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11 DE JANEIRO DE 1952 131

das para a combater e prevenir. Sobre isso, que era o mais importante, a Direcção-Geral de Saúde apenas disse não ser ainda, tempo de se pronunciar definitivamente. Poderia inferir-se daqui ter-se pronunciado ao menos provisoriamente, mas nem isso.
Com esta cautelosa atitude a Direcção-Geral de Saúde vinha criar um estado de dúvida sobre as conclusões tornadas públicas pelo médico já referido; mas por isso mesmo era sua obrigação vir depois, quando já fosse tempo, confirmá-las ou desmenti-las e, de qualquer modo, trazer ao público a certeza de que aquele organismo tinha agido com prontidão e eficácia. Até agora, porém -e parece que já é tempo-, a Direcção-Geral de Saúde nada mais disse. O público, deste modo, continua sem saber se a tal toxi-infecção alimentar colectiva foi provocada pela Salmonella typhimurium ou por outro agente qualquer, ou ainda por um insecticida, como então se disse também, e quais as medidas tomadas para combater a doença e prevenir a sua repetição.
Volvidos mais de seis meses sobre a nota da Direcção-Geral de Saúde é de supor que tenham terminado já as "actividades pertinentes" ao caso, até porque o hospital há muito foi autorizado a reabrir, e ser tempo de aquele organismo tornar públicas as conclusões a que chegou. Como o não fez, e porque o caso suscitou profundo alarme público, alarme que ainda se mantém, requeiro que o Ministério do Interior, pelos serviços para tanto competentes, me preste com urgência as seguintes informações:

l.ª Qual a data em que a direçção do hospital da Companhia União Fabril comunicou às autoridades sanitárias competentes o aparecimento da salmonelose ou toxi-infecção alimentar colectiva ocorrido naquele hospital na noite de 14 para 15 de Junho de 1901 e qual o meio de que para tal comunicação se serviu;

2.ª Em que data iniciaram "s autoridades sanitárias as diligências e pesquisas para identificação da doença e seu agente transmissor;

3.ª Em que data e quais as medidas profilácticas ordenadas por tuas autoridades para debelar a doença e evitar o seu alastamento e cópia das determinações escritas que as contenham;

4.ª Qual a data em que, por parte daquelas autoridades, ficaram ultimadas as actividades pertinentes ao caso e quais as conclusões finais a que chegaram!;

5.ª Quais ais medidas ou precauções tomadas para defender a população de novo e igual Surto epidémico;

6.ª Qual a data em que foi auctorizada a reabertura do hospital a a razão de tal automização;

7.ª :Se a direcção do hospital da Companhia União Fabril não participou oportunamente o aparecimento da doença, prejudicando, por esse modo, a sua rápida identificação e a adopção de medidas para a debelar e prevenir, quais as sanções que lhe foram aplicadas.

O Sr. António Maria da Silva: - Sr. Presidente: deste lugar já tive ocasião de declarar que tomaria como lema do meu mandato trazer (Macau para Portugal e levar Portugal para Macau.

Fiel a esta divisa, a minha débil voz foi várias vezes levantada nesta Câmara para falar de Macau e dos seus filhos, assim como na minha terra falei de Portugal e assinalei o valor da lusa gente.

Se o meu maior empenho e o meu vivo interêssse é prestar o meu contributo para tornar Macau mais conhecido da metrópole e esta da terra que represento nesta Assembleia, como poderei deixar de exultar com a louvável iniciativa do nosso insigne Ministro do Ultramar em ter convidado para visitar o País uma deputação de jornalistas de todas as parcelas de Portugal de além-mar ?
E incontestável que é de um alcance incomensurável a feliz lembrança do nosso titular da pastado Ultramar, que aqui conhecemos tão bem como um dos mais talentosos Deputados da Nação Portuguesa.
S. Ex.ª viu bem que ninguém, como os jornalistas, que são os guias da opinião pública, poderia contribuir melhor para uma aproximação mais. estreita entre portugueses de aquém e de além-mar, tornando cada vez mais forte a unidade nacional.

Vozes: - Muito bem, muito bem!
O Orador: - Hoje, mais do que nunca, urge que a união entre todos os portugueses, quer da metrópole, quer das suas parcelas do ultramar, se consolide cada vez mais e que cada um de nós se esforce por servir lealmente a Pátria em torno dos grandes portugueses que dirigem os destinos da Nação, formando como que uma massa compacta na continuação da obra do ressurgimento total da vida nacional.
Que Deus nos defenda das desavenças entre portugueses numa altura em que estamos dando ao Mundo conturbado um exemplo de paz, de harmonia e de concórdia entre todos os portugueses.
Bem haja, pois, o nosso digníssimo Ministro do Ultramar, que, em boa hora, convidou os citados jornalistas para uma visita à metrópole.
Aqueles inteligentes e simpáticos mensageiros das parcelas de Portugal ultramarino, que aqui estiveram, viram a grandeza e a formosura da Mãe-Pátria, renovada, rejuvenescida e engrandecida.
Aqui viram eles., com os seus próprios olhos, as formidáveis realizações do Estado Novo!

Aqui viram, em pessoa, o nosso venerando Presidente da República e da própria boca do supremo magistrado da Nação ouviram palavras de carinho e de incitamento.
Aqui viram a figura prestigiosa e eminentíssima do nosso bem querido Presidente do Conselho, ouviram os seus notáveis discursos e se sensibilizaram com a carinhoso, mensagem de despedida do primeiro estadista do País.
Aqui conheceram e ouviram vários, brilhantes, e veementes discursos do ínclito Ministro do Ultramar.
Aqui apreciaram a nossa famosa obra missionária, através da visita à Exposição de Arte Saara Missionária.
Aqui se irmanaram com os seus hábeis colegas da metrópole e, finalmente, aqui vieram constatar a transformação de Portugal durante o período da vigência do Estado Novo.
Aqueles., como disse, inteligentes e simpáticos mensageiros das parcelas de Portugal de além-mar trouxeram o ultramar para a metrópole e levaram a estremecida Mãe-Pátria .no coração de cada um deles, para a plantarem no coração de tantos e tantos portugueses que nasceram, vivem e trabalham em terras portuguesas afastadas do continente europeu.
Vozes: - Muito bem, muito bem!