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I SE`RIE-NÚMERO 87

Chega às campanhas eleitorais a tem o melhor coração do mundo - é só coração, coração e convicção! É a convicção de que 6 preciso fazer mais justiça social, é coração relativamente aos mais desprotegidos; a depois, no dia-a-dia, ou não governa justamente para os mais desprotegidos, ou dá a mão àqueles que são mais fortes! Por acção, a por omissão, a grave! Por acção, como se tem visto, em vários negócios - matéria sobre a qual o Primeiro-Ministro diz sempre zero! Ou seja, não diz, mas nós percebemos sempre o incómodo: quando o Primeiro-Ministro não fala de alguma matéria 6 porque está incomodado a deixa sempre para outro! E, depois, por omissão também, porque, pela mão deste Governo, assiste-se a esta coisa singular: é que quem tem poder reivindicativo, consegue; quem tem poder de acesso à comunicação social, consegue; quem tem capacidade de influencia, consegue; quem faz lobby, pressão, consegue! Mas os pensionistas, os reformados, os deficientes, os agricultores, esses, não conseguem!

O Sr. Ministro da Administração Interna (Jorge Coelho): - Então porque 6 que o senhor não consegue? Toda a gente consegue, menos o senhor!

O Orador: - O Primeiro-Ministro, antes das eleições, dirigia-se a eles! E não tenha dúvidas de que, daqui a um ano, nas próximas eleições, vai voltar a dirigir-se a eles. Mas agora, no dia-a-dia, faz exactamente o oposto.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Deputado Silvio Rui Cervan, j5 agora, que estamos a falar também de recursos do Estado e que o Sr. Primeiro-Ministro está aqui, a minha frente, espero que, até ao final do debate, o Sr. Primeiro-Ministro tenha a oportunidade de responder à questão que coloquei h5 pouco relativamente 5s receitas das privatizações. É uma questão importante, sobretudo porque não podemos andar aqui com a ideia de que estamos a fazer um conjunto de habilidades relativamente a Bruxelas. Se 6 uma questão nacional, o Governo que diga: «estamos abertos a tudo porque queremos estar na moeda única». Mas habilidades que descredibilizam o Estado, isso nem pensar!
Sr. Deputado Silvio Rui Cervan, termino, dizendo o seguinte: em Setembro, c5 estaremos para analisar o projecto do CDS-PP a para analisar porventura também o nosso próprio projecto de resolução ou projecto de lei sobre esta matéria. E não tenha dúvidas de que, para não, E importante o crescimento económico como um instrumento, como um meio a não como um fim em si mesmo; ou seja, o crescimento económico como preparação do futuro para promover. maior justiça social. E a questão das reformas, numa postura séria, a não, obviamente, numa postura demagógica, em que nenhum de nós está colocado, é uma questão para a qual temos toda a abertura para considerar.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Acácio Barreiros.

O Sr. Acácio Barreiros (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Deputado Luís Marques Mendes, estava a ouvilo falar da tribuna a a sua intervenção apenas me permitiu reforçar uma convicção que já tinha a que decorre do que pude ver sobre o vosso Congresso de Tavira: os senhores são muito contundentes a criticar o governo anterior mas são um verdadeiro desastre a criticar o actual Governo.

Risos do PS.

É que o Sr. Deputado fez uma série de críticas, disse está tudo mal, que este Governo nunca fez nada acertado, que o País está cada vez pior, mas não falou dos indicadores económicos - enfim, porque tem alguma consciência de que isso lhe estragava um pouco o discurso! -, não falou da segurança social, porque também lhe estragava um pouco' o discurso,...

O Sr. José Junqueiro (PS): - E complicado!

O Orador: - ... foi fazendo uma serie de críticas..
Mas o Sr. Deputado apercebe-se de que, no País, ninguém acredita nessas críticas! Com tantas críticas, seria de esperar que o Sr. Deputado tomasse uma iniciativa política contra o Governo, que não Coma. O País não percebe essas críticas,, Sr. Deputado! Se tem tanto essa consciência, procure encontrar no seu próprio discurso uma explicação para o problema de o País não aceitar uma crítica tão contundente!
Será que o Sr. Deputado Luís Marques Mendes ou o PSD terão a humildade de reconhecer que «talvez as nossas críticas não sejam justas! Talvez sejamos demasiado injustos!»? Não! Os senhores pertencem a escola daqueles que nunca se enganam a raramente tem dúvidas, de que o defeito não deve ser do PSD!

Aplausos do PS.

O defeito, disse o Sr. Deputado Luís Marques Mendes, em pleno discurso, 6 do País, 6 o País que está anestesiado! E uma forma delicada de o Sr. Deputado Luís Marques Mendes dizer que o País é estúpido, que não percebe as
críticas do PSD!
ri

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Mas esse e o drama em que está o PSD!
Deixe-me dizer-lhe ainda uma outra coisa: quanto As ameaças de crise, Sr. Deputado Luís Marques Mendes, não h5, neste Governo, como nunca houve, ameaças de crise mas apenas o chamar a oposição a responsabilidade. E o PSD sabe que nisso o Governo fala a sério!

Vozes do PSD: - Só nisso!

O Orador: - E toma o Governo muito a sério, porque quando, no ano passado, os senhores «chumbaram aqui a proposta de lei. das finanças locais a aprovaram a vossa, deixaram-na ficar na gaveta durante um ano porque o Governo disse, com muita clareza, que se a trouxessem aqui a Plenário e a aprovassem nos termos em que estava redigida, completamente irresponsáveis, o Governo não deixaria de tomar medidas. Não são, portanto, ameaças vãs! Os senhores, de facto, levam-nas muito a sério!
No fundo, o que dizer de uma oposição que tem, como linha de rumo central, como táctica política central, aprovar os orçamentos do Governo, sejam eles quais forem, e não apresentar moções de censura, longe disso?!
Sr. Deputado, os portugueses - volto a insistir nisto, embora saiba que o Sr. Deputado não acredita em mim não são estúpidos! Os portugueses sabem que o senhor não apresenta moções de censura a que vai votar o próximo Orçamento do estado, porque sabe que, se houvesse eleições ou se se atrevesse a derrubar este Governo, o senhor perdia as eleições.

Aplausos do PS.