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deputados do PSD e do PS, bem como todos os deputados desta Câmara, devem continuar a trabalhar. Somente deste modo estaremos a cumprir com o nosso mandato e é nesse sentido que vamos continuar a trabalhar e a reunir a nível do nosso distrito para equacionar os seus problemas e encontrar as melhores soluções para os resolver.
Em relação à questão colocada pelo Sr. Deputado Gaspar Martins, consubstanciada na ideia de saber se a minha intervenção era uma crítica ao governo actual ou aos governos passados ou uma autocrítica dado eu ter apoiado já diversos governos do País, devo dizer-lhe Sr. Deputado que a minha intervenção é a manifestação da nossa insatisfação. 15to é, ainda existem muitos problemas no distrito do Porto e na região Norte, mas temos também de dizer que já foi feito muito, embora tal seja insuficiente, sendo necessário fazer mais, acelerar o desenvolvimento da região Norte e a resolução dos problemas concretos o distrito do Porto.

Foi nessa perspectiva que hoje intervim aqui, em nome do meu partido naturalmente, procurando também trazer à Assembleia da República o contributo da reflexão conjunta dos 2 partidos, dos 2 grupos de deputados do círculo do Porto, isto é, do PS e do PSD. Por isso, falei em meu nome, enquanto deputado social-democrata, mas igualmente reproduzi a reflexão conjunta consubstanciada num documento aprovado pelos deputados dos 2 partidos.
Penso que assim respondo também já a outra questão que me foi aqui colocada, respeitante ao problema de saber se eu estava a falar em nome pessoal ou se estava a ser o porta-voz da maioria - creio que me foi colocada pelo Sr. Deputado Raul Castro. Deste modo, fica assim respondida já essa questão.
Como verificou o Sr. Deputado Gaspar Martins, na minha intervenção afirmei - e essa foi uma das conclusões do nosso encontro do Porto - que vamos apresentar, aquando da discussão e votação do Orçamento do Estado, uma proposta afim de canalizar para o Porto a verba suficiente para que se possa resolver o problema da água. Este problema é um dos mais graves com que se defronta a população do Grande Porto, estando mais de 1 milhão de habitantes a correr sérios riscos na sua saúde, porque não existe água verdadeiramente potável na cidade do Porto e concelhos limítrofes. Ora, no Verão que se aproxima a situação pode ser completamente caótica e, nesse sentido, há necessidade de se actuar de forma urgente.
Nesse sentido, os Srs. Deputados do PSD e PS vão intervir, apresentando uma proposta que inscreva no Orçamento do Estado uma verba suficiente para se começar imediatamente a realizar as obras de canalização da água da central do Lever para a de Jovim , a fim de se abastecer de água potável todos os concelhos do Grande Porto.
Parece-me que respondi às questões colocadas pelo Sr. Deputado Gaspar Martins.
Do mesmo modo, respondi também à pergunta feita pelo Sr. Deputado Raul Castro, relativa à falta de comparticipação na realização das obras de captação para abastecimento de água ao Grande Porto.
Sr. Deputado Raul Castro, é evidente que eu não tive a preocupação de na minha intervenção ser exaustivo, assim como nós, deputados do PSD e do PS do Porto, não fomos exaustivos na análise que fizemos sobre todos os problemas do distrito do Porto e da região

Norte. Fizemos uma abordagem de alguns dos problemas mais graves e, naturalmente, haveria outros e eu reconheço isso. Não abordei o problema de alguns tribunais que estão em situação bastante degradada, havendo realmente necessidade de construir novas instalações, para que eles possam funcionar de forma mais condigna e eficaz, a fim de que a justiça seja mais célere. Naturalmente que não referi todos os tribunais, mas apenas aqueles que considerei que estão em situação mais difícil. Deste modo, aceito perfeitamente que haja outros na mesma situação e, evidentemente, o Governo terá também de procurar construir novas instalações e recuperar aquelas que estão deterioradas, designadamente as do Palácio da Justiça do Porto, que o Sr. Deputado referiu.
Relativamente ao Sr. Deputado Carlos Brito, V. Ex.ª disse que eu trouxe um caderno reivindicativo. Penso que também já respondi à sua pergunta. Levantei aqui uma série de questões em nome dos deputados dos 2 partidos, que recentemente reflectiram sobre elas, avançámos com algumas propostas e vamos inclusivamente começar a dar resposta desde já a uma delas no Orçamento do Estado, refiro-me ao caso da água. Assim, penso que esta é a melhor forma de estarmos a dar cumprimento ao mandato popular que detemos nesta Assembleia da República.
Sobre a questão da Faculdade de Direito do Porto, o Sr. Deputado Carlos Brito sabe muito beta que o PSD sempre defendeu a criação dessa mesma Faculdade. Penso que essa é a vontade unânime desta Câmara.

O Sr. José Magalhães (PCP): - Vê-se!

O Orador: - No entanto, consideramos que - neste caso intervenho em nome do PSD e tão-só - não é aqui a sede própria para a criação da citada Faculdade.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Deputado, posso interrompê-lo?

O Orador: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Deputado, queria somente perguntar-lhe o seguinte: o que é que, a propósito dessa posição tão firme da parte do PSD, tem respondido e explicado os Srs. Ministros da Educação do PSD?

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Carlos Brito (PCP): - E não é só o Sr. Ministro Seabra, pois outros Srs. Ministros da Educação também têm sido do PSD. O que é que eles dizem em resposta a essa posição do partido? Porque é que eles não realizam esse imperativo partidário? Porque é que se opõem? Porque é que não realizam essa grande aspiração das populações do Porto?

O Orador: - Sr. Deputado, sobre isso quero dizer-lhe o seguinte: a nossa posição é clara, pois somos a favor da criação da Faculdade de Direito do Porto, considerando que a Universidade do Porto, enquanto não tiver a sua Faculdade de Direito, é uma Universidade incompleta. Como tal, desejamos que ela venha a ser uma realidade e se não for possível a curto prazo, que o seja pelo menos a médio prazo. Para já, o que