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288-(122) DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 132

ser dentro em pouco um grande peso na balança comercial. Quase não se sentia no período anterior à guerra - e tudo indica haver possibilidades para alagamento da criação de gados de modo a que o País se baste a si próprio.
Se as indústrias derivadas das oleaginosas se desenvolverem dentro do País, como é vantajoso, a produção de carnes pode alargar-se simultâneamente em escala apreciável.
As forragens vieram quase todas do ultramar português e representam géneros impróprios para alimentação humana.

IV

Equipamento mecânico e eléctrico e transportes

47. Dentro desta classe cabem muitas mercadorias que têm reflexos importantes no apetrechamento económico do País. Incluem-se nela ferramentas, máquinas, utensílios, instrumentos e o que se relaciona com os transportes terrestres, aéreos e marítimos.
Apesar da vasta importância e das necessidades da economia nacional neste aspecto, as importações não revestiram em 1946 carácter digno de relevo, a não ser nos veículos. No total elas elevaram-se a 91:258 toneladas, no valor de 1.223:348 contos. Em 1938 haviam totalizado 27:846 toneladas, no valor de 381:112 contos.
Os números parecem mostrar progresso considerável na aparelhagem mecânica, mas a sua decomposição revela que esse progresso é bem menor. Com efeito, repartindo o total por diversas mercadorias de natureza mecânica e transportes, obtêm-se para os dois anos os números indicados no quadro XXXIII.

QUADRO XXXIII

Importação de maquinas e ferramentas para a indústria e transportes

[Ver Quadro na Imagem]

A comparação pormenorizada dos dois anos revela que os gastos no apetrechamento mecânico do País foram proporcionalmente maiores em 1938 do que em 1946.
Neste último ano as embarcações e veículos totalizam perto de 60 por cento do total, enquanto que no primeiro pouco passaram de 40 por cento.
Há-de ver-se mais adiante, com certa minúcia, que esta grande diferença foi devida sobretudo à importação de automóveis de carga e de passageiros, e quando, em apêndice, for dada ideia geral do comércio externo de 1947, notar-se-á que neste ano a importação de veículos para passageiros excedeu ainda por muito o que se presenciou em 1946.
O sintoma não é bom. Indica um gosto desmedido pelo uso de coisas que não interessam directamente à economia do País e que deveriam ser banidas no momento grave que atravessamos.
Para dar ideia do que se contém no capítulo relativo à mecanização e electrificação do País, publicam-se os números para 1938 e 1946.

QUADRO XXXIV

Importação de máquinas, aparelhos e utensílios para a indústria

[Ver Quadro na Imagem]

48. O exame do quadro revela que não avançou muito o País em matéria de equipamento industrial no primeiro ano que se seguiu à guerra.
As importações que mais poderiam concorrer para isso estão incluídas nos «Aparelhos e máquinas agrícolas e industriais», ou cerca de 240:000 contos, na de «Geradores, motores, e transformadores eléctricos e geradores de vapor», com pouco mais de 36:000, e talvez nus «Peças metálicas, separadas, para maquinismos», no total de cerca de 43:000 contos.
Ainda podem ter tido certa influência os instrumentos e ferramentas (23:600).
Houve, é certo, dificuldades na compra de máquinas industriais. As casas fornecedoras, cheias de encomendas, só a prazos largos podem fornecer instalações de