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6 DE ABRIL DE 1957 592-(19)

Os distritos com maior número de prédios urbanos (com mais de 100 000) são:

[Ver Tabela na Imagem]

Aumentou em todos os distritos o número de prédios urbanos, mas nos do litoral o aumento foi muito maior. Enquanto que em Viseu e na Guarda o acréscimo no número de prédios não alcançou 10 000, nos distritos de Lisboa, Porto e Santarém foi de mais de 20 000. E Aveiro e Coimbra tiveram aumentos da ordem ou superiores a
14 000. Em contrapartida, construiu-se relativamente pouco no Sul.
Até certo ponto estes elementos vêm confirmar outros relativos ao insuficiente progresso económico do interior do País, derivado de diversos factores já apontados nestes pareceres, entre os quais avulta o desvio de investimentos para as zonas do litoral.

Rendimentos colectáveis

25. A questão dos rendimentos colectáveis está na base da receita da contribuição predial. Mas o seu estudo pode dar indicações preciosas sobre o grau de progresso das zonas estudadas.
Apesar de esforços já feitos no sentido de aperfeiçoar os números, ainda estamos muito longe duma estatística correcta, dado o estado das matrizes e o carácter errático de muitas avaliações.
O cadastro tem ultimamente corrigido algumas discrepâncias, assegurando certo critério uniforme, pelo menos dentro dos concelhos limítrofes. Contudo a sua desactualização concorre para vícios de julgamento no estudo dos números.
Dão-se a seguir, para 1928 e 1955, os rendimentos colectáveis da propriedade rústica e urbana.

[Ver Tabela na Imagem]

É grande o caminho andado entre 1928 e 1955, se forem considerados apenas os valores absolutos. Mas se for levada em linha de conta a desvalorização da moeda, os números não têm a mesma consistência, especialmente os que se referem à propriedade rústica.
Neste tipo de propriedade os distritos que indicam maiores rendimentos colectáveis são os de Santarém (99 938 contos), Beja (97 975 contos) e Évora (87 698 contos), todos com mais de 80 000 contos. Vêm a seguir Viseu, Braga, Coimbra e Lisboa.
Todos os outros têm valores menores, alguns inferiores a 40 000 contos.
Quanto aos rendimentos colectáveis da propriedade urbana podem dar-se os números seguintes:

[Ver Tabela na Imagem]

É notável o aumento nos distritos de Lisboa, Porto, Setúbal e Coimbra.
O rendimento colectável da propriedade urbana no distrito de Lisboa é maior do que no resto do País,