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300 I SÉRIE-NÚMERO 10

política externa africana portuguesa E eu Sr Deputado fiquei um tanto perplexo porque estes agrupamentos coadunam se com a política africana com a política em relação aos países socialistas o com a política em relação ao Japão com a política em relação aos países do Norte da Europa não membros da Comunidade e com todos os países sem limite pois o único limite são os países e os parlamentos que há no mundo que queiram estabelecer connosco relações de amizade

Não ha portanto qualquer nexo entre este acto de criação de grupos parlamentares de amizade e o que pensa o Sr Ministro João de Deus Pinheiro ou o Sr Secretário de Estado tal ou mesmo S Ex o Sr Primeiro-Ministro porque nesta margem somos autónomos embora seja necessária alguma margem de coordenação na medida exacta em que os deputados não hão de estabelecer relações de forma assintona com as metas gerais do Estado Português numa determinada esfera Mas há uma diferença muito grande entre a assintoma e o mimetismo entre a capacidade de elaboração parlamentar em sintonia e a dependência e a subjugação parlamentar e a governamentação da actuação destas coisas tão simples que existem em toda a parte e que tem o nome singelo e aliás simpático de grupos parlamentares de amizade

Fica portanto um enorme mistério e um suspense quanto tempo vai a comissão competente demorar a elaborar uma deliberação escorreita que permita finalmente criar os grupos parlamentares de amizade?

Pela nossa parte - digo o desde já - danamos con senso a 80% das soluções que o Sr Deputado António Mana Pereira aqui apresenta pelo que discutir o resto ou seja os 20 % é coisa da mais extrema facilidade Podia fazer se esta manhã mas se VV Ex ª não puderem f ar se á esperamos numa destas tardes sem demora pois só isso será a pró a do vosso zelo e boa vontade nesta matéria

Se houver outra vez congelador então todos nós perceberemos que há quem queira tanto os grupos parla mentares de amizade e queira tanto os projectos que de facto não quer nenhum - como V Ex citava com alguma ironia a propósito das duas Alemanhas Mas neste caso está nas mãos do PSD fazer a reunificação enquanto o outro caso é mais complexo

O Sr Presidente -Para uma intervenção tem a palavra a Sr Deputada Edite Estrela

A Sr Edite Estrela (PS) - Sr Presidente Srs Deputados Quando no passado dia 18 de Abril foi apreciado na generalidade projecto de deliberação n.º 30/V ressaltou um consenso que parece existir também agora a necessidade de criar mecanismos legais que permitam aos deputados portugueses o aprofundamento ida cooperação interparlamentar com outros povos na base do diálogo e do respeito mútuos

O PSD requereu então que o projecto baixasse por 30 dias à Comissão O projecto baixou e como baixou subiu - sem um acrescento sem uma emenda sem uma alteração e sem um relatório- apenas escurecido pela passagem do tempo Seis meses passaram entretanto

O Sr José Magalhães (PCP) - Isso é que é esquisito
A Oradora -O PSD que subscreveu o projecto de deliberação agora em apreço e que parece ter esquecido isso ou enjeitado os subscritores quer ou não quer viabilizar a criação de grupos parlamentares de amizade com parlamentos ou parlamentares de outros países? Estou perplexa Srs Deputados

O PSD reconhece ou não o mento desta iniciativa?

Não lhes fica bem Srs Deputados impedir com subterfúgios esta Assembleia de se relacionar pela via do diálogo cultural do intercâmbio informativo da troca de experiências com outros parlamentos Seria um intolerável atentado contra os valores da democracia

Invoca o Sr Deputado António Mana Pereira que há diferenças substanciais entre o documento em apreço e o seu projecto de deliberação Não as encontrei Sr Deputado e se me permite as diferenças que há penso que serão mais facilmente aprovadas pela sua bancada em relação ao documento em apreço do que aquelas que o Sr Deputado propõe nomeadamente no que diz respeito à não representação da correlação de forças existente nesta Câmara

Srs Deputados chegou o momento de passarmos dos hinos à amizade - mesmo que elas sejam tão belos como os de Herbert Pagam - das invocações à solidariedade para os actos do domínio conceptual para o domínio pragmático utilitário e do plano simbólico para o plano do real E o real é sabermos até onde estamos dispostos a ir que caminhos queremos trilhar e que obstáculos vencer E que como ensina Nietzsche se quisermos ter um amigo é preciso também lutar por ele Lutemos pois pelos nossos amigos que se querem relacionar institucionalmente connosco e que querem dialogar connosco Diálogo cada ez ma s necessário hoje mais do que ontem e amanha mais do que hoje

A vida é por sua natureza dialógica afirma Mikhail Bakunme que continua Viver significa participar num diálogo interrogar escutar responder e estar de acordo e eu acrescento ou em desacordo

Viver é participar no diálogo universal é comunicar com os outros literalmente tornar comum o que era próprio partilhar informações e experiências comungar ideias sentimentos e volições

Por estas razões o Grupo Parlamentar do PS congratula se uma vez mais por esta iniciativa embora tardia -lá di? o pó o que mais ale tarde do que nunca - e reafirma a sua total disponibilidade para aprovar este projecto de deliberação que como é óbvio cria grupos parlamentares de amizade e não as amizades de grupos como alguns pretendem fazer

Por outro lado quero acrescentar ainda que esta iniciativa não tem nada a ver com o relacionamento com os povos africanos nomeadamente os países de língua oficial portuguesa pois para esses - e também já tarda - que se crie uma comissão homóloga da que existe para o Brasil que é a Comissão Eventual para a Cooperação Parlamentar entre Portugal e o Brasil

Srs Deputados saibamos dizer claramente aquilo que queremos e até onde queremos ir

Aplausos do PS

O Sr Presidente - Para formular pedidos de esclarecimento tem a palavra o Sr Deputado António Mana Pereira

O Sr António Mana Pereira (PSD) - Sr Presidente Srs Deputados Em relação ao que disse o meu amigo Narana Coissoró quero dizer lhe que nunca o PSD pen