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2516 I SÉRIE - NÚMERO 64

Gostaria de começar por sublinhar que olho igualmente com todo o respeito todos os Srs. Deputados presentes nesta Câmara ...

Uma voz do PRD: - Muito bem!

O Orador: - ... e não gostaria de deixar de registar o facto de que a maioria dos deputados mais cotados da bancada do PSD não necessitam de formular pedidos de esclarecimento relativamente à minha intervenção, ..

Vozes do PRD: - Muito bem!

Vozes do PSD: - Ah!

O Orador: - . o que, para mim, é significativo.

O Sr. António Capucho (PSD): - Ó Sr. Deputado! ...

O Sr. Silva Marques (PSD): - Para nós também!

O Orador: - Se quiserem fazer perguntas, ainda estão a tempo, pois não tenho dúvidas em responder a todas as questões.

O Sr. Roleira Marinho (PSD): - Não merece!

O Orador: - É um registo que eu tenho o direito de fazer.

Uma voz do PSD: - Não sabe fazer!

O Orador: - E o Sr. Deputado, neste momento, está a mostrar aquilo que temos visto desde a apresentação da moção de censura. É que, ao contrario do que têm dito, se há deputados nervosos neste hemiciclo, são exactamente os da sua bancada.

Vozes de protesto do PSD.

Não esteja preocupado! Iremos ver no futuro quem terá lugar ali em cima, naquelas cadeiras,...

Aplausos do PRD.

... onde, aliás, estão pessoas que nos merecem o melhor respeito.
Gostaria só de lembrar que, na véspera das eleições de 6 de Outubro, os senhores - e alguns estão aqui - ainda diziam em todo o lado onde estavam, particularmente em Santarém, que eu não ia ser eleito deputado. Curiosamente, fui só o primeiro deputado a ser eleito por Santarém.

O Sr. Ivo Pinho (PRD): - Muito bem!

O Orador: - Não estejam preocupados com isso, pois aqui não está ninguém nervoso.

O Sr. António Capucho (PSD): - Conhece mal o seu partido!

O Orador: - Conheço mal?! É natural que sim! Quanto às perguntas colocadas pelo Sr. Deputado Guerreiro Norte, que eu agradeço, pouco mais tenho a dizer sobre as questões de ética e moralidade do que aquilo que es á dito. Gostaria só de acrescentar um factor que me parece ter sido esquecido pelos Srs. Deputados que intervieram: olhem, como eu fiz questão de sublinhar na minha intervenção, paia aquilo que dissemos e para a coerência da nossa actuação em relação ao que dissemos.
Quanto à existência ou não de alternativa, é óbvio que existe. Sempre o dissemos, e eu disse-o aqui, nesta bancada, na minha última declaração política, em 25 de Julho do ano passado.
Já nessa altura eu disse que existia alternativa.

Uma voz do PSD: - Qual é?

O Orador: - Obviamente, que somos pessoas de respeito e dignidade e ela tem de ser apresentada em primeiro lugar o Sr. Presidente da República - se ele no-la pedir. Depois disso, não teremos dúvidas em a comunicar ao País. É isso que iremos fazer, como sempre temos feito.

Aplausos co PRD.

O Sr. Deputado Duarte Lima, cujas questões agradeço, tentou demonstrar que temos uma coisa em comum, o que é sabermos pouco de finanças.

Uma voz do PSD: - Ninguém diria!

O Orador: - Peço desculpa por discordar, mas, de facto, eu não i>ercebo nada de finanças e nunca o escondi.
Quanto ao facto de a moção de censura ser uma moção irresponsável e leviana... bem, talvez o PSD esteja a tentar camuflar na opinião pública...

O Sr. António Capucho (PSD): - Não fomos nós, foi o PS!

O Orador: - Vocês disseram-no.

Como eu estava a dizer, talvez se esteja a tentar camuflar na opinião pública aquilo que foi feito pelo PSD, injustificadamente, em Junho do ano passado, com a apresentação da moção de confiança.
É bom lembrar que nessa altura uma delegação desta Assembleia, chefiada pelo seu Presidente, se encontrava no estrangeiro. Nessa altura, por acaso, esse factor não contou!...

Uma voz do PRD: - Muito bem!

O Orador: - Apesar de tudo, nós tivemos o cuidado de falar com o Sr. Presidente da República,...

O Sr. António Capucho (PSD): - Essa é óptima!

O Orador: - ... e, como eu também disse na minha intervenção, tivemos ocasião de acertar com o Sr. Presidente da República a forma de apresentação de uma decisão que tínhamos tomado e que, como lhe comunicámos, era irreversível.
Disse ainda que nós estávamos a demonstrar muita pressa em irmos para o Governo. Não temos, Sr. Deputado, e já o demonstrámos; se quiséssemos estar no Governo, esta íamos desde 1985. Isso é óbvio, é óbvio para toda a gente, mas não temos pressa.
A pressa que temos neste momento é a de mostrar ao País que é urgente e possível governar mais e melhor. Isso temos alguma pressa em demonstrar!