alto funcionalismo (neste momento, 15 por cento dos estudantes que frequentam os colégios de tecnologia avançada são estrangeiros ou dos países da Comunidade. Esta mesma percentagem se aplica às populações discentes das novas Universidades. Em Oxford ou em Cambridge apenas 2 por cento dos alunos são estrangeiros).

Reconhece-se na Grã-Bretanha que o prestígio das velhas Universidades advém não apenas do atractivo das tradições e do sistema colegial mas, principalmente, da projecção cultural dos seus mestres e do sistema de tutoria.
As Universidades de Oxford e de Cambridge gozam do privilégio do depósito legal, o que quer dizer que as suas bibliotecas se enriquecem a um ritmo superior a 25 000 volumes por ano - tal é o número impressionante (e só ultrapassado pela Rússia) das obras publicadas na Grã-Bretanha. Assim, as duas Universidades famosas têm possibilidades maiores para adquirirem livros técnicos estrangeiros, principalmente americanos, holandeses (escritos em inglês) e suecos (escritos em inglês).
No livro, publicado pela O. C. D. E., da autoria de professor de uma nova. Universidade (ET. J. Perkin, da Universidade de Lancaster) confessa-se:

No fundo, o atractivo das Universidades depende, sobretudo, da sua reputação intelectual: os estudantes buscam cada vez mais e matriculam-se naquelas que prometem estimular o mais possível os estudos especializados, oferecendo assim melhores perspectivas para a carreira profissional. Por sua vez, estas condições dependem da reputação do corpo docente, do número de especialistas altamente qualificados, do volume o do valor dos cursos, da riqueza da biblioteca, da importância do material de laboratório, etc. Por isso as velhas Universidades e os grandes institutos londrinos têm vantagens 26.

Lembre-se, no entanto, que a Comissão Robbins havia proposto 27 que se devia fazer um esforço em favor de cinco grandes instituições (Special Institutions for Scientific and Technical Education and Research), designadas por S. I. S. T. E. R., iniciais das palavras do título, o que levou a nomear as cinco instituições "as cinco irmãs".
Entre estes cinco estabelecimentos eminentes estavam o Colégio Imperial de Ciências e Tecnologia (integrado na Universidade de Londres), o Colégio de Ciências e Tecnologia de Glasgow, o Colégio de Ciências e Tecnologia de Manchester (hoje Universidade de Strathclyde) e o outro Instituto da Tecnologia Avançada, de Manchester.
Porém, a sugestão não foi aceite, por contra ela se terem manifestado publicamente as velhas Universidades e algumas centenas de escolas de further education que continuam fora do ensino superior, principalmente Local Colleges, Arca Colleges e Regional Colleges, que, antes da criação do C. N. A. A., concediam diplomas e títulos que estão agora suspensos. Diga-se, de passagem, que nenhum destes colégios médios tem mais de 500 alunos, havendo alguns que possuem apenas uma fracas dezenas. Apesar disso, a sua especialização parece excessivamente precoce, porquanto pode até começar ao nível das escolas secundárias técnicas.
Nos chamados Colleges of Advanced Technology (muitos dos quais ainda não são superiores) existem estudos de administração, arquitectura, construção civil, comércio, técnica de contas, química aplicada, química industrial, economia, engenharia aeronáutica, engenharia química, engenharia de minas, engenharia civil, engenharia eléctrica, engenharia naval, engenharia geral, engenharia mecânica, engenharia têxtil, tecnologias da produção, tecnologia dos materiais de construção, matemática aplicada, metalurgia, secretariado, óptica oftalmológica, óptica fotográfica, farmacologia, física aplicada, fisiologia, psicologia, sociologia, serviço social, estatística, agronomia, silvicultura e pecuária.
De notar que os respectivos títulos são seguidos de menção do estabelecimento de ensino onde foi obtido o curso.
Há institutos tecnológicos com 23 especializações 28.
Existem ainda escolas, médias e superiores, de belas-artes, ide música, de dança, de artes decorativas, de publicidade, de fotografia, de estética industrial, de intérpretes, de turismo, de ginástica educativa, de recuperação, de pilotagem, de topografia, de monitores desportivos, as técnicas de plástico, de têxteis, de aquecimento e ventilação, de motores, de petróleo, de petroquímica, de papel, de lubrificação, de radiotécnica, de automóveis, de combustíveis, de madeiras, de fundição, de meteorologia, de máquinas-ferramentas, de soldadura, de aeroportos, de hotéis, de gerentes comerciais, de contabilistas, de regentes agrícolas e pecuária, etc.

51. A palavra "politécnico" já era empregada em 1955 pelas escolas de tecnologia avançada anexas às Universidades, como o Batterseea Polytechnic, o Borough Polytechnic, o Chelsea Polytechnic e o Northampton Polytechnic.
Hoje este número aumentou e a preparação escolar exigida aos seus alunos e às outras escolas superiores de tecnologia é a mesma que a exigida aos candidatos à matrícula nas Universidades - as velhas e as novas.
Como é sabido, o ensino primário obrigatório britânico e de seis anos e centrado sobre duas disciplinas: a língua maternal e a Matemática.
Na escola secundária, de quatro classes (e de vários tipos), o ensino é ainda obrigatório e termina por um exame chamado General Certificate of Education, designado pelas iniciais G. C. E. (os alunos podem, em escolas técnicas, tirar o Certificate of Secondary Education).
Com qualquer destes certificados pode passar-se às escolas secundárias avançadas, de dois anos (que finalizam com um exame chamado G. C. E. advance level), ou às escalas técnicas avançadas, já especializadas.
Com qualquer destes certificados poderão os estudantes concorrer ao ensino superior.
Registe-se, no entanto, que a admissão ao ensino tecnológico superior se faz directamente à escola onde se deseja prosseguir ensino especializado, enquanto para a admissão às Universidades o exame de admissão é feita para o conjunto delas, sendo, em geral, a distribuição reali-

26 Cf. H. J. Perkin, New Universities in United Kingdom (O. C. D. -R-, 1969); Burgess et Pratt, L'enseignement technique du Royaume Uni (O. C. D. E., 1971).
27 Robbins Report, pp. 128-130 e 281.
28 Cf. Klaus Bochm, University Choise (Pelican, 1966) e V H. H. Green, The Universities (Pelican, 1969). Cf. Revorts et Education, Sep. 1970, No. 65.