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5036 I SÉRIE-NÚMERO 104

aos acessos rodoviários. Com efeito perante o actual crescimento exponencial a que ali se assiste será previsível que se atinja dentro de três a quatro anos um volume de 15 milhões de passageiros/ano.
Será então altura de se encetar a 2.ª fase dos investimentos em curso. Será porventura a ocasião de instalarem mangas de acesso aos aviões como acontece em toda a Europa e o momento de e estabelecer um ramal de conexão ferroviária a muito próxima estação de Crestins na linha do Porto-Póvoa e assegurar assim uma ligação rápida aos apoios hoteleiros e turísticos predominantes na Área Metropolitana do Porto.
Tardam também a vía nordeste sempre desejada e sempre adiada, as previstas vias V2 e V8 para Vila Nova de Gaia que em conjugação com a futura via de cintura interna portuense constitui ao a g a de circular que através da Ponte do Freixo ligará as duas cidades vizinhas. Por tal razão e com incontida estupefacção que se constata não estar já inserida no elenco das prioridades governamentais a construção da ponte ferroviária do Freixo que constitui peça fundamentalmente de qualquer solução de transito na Área Metropolitana do Porto.
Enfim uma razão de tanto esquecimento para a navegabilidade do Douro, estagna a Foz definha o porto fluvial, extingue-se Leixões esvazia-se em benefício da Galiza e o Porto enfim tão perto para ela se na prática estar demasiado longe para ver os seus simples problemas finalmente resolvidos.
Prova disso a região terá mais uma vez sido posta de lado das soluções de progresso e de futuro. Com efeito parece ser ponto assente que a ligação do caminho de ferro rápido de Lisboa ao norte da Europa se fará segundo uma linha de atravessamento que inibira da sua utilização a região norte.
Depois do encerramento unilateral da linha do Douro na Barca Dalva pela Renfe são de novo apenas os interesses espanhóis a prevalecerem condicionando os nossos e a prejudicarem primeira linha uma das mais laboriosas e dinâmicas do nosso país.
Todavia nem isso desmotivará as suas gentes a trilharem caminhos de progresso e de futuro numa inter-conjugação de esforços e vontades em busca de afirmação social económica e cultural.

Aplausos do PS

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, permito-me chamar a atenção de VV. Ex.ª para a presença na Tribuna do Corpo Diplomático de S. Ex.ª o Presidente da República Oriental do Uruguai Dr. Júlio Sangumetti que se faz acompanhar do Sr. Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, do Sr. Embaixador do Uruguai, destes Srs. Senadores para quem pedia a saudação da Câmara.

Aplausos gerais de pé.

Srs. Deputados embora prestes a chegar ao limite do período de antes da ordem do dia tem ainda a palavra para uma intervenção o Sr. Deputado Barbosa da Costa.

O Sr. Barbosa da Costa (PRD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Vila Nova de Gaia está a comemorar os centenários da morte de Soares dos Reis e do nascimento de Diogo de Macedo.
Está a fazê-lo com um cuidadoso programa pois orgulha-se de ter estes dois vultos das artes plástica e da cultura como dois dos seus mais ilustres filhos.
Todavia não trago a esta Assembleia a notícia por mera exaltação bairrista mas pelo facto incontroverso de estar perante duas figuras que ultrapassaram os
limites estreitos da sua terra natal e que pertencem de pleno direito ao conjunto dos que são incontestável património nacional.
Não é ainda pela veneração estática, por um passado brilhante mas sobretudo pela dimensão prospectiva que estes exemplos devem ter no dever colectivo.
As artes plásticas e a cultura em geral devem merecer de todos nós e dos órgãos de soberania em geral um conceito não meramente contemplativo mas fundamentalmente uma dimensão ajustada no tempo, as pessoas e as comunidades. E são exemplos como os de Soares dos Reis e Diogo de Macedo que congregam vontades que movem interesses saudáveis que permitem acções concertadas que projectam no presente os sonhos acalentados do passado.
Foi pois assim possível juntar no mesmo projecto comemorativo, a Secretaria de Estado da Cultura a autarquia local, as instituições culturais do concelho, a Escola Superior de Belas Artes do Porto onde ambos foram alunos, o Museu Nacional de Soares dos Reis, várias escolas da região para além da colaboração sempre bem vinda da Fundação Calouste Gulbenkian.
Assim tem sido possível através de edição e reedição de vários livros, exposições evocativas com tónicas e conteúdos diversos, reproduções de algumas obras da sua autoria, ciclos de conferências e colóquios e o cação cuidada do tempo em que tiveram e desenvolveram a sua actividade, lembrar aos presentes de forma consequente as suas vidas e obras.
Só assim as comunidades locais e nacionais se enobrecem quando são capazes de co-responder de forma consequente aos contributos doados pelos seus filhos mais ilustres.
Em tempo de massificações redutoras importa por sob e o alqueire e a luz irradiadora da arte e cultura que deve iluminar um horizonte mais alargado.
Sr. Presidente, Srs. Deputados: O meu orgulho de amigo e por ter como conterrâneos Soares dos Reis e Diogo de Macedo, leva-me a considerar que se torna urgente criar no País um sentimento mais alargado de veneração por aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando quer tenham eles dimensão simplesmente local quer sejam o orgulho da comunidade nacional a que pertence.

Aplausos do PRD e do PS.

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, terminado o período de antes da ordem do dia, vamos entrar no período da ordem do dia.
Está em discussão o projecto de lei n.º 406/V do PS (autonomia administrativa e financeira da Presidência da República)
Para uma intervenção tem a palavra, o Sr. Deputado Almeida Santos