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164 I SÉRIE - NÚMERO 5

não atinge o 9.º ano de escolaridade, da geração a quem como ocupação e contribuição para a construção da sociedade se oferece o tédio, a droga, o dinheiro fácil, enfim, a falta de esperança no futuro. Continuamos a acreditar, embora mais cépticos, nas virtualidades desta coligação e por isso somos exigentes e críticos. Só que a maior maioria de sempre è o Governo, com maior apoio social, têm de ser capazes de dar respostas e restituir a esperança. No que diz respeito à juventude portuguesa, temos de ser intransigentes e por isso esperamos que nos próximos 6 meses, com o nosso apoio, o Governo dê sinais claros e inequívocos de um projecto global para a juventude, restituindo-lhe a esperança que se vai desvanecendo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Se o fizer, terá o nosso aplauso, se o não fizer, perderá a nossa confiança, nem todos perceberão e concordarão connosco, só que para nós a política é uma forma ética de estar na vida, e como disse alguém que nos orgulhamos de ter sido nosso líder:

Acima da social-democracia está a democracia; Acima da democracia está Portugal.

Aplausos do PSD e do PS.

O Sr. Octávio Cunha (UEDS): - Sr. Presidente, peço a palavra para um pedido de esclarecimento.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Octávio Cunha (UEDS): - Sr. Deputado, a sua crítica não deixou de ser uma autocrítica, o que só por si são é da minha parte uma crítica. Bem pelo contrário, acho extremamente salutar que os deputados dos partidos tenham capacidade e independência suficiente para, ao criticarem o que está para trás, proporem alguma coisa para a frente, autocriticando-se.
Não me enganarei - e acho que estará de acordo comigo - se disser que o seu partido até agora é aquele que mais tempo leva de gestão daquilo que denominou de «aparelho do Estado burocratizado, centralizador, pesado, maçador e que gere mal».
Estamos perfeitamente de acordo com tudo isto. E estar de acordo com tudo isto não é ficar parado à espera que as coisas continuem, mas esperar que a intransigência de que falou, a intransigência sobretudo naquilo que nos diz respeito aqui como deputados, seja afirmada por deputados que a devem mostrar na defesa daquilo que é o seu pensamento e na defesa daquilo que é a missão que lhes foi confiada quando os votantes neles confiaram. É isso essencialmente que o povo português, creio eu, espera dos deputados aqui presentes.
Eu quero saber de V. Ex.ª se essa disponibilidade - num partido onde, apesar de tudo, se verifica que as cúpulas ainda dominam o pensamento do deputado -, quero saber, dizia, se a Juventude Social-Democrata está disposta a lutar aqui dentro e no partido no sentido de quebrar as peias que as cúpulas partidárias impõem aos seus deputados e que acabam por ter os reflexos negativos para o exterior a que temos assistido.
Eu aproveitava esta ocasião para protestar contra os artigos que na última semana vieram publicados nos jornais, em particular no jornal do Porto O Primeiro de Janeiro.

Aplausos do PS, do PSD, do CDS, do MDP/CDE, da UEDS e da ASDI.

O Sr. Rocha de Almeida (PSD): - É a ANOP paga pelo Estado!

O Orador: - Na verdade, tal artigo não só não corresponde à verdade, como não julga os factos tal como eles são. Ë fácil dizer que os deputados ganham muito. Efectivamente, os deputados ganham muito em relação ao número de desempregados, em relação aos trabalhadores com salários em atraso, é um facto. Mas nós aqui, que lutamos também contra isso, temos que defender alguns daqueles que são os nossos direitos, porque me parece que eles estão a ser, de um modo geral, torpedeados e apresentados à população de uma maneira perfeitamente falsa e errada. E o que se pretende com isto mais uma vez, tenho a certeza, é liquidar esta jovem democracia, que ainda está a aprender a conversar depois de ter deixado de gritar.

Aplausos do PS, do PSD, do MDP/CDE e da ASDI.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, em princípio o PSD teria esgotado os 10 minutos que lhe tinham sido atribuídos. A Mesa tem dúvidas se nesses 10 minutos estavam incluídos ou não os pedidos de esclarecimento e as respectivas respostas.
Se não houver oposição, estes pedidos de esclarecimento não ficariam incluídos nos 10 minutos de intervenção.

O Sr. Octávio Cunha (UEDS): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Octávio Cunha (UEDS): - Sr. Presidente, creio que o meu partido não tem nenhuma intervenção programada para hoje; se a UEDS tem tempo disponível, nós podíamos fornecer tempo ao PSD para a resposta ao pedido de esclarecimento.

O Sr. Presidente: - Bom, o problema não é esse, Sr. Deputado. O problema consiste em - e penso que não há oposição da parte dos grupos parlamentares - os 10 minutos serem considerados só em termos de intervenção.

Pausa.

Como não oposição, assim será.

O Sr. Paulo Areosa (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Paulo Areosa (PCP): - Sr. Presidente, nessas condições eu gostaria de me inscrever para um pedido de esclarecimento ao Sr. Deputado Pedro Pin-