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16 DE JULHO DE 1998 3111

tantas expectativas a recordações, um património acumulado ao longo de uma vida inteira.
Quero registar a pronta resposta dos Serviços de Protecção Civil Regional, dirigidos directamente pelo Presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos C6sar. Foi também notória a solidariedade que, de todo o País, acorreu aos Açores, a todas as ilhas, solidariedade que chegou ainda da União Europeia e dos Estados Unidos, onde, em virtude da existência de tão antigas comunidades açoreanas, existe um sentimento especial pelos Açores e por Portugal que, nestas alturas, se transforma em manifestaq6es práticas de solidariedade.
O interesse imediato do Sr. Presidente da República tocou a todos os açoreanos e açoreanas, enquanto a presença do Sr. Primeiro-Ministro, acompanhado de outros membros do Governo, foi, também um sinal certo e no momento certo de que essa solidariedade não se ficará em palavras, traduzir-se-á em actos.
O presidente do PSD também esteve presente junto dos sinistrados e das autoridades regionais e esta sua iniciativa calou fundo nos Açores.
A Assembleia Regional marcou presença através de uma mensagem lida pelo seu Presidente que, no que me toca enquanto açoreano, sinceramente agradeço.
Hoje, em dia de Comissão Permanente, a Assembleia da República não pode deixar de exprimir, com consternação a pesar, o empenho claro a solidário para que, quanto antes, as tarefas de reconstrução, seguindo as pisadas de outras tarefas idênticas que tem sido organizadas nos Açores ao longo de gerações, e, de uma forma muito especial, nos últimos anos, se realizem. Contem com o nosso apoio e com a nossa solidariedade activa, de forma a que, quanto antes, se possam restabelecer as condições de vida para todas as populações agora afectadas.
O voto de pesar que apresentei foi também subscrito pelos presidentes dos restantes grupos parlamentares, disponibilidade a solidariedade que agradeço, para o qual pego o apoio unanime da Comissão Permanente da Assembleia da República.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco de Assis.

O Sr. Francisco de Assis (PS): - Sr. Presidente, quero apenas exprimir a adesão do Grupo Parlamentar do Partido Socialista a este voto de pesar oportunamente apresentado a esta Câmara, exprimir as nossas profundas condolências e o nosso pesar às famílias das vítimas, manifestar apreço pela forma como as várias entidades públicas nacionais e regionais reagiram prontamente ao evento trágico, infelizmente sucedido, de forma a minorar a dor existente e a criar condições para que tudo regresse rapidamente a uma situação de normalidade. Mas a razão fundamental da minha intervenção - reconhecendo-me, de resto, em tudo quanto o Sr. Deputado Mota Amaral acabou de dizer, com grande elevação e profundo conhecimento de causa que lhe advém da circunstância de ser açoreano e de ter dirigido o Governo Regional dos Açores durante vários anos - é no sentido de prestar uma humilde, mas profundamente, sentida homenagem ao povo dos Açores.
E um povo martirizado; sazonalmente afectado por tragédias naturais que o põem em causa, que trazem consigo a morte, a dor, a miséria e o infortúnio a que, ciclicamente, perante cada desastre natural, é capaz de reagir, renascer e, com renovado entusiasmo, voltar a enfrentar os grandes desafios da vida. Estou certo de que é isso que está já a acontecer nos Açores, mas a Assembleia da República não pode permanecer insensível perante esta manifestação tão notável de grandeza humana do povo açoreano.
Queria, assim, aproveitar este ensejo para, em nome do Grupo Parlamentar do PS, humildemente manifestar a nossa profunda admiração por tal atitude e estado de ânimo que tão bem caracteriza a alma açoreana.

Aplausos do PS a do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Abecasis.

O Sr. Nuno Abecasis (CDS-PP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Também o nosso grupo parlamentar se associou a este voto. Não queríamos deixar de prestar uma homenagem muito sincera a todo o povo açoreano que, nestes últimos tempos, foi particularmente fustigado por desastres da natureza que destruíram património, ceifaram vidas e teriam a forma suficiente para também cortar o ânimo. Só que tal não aconteceu, e, perante a reacção dos açoreanos, percebemos bem a natureza daquele povo de emigrantes que consegue triunfar nas piores condições e que conseguiu construir uma das comunidades portuguesas emigradas nos Estados Unidos de que mais nos orgulhamos e que é das mais realizadas e triunfantes. E aquele povo que ontem víamos na televisão a reconstruir casas a partir de tábuas_ velhas, é aquele povo que pertence à mulher que tinha perdido tudo mas que era a chefe do campo onde estavam acampados e onde sobreviviam nestes primeiros dias.
Queria assinalar aqui, na Assembleia da República, o orgulho que sentimos por sermos compatriotas deste povo heróico, sofrido e valoroso, que é o povo açoreano, povo de poetas, de artistas, de músicos, porque caldeou a sua alma no sofrimento.

Aplausos do CDS-PP, do PS a do PSD.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Octávio Teixeira.

O Sr. Otávio Teixeira (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Em nome do meu grupo parlamentar, também nos associamos, como nos associámos, ao voto que está a ser discutido.
Gostaríamos de salientar a nossa profunda solidariedade não apenas com os familiares das vítimas de mais esta catástrofe dos Açores mas com todos os açoreanos que, ao longo dos tempos, ao longo dos anos, vão estando sujeitos a estas incidências da natureza, que destroem vidas e património.
Gostaríamos também de realçar - pensamos que, nestas alturas, devemos faze-lo - a pronta solidariedade que ocorreu a nível de todos os serviços regionais e nacionais, designadamente no âmbito da Protecção Civil, paradigma da reacção que deve existir em todas as situações idênticas ou paralelas que se venham a registar em qualquer ponto do nosso país.
Por último, Sr. Presidente e Srs. Deputados, queremos manifestar também a necessidade e a urgência que existem em que se conjuguem esforços de todas as institui