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276 I SÉRIE -NÚMERO 10

não tem emblema político, são lobbies atípicos. Não tenho tempo, se não contava essa história.

O Sr. Presidente: - Não tem tempo nenhum!

Risos.

O Orador: - É só mais um minuto, Sr. Presidente.
O centro tecnológico era para ser «da cerâmica», mas como isso implicava a sua implementação em Aveiro passou a ser «da cerâmica e do vidro», para descentrar, graças à Marinha Grande!
O Centro de Desportos Náuticos também está sediado em Coimbra, que tem (as Sr.ªs Deputadas que me desculpem o termo) um bidé oblongo que atravessa a cidade e a que chamam Mondego no tempo do Inverno.

Risos.

Os problemas do rio Vouga, que não tem ligação nenhuma com o Mondego, não há um fio de água que interligue os dois rios, são tratados na Hidráulica do Mondego em Coimbra! Isto para não falar dos problemas do porto. O porto de Aveiro, que era para ter 4000 m de cais acostável, tem 400! Já andaram mais 150 m no PIDDAC, mas foram esquecidos.

O Sr. Presidente: - Tem de concluir, Sr. Deputado.

O Orador: - Com certeza, Sr. Presidente.

O Sr. Lino de Carvalho (PCP): - Olhe que não é por ser de Coimbra que o Sr. Presidente está a mandá-lo calar!

Risos.

O Orador: - O PIDDAC, mais uma vez, favorece o porto difícil, caro, não afreguesado da Figueira da Foz, em detrimento do porto de Aveiro.
Mas direi o seguinte, e para terminar: Aveiro faz-me lembrar (a região, não a cidade) aquelas senhoras que têm tendência para engordar e que, mesmo só bebendo água, vão alargando, vão alargando!
É imparável a força, o desenvolvimento e a capacidade de Aveiro. E o tempo corre a nosso favor, apesar da falta de regionalização, apesar de sermos retalhados a propósito e a despropósito, porque Aveiro é uma região fadada pela natureza, com bons recursos naturais, assessorada por empresários dinâmicos, por trabalhadores eficazes e por um são convívio democrático, que vem de longe e que vai continuar.

Aplausos do PS e do PSD.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Silva Marques, pediu a palavra para que efeito?

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, pretendia apenas manifestar a minha solidariedade de leiriense, também vítima dos mesmos fenómenos, com a voz de um aveirense ilustre.

Risos.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, está assim terminado o período de intervenções. Espero que o «caso de Coimbra» seja devidamente acentuado numa sessão futura.
Entretanto, para terminar o período de antes da ordem do dia, vamos proceder à votação do voto n.º 37/VI, de protesto pela circulação em águas da zona económica exclusiva portuguesa de navios que transportam plutónio, apresentado por Os Verdes.
Srs. Deputados, está em apreciação.
Não havendo inscrições, vamos votar.

Submetido à votação, foi rejeitado, com votos contra do PSD e votos a favor do PS, do PCP, do CDS, de Os Verdes, do PSN e do Deputado independente João Corregedor da Fonseca.

Era o seguinte:

Voto n.º 37/VI

De protesto pela circulação em águas da zona económica exclusiva portuguesa de
navios que transportem plutónio As águas da costa portuguesa estão na rota de uma série de carregamentos de plutónio, a realizar nos próximos 20 anos, até atingir um total de 85 t, conforme prevê o programa nuclear japonês.
Porque é uma substância altamente tóxica e perigosa e mantém uma longevidade radioactiva superior a 10 000 anos, mais de 20 países pronunciaram-se já não só contra a circulação nas suas águas costeiras de navios que transportem óxido de plutónio mas também pela proibição de acostagem nos seus portos, em caso de naufrágio ou acidente.
A Assembleia da República, reconhecendo o perigo presente e futuro, manifesta o seu protesto contra a circulação em águas da zona económica exclusiva portuguesa de navios que transportem plutónio e, em nome da vida e da paz no planeta, exorta os países envolvidos a abandonarem o programa japonês de importação desta substância letal.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, terminámos o período de antes da ordem do dia.

Eram 17 horas.

ORDEM DO DIA

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamos iniciar a discussão da proposta de resolução n.º 16/VI, que aprova, para ratificação, o Acordo sobre o Espaço Económico Europeu.
Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Secretário de Estado da Integração Europeia.

O Sr. Secretário de Estado da Integração Europeia (Vítor Martins): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Em 31 de Dezembro de 1959, com a assinatura da Convenção de Estocolmo, Portugal e mais seis Estados europeus encetaram uma experiência de integração económica com base na criação de uma zona de liberalização de comércio, que passou a ser conhecida por EFTA. Tratou-se, ao tempo, da resposta desses Estados à criação da Comunidade Económica Europeia decidida em Roma em 1957.
Com esse passo, Portugal marcou formalmente a sua adesão ao grande movimento de integração europeia. Em