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608 I SÉRIE - NÚMERO 18

Foram ainda manifestadas pelos jovens presentes as preocupações existentes em relação ao ambiente, afirmando que continua a faltar uma verdadeira política de ambiente, apresentando propostas concretas no que diz respeito à urgente elaboração dos planos regionais de ordenamento do território, implementação de um plano de reflorestação, medidas legais que impeçam a especulação dos solos e das madeiras queimadas, efectiva protecção da Zona Económica Exclusiva, nomeadamente no que diz respeito à limpeza dos depósito dos petroleiros.
Estas são algumas das principais conclusões a que chegaram os jovens participantes no IV Encontro Nacional de Juventude, que, pela sua importância, entendemos ser nosso dever fazer chegar ao Plenário da Assembleia da República.

Aplausos do PCP.

A Sr.ª Presidente: - Sr. Deputado Carlos Coelho, V. Ex.ª pediu a palavra para que efeito?

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Para defesa da consideração, Sr.ª Presidente.

A Sr.ª Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Sr.ª Deputada Paula Coelho, pedi a palavra por duas incorrecções essenciais que a Sr.ª Deputada cometeu na sua intervenção.
Não quero, no entanto, deixar de começar por referir que sintomaticamente as conclusões desse Encontro vêm a esta Assembleia pela sua voz, pela voz de uma deputada comunista. De outra forma, não poderia ser.
Em primeiro lugar, a Sr.ª Deputada Paula Coelho identificou, erradamente, a JSD e presumo que também a JS, tanto quanto ouvi-pela decisão de não participar no Encontro do Alvor, decisão essa que disse lamentar. Isso não é rigorosamente verdade. Sabe bem que a JSD e a JS não decidiram, tal como tentou dizer através do seu discurso, não participar naquele Encontro. O que aconteceu é que o Conselho Nacional de Juventude abandonou a organização e, com raríssimas excepções (particularmente, a JCP, a Intersindical, bem como a FL), todas as organizações nacionais de juventude decidiram acatar a decisão daquele conselho. Portanto, isto é ligeiramente diferente do que a Sr.ª Deputada disse. Não se tratou, pois, de uma decisão partidarizada.

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): - Mas o senhor tentou partidarizar aqui!

O Orador: - Não foi a JSD que decidiu «bater com a porta», nem sequer a JS mas pela JS falarão outros-, mas, foi sim, o Conselho Nacional de Juventude, ou seja, a totalidade das organizações nacionais de juventude, excepto aquelas que estavam influenciadas pela JCP.
A segunda questão consistiu no facto de a Sr.ª Deputada Paula Coelho tentar iludir os Srs. Deputados e a opinião pública, dizendo que aquele foi um encontro pluricolor, porque estavam lá sociais-democratas. De facto, estavam lá sociais-democratas, democratas-cristãos e outros. Porquê? Porque estavam lá as organizações locais de juventude e, destas, naturalmente que estavam pessoas de todas as correntes do pensamento. Agora, não é isso que faz a representatividade deste encontro, excluídas que estavam logo pela organização as organizações nacionais de juventude.

A Sr.ª Presidente: - Sr. Deputado, atingiu o limite de tempo disponível.

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Sr.ª Presidente, julgo que tenho direito a três minutos.

A Sr.ª Presidente: - Exactamente.

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Estou a falar há dois minutos, Sr. Presidente.

A Sr. Presidente: - O registo indica-nos 3,2 minutos.

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Sr.ª Presidente, indica dois minutos. Julgo que a indicação no quadro de registo, neste caso, é a que vem em baixo do lado direito, a menos que tenha mudado...

A Sr.ª Presidente: - Na dúvida, vou dar-lhe a palavra para intervir mais um minuto, mas julgo que está errado, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Coelho (PSD): - Julgo que estava a seguir exactamente esse indicador, Sr.ª Presidente. Presumo que 3,2 é um somatório e não tem a ver com esta contagem. Mas, se V. Ex.ª me permite, concluo dizendo que não é pelo facto de existirem cinco ou dez sociais-democratas, no meio de 600 elementos jovens que lá estavam que toma representativo o Encontro, pelas razões que, aliás, tive ocasião de salientar aqui, em declaração política, na semana passada.
Sr.ª Deputada, para terminar, dir-lhe-ei o seguinte: se mais razões precisássemos para identificar política e partidariamente as conclusões deste Encontro, bastariam as declarações da Sr.ª Deputada. É que, de facto, há uma coincidência notável entre as conclusões do Encontro e as metas essenciais da JCP, as referências que fez à política antijuvenil e uma linguagem muito própria da JCP, sempre que se refere à política bem sucedida deste Governo em matéria de juventude, e não posso esquecer que o Sr. Deputado Carlos Brito - e com isto termino, Sr.ª Presidente - dizia-me, há uma semana, nesta Casa, que mais eloquente do que a resposta da Sr.ª Deputada Paula Coelho seriam, com certeza, as conclusões deste Encontro do Alvor, que não é o Encontro Nacional da Juventude Portuguesa.

A Sr.ª Presidente: - Sr. Deputado Carlos Coelho, V. Ex.ª linha razão. Por qualquer motivo, há duas contagens de tempo no quadro, mas a debaixo era realmente a que estava a correr. A Mesa apresenta as suas desculpas.
Para dar explicações, tem a palavra a Sr.ª Deputada Paula Coelho.

A Sr.ª Paula Coelho (PCP): - Em primeiro lugar, gostaria de dizer que muito me honra, bem como à bancada do Grupo Parlamentar do PCP, lermos sido os últimos, no que refere quer ao III quer no IV Encontros Nacionais de Juventude, a trazer aqui, ao Plenário da Assembleia da República, as conclusões desses encontros tão importante, como têm sido os Encontros Nacionais de Juventude...