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1270 I SÉRIE- NÚMERO 38

ção, seriam os locais em que estes riscos seriam mais acautelados.
Portanto, é necessário tomar medidas urgentes, fundamentadas e que não pequem pelo atraso e pela displicência.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente- (João Amaral): - Também para pedir esclarecimentos adicionais, tem a palavra o Sr. Deputado João Rui de Almeida.

O Sr: João Rui. de Almeida (PS): - Sr. Presidente, Sr.ª Ministra da Saúde, aquilo que quero fazer não é uma pergunta mas um pedido.

O Sr: Carlos Encarnação (PSD): - Logo vi!

O Orador: - E o pedido que lhe quero fazer vai no sentido de que a Sr.ª Ministra entregue pessoalmente, e novamente, o livro Saúde em Portugal, uma Estratégia para o Virar do Século ao Sr. Deputado Jorge Roque Cunha e, já agora, se fizer o favor, insira uma marcação nas páginas 36 e 37 - se possível, também na anterior -, porque aí pode ver-se com toda a clareza aquilo que o Sr. Deputado Jorge Roque Cunha talvez ainda não tenha tido oportunidade de ver ao longo dos anos. Esta questão está aqui definida com toda a clareza, pela primeira vez, ao longo de muitos anos.
O Sr. Deputado Jorge Roque Cunha, há pouco, deu a entender que esta questão não é uma preocupação fundamental deste Governo, mas é, Sr. Deputado e até surge logo em primeira página. Aliás, sobre isso, aproveito para lhe dizer o seguinte: a questão da tuberculose hão deve ser tratada de uma forma escondida, como sucedeu ao longo dos anos. Temos de ter a coragem de dizer publicamente que é um problema muito sério neste país e que alguns dados apontam para que quase nos envergonhemos relativamente- a alguns países da Europa.
Esta postura de grande clareza e frontal idade é a forma de encontrarmos soluções muito práticas para está questão e por isso entendo que a tuberculose não deve ser escondida.

O Sr. Presidente (João Amaral): - O Sr. Deputado João Rui de Almeida coloca-me um problema: não se dirigiu à Sr.ª Ministra, para fazer uma pergunta. De qualquer forma, o tempo de que dispunha era seu e utilizou-o como entendeu.

O Sr. Jorge Roque Cunha (PSD): - Posso responder, Sr. Presidente?

O Sr. Presidente (João Amaral):. - Sr. Deputado Jorge Roque Cunha, não lhe vou dar a palavra, de forma nenhuma. Quando muito, o Sr. Deputado pode criticar-me por não ter retirado a palavra ao Sr. Deputado João Rui de Almeida, mas, não lhe dou a palavra.

O Sr. Jorge Roque Cunha (PSD): - Não concordo, mas compreendo, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente (João Amaral):- Ainda para pedir esclarecimentos adicionais, tem apalavra a Sr.ª Deputada Isabel Castro.

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Sr. Presidente; Sr.ª Ministra da Saúde, penso que a questão suscitada pelo Sr. Deputado João Rui de Almeida segue termos errados. É que o problema da tuberculose é um problema de saúde e não de papel!

Vozes do PCP: - Muito bem!

A Oradora: - E, precisamente porque assim é, a resposta da Sr.ª Ministra é, para nós, preocupante.
Houve um plano em 1995, registou-se a sua reaprovação em 1996, mas, em 1998, estamos a discutir como vamos abordar o problema. Ora, sendo este problema tão grave, julgo que exige formas mais expeditas de resposta, porque, efectivamente, é extremamente complicado, sobretudo com a expressão que a tuberculose multiresistente assume em Portugal.
Assim, Sr.ª Ministra, tenho algumas perguntas concretas a que gostava que desse resposta.
A primeira pergunta que lhe faço tem a ver com o seguinte: olhando para a incidência dos casos de tuberculose identificada e para o saldo extremamente grande na zona Norte - Aveiro, Bragança, Guarda, etc. , não vejo que exista um, hospital da especialidade nesta zona, tendo em conta que tem de ter uma ala para homens e para mulheres.
A segunda questão que lhe coloco e que gostaria que fosse bem esclarecida tem a ver com as prisões.
Do mesmo modo, havendo uma relação íntima entre o aumento da tuberculose e o modo como atinge particularmente o grupo dos seropositivos, gostava de saber como é que esse problema tem sido resolvido.

Vozes de Os Verdes: - Muito bem!

O Sr.. Presidente (João Amaral): - Srs. Deputados, vou dar a palavra à Sr.ª Ministra, mas, antes disso, quero transmitir uma informação aos Srs. Deputados, com base numa conta, que estive a fazer: com a unidade de tempo minuto contada da forma como está aqui a ser contada talvez estivéssemos no século XIII e; provavelmente, a doença que estaria a ser discutida seria a peste ou outra. Portanto, Srs. Deputados, para entrarmos no nosso século, vamos tentar utilizar o tempo como efectivamente deve ser utilizado, isto é, medido segundo métodos mais adequados, tais como, por exemplo, o relógio de quartzo.
Para responder às perguntas que lhe, foram dirigidas, tem a palavra a Sr.ª Ministra da Saúde.

A Sr.ª Ministra da Saúde: - Sr. Presidente, vou tentar respeitar escrupulosamente o tempo e, como decerto vai ficar muita coisa por dizer, aproveito para fazer um pedido ao Sr. Presidente da Comissão Parlamentar de Saúde: convoque uma reunião com o Ministério da Saúde para discutirmos, especificamente o problema da tuberculose, no âmbito da comissão parlamentar, porque é um problema importante e que, na minha opinião, deve ser objecto de uma avaliação sem preocupações de ordem política que não sejam as de política de saúde, como me parece que os verdadeiros e graves problemas de saúde neste país devem ser tratados. Neste sentido, correspondo ao pedido do Sr. Presidente da Comissão de Saúde, João Rui de Almeida, apresentando-lhe, um outro.
Aquilo que foi aqui referido quanto ao facto de o Ministério produzir muito papel é verdade. E produz muito papel porque é um ministério muito grande, com uma