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288-(126) DIÁRIO DAS SESSÕES - N.º 132

As importações de obras de vidro podem sumariar-se assim:

QUADRO XXXIX

Importações de vidros

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A diminuição no peso foi considerável, embora houvesse aumento bastante no vidro em chapa, sobretudo nos espelhados com mais de 3 milímetros de espessura.
Nas outras obras de vidro o maior acréscimo deu-se nos tubos, talvez para fazer ampolas. Espera-se a redução apreciável neste produto nos anos próximos.
A indústria do vidro é daquelas que mais vinculada está às tradições industriais portuguesas. Já hoje se exporta em, relativamente, larga escala, mas é necessário haver melhor organização.
Não há motivos que se oponham ao seu progresso, tanto comercial como artístico, e poderia constituir no futuro uma melhor actividade compensadora, longe das crises periódicas que actualmente a perturbam.
Em matéria artística e em vidro neutro o progresso foi grande nos últimos tempos e quase todo derivado de maiores cuidados laboratoriais, que nesta indústria tem grande importância, como aliás na maior parte das outras.

Obras de metais e suas ligas

53. É neste capítulo que há vasto campo para melhorias, tanto em quantitativo de produtos fabricados internamente, como na sua qualidade.
Cerca de 13:372 toneladas importadas em 1938, e um pouco menos de 14:300 em 1946, com valores que andaram, num e outro ano, à roda de 57:730 e 332:260, não são incomportáveis pela economia nacional, e tudo indica que seria mister ultrapassá-los em muito, e assim deverá acontecer nos próximos anos.
É grande a variedade de artigos que constituem esta rubrica, anãs entre todos avultam, pela sua influência especial na actividade interna, as obras de ferro, aço, cobre, alumínio e outros metais.
É conveniente fazer a destrinça das mercadorias nos dois anos de 1938 e 1946, de modo a determinar o tipo da importação.

QUADRO XL

Importação de metais em obra

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O que mais sobressai nas obras de cobre são os tubos e a pregadura; nas de ferro e aço, os tubos e os tambores, e em diversas obras, as esmaltadas, pintadas ou cobertas de pastas ou outros metais.
É natural que, tanto em matéria de tubos de ferro fundido e aço, como na de tambores, seja possível reduzir apreciàvelmente a importação por efeito da manufactura interna, e espera-se que os trabalhos em curso levem à instalação de uma fábrica de tubos de relativamente larga capacidade.

Papel, desenhos e obras de tipografia e pintura

54. As importações de artigos englobados nesta classe podem dividir-se em diversos grupos: cartão e papelão; livros e folhetos; papel para impressão, e papel de fumar em bobinas e em mortalhas.
Os números para os dois anos considerados são os seguintes:

QUADRO XLI

Importação da artigos gráficos

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A verba mais importante é a do papel para impressão, e nele o que, em bobinas, é destinado a jornais e que custou 25:639 contos em 1946 e 8:944 em 1938. A tonelagem é sensìvelmente idêntica. Anda à roda de um pouco mais de 7:000 toneladas.
A importação de livros cresceu bastante, tanto em peso como em valor. Em língua portuguesa, não encadernados, importaram-se em 1946 cerca de 200 toneladas, no valor de 4:574 contos. E em língua estrangeira os livros encadernados andaram à roda de 4:012 contos, provenientes principalmente: de Espanha (1:431 contos); Estados Unidos da América (1:090 contos), e 582 contos de Inglaterra. De França vieram cerca de 252 contos.
É de notar que o principal exportador de livros em língua portuguesa foi os Estados Unidos da América, com perto de 2:000 contos nos não encadernados, seguido do Brasil, com 1 :554 contos. A supremacia dos Estados Unidos da América provém de folhetos ou revistas brochadas. Os números de 1938 são bastante menores. Era a França que conseguia exportar mais livros em língua estrangeira, e o Brasil em língua portuguesa.
O papel de fumar ocupa posição dominante na importação de papéis. Saíram para fora do País em 1946 mais de 23:000 contos para pagamento de mortalhas para cigarros. Convém estudar a introdução desta indústria em Portugal. Ela não é difícil nem complicada, e o que se importa constitui já base para uma unidade de razoáveis dimensões e capacidade.

Diversas

55. Englobadas na designação de «Diversas» incluem-se bastantes manufacturas, que somaram 326:462 contos