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1 DE OUTUBRO DE 1998 207

do, mas que em breve se encerrará com a última obra que falta inaugurar, ou seja, a instalação do comboio na Ponte 25 de Abril.

Aplausos do PSD.

Este ciclo de ouro, com poucos paralelos na nossa História, teve milhares de protagonistas, homens e mulheres que, estou seguro, recordarão ao longo de toda a sua vida a aventura empolgante que lhes foi dada a viver, homens e mulheres a cujo esforço, entusiasmo e capacidade tudo se deve.
Eles são os verdadeiros heróis desta crónica, desta enorme transformação que o País levou tanto nos equipamentos públicos que passaram a estar disponíveis como nas próprias mentalidades c na autoconfiança que está na base de nulo c que é tão difícil de conseguir, Mudaram Portugal c mudaram Portugal para muito melhor.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Ao encerrar a Expo 98 não quero deixar de recordar, não por razões políticas, que lambem teria, mas, sim, por razões da mais elementar justiça, a figura do Sr. Prof. Cavaco Silva, responsável maior por este ciclo de transformações que a História não deixará de registar.

Aplausos do PSD.

Eu fui testemunha do seu trabalho e o depoimento que aqui trago tem u validade de quem o acompanhou o melhor que sabia e de quem partilhou com ele, mesmo que apenas numa pequeníssima medida, o enorme esforço de vontade que ele pôs ao serviço do País.

Portugal era um antes de Cavaco Silva e ficou outro depois de Cavaco Silva.

O Sr. João Amaral (PCP): - Afinal não é «um Portugal único!»...

O Orador: - Quem não tiver memória disto não tem memória de nada.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, ao congratularmo-nos com o êxito da Expo 98 não devemos também esquecer aquilo que correu mal. E houve algumas coisas que correram mal. Não queria, hoje, vir aqui falar nisso - o dia não é próprio mas não posso deixar de recordar, porque seria injusto se não o fizesse, a infeliz decisão da substituição do Comissário da Expo apenas 15 dias depois de ter garantido a abertura da Expo na data marcada. Foi um acto gratuito e injusto para o homem que no terreno assumiu a responsabilidade de, a partir do zero, tornar tudo isto possível, ou seja, o Sr. Eng.º Cardoso e Cunha.

Aplausos do PSD.

Hoje, já fora das tricas políticas menores, com uma visão distanciada, podemos todos interrogar-mos: o que é que se ganhou com isso? A resposta é nada, só se perdeu. Perdeu-se na descontinuidade, perdeu-se na pausa que por causa disso ocorreu e perdeu-se, sobretudo, na imagem do Estado, que tem como seu primeiro dever respeitar e enaltecer quem o serve bem.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - O Eng.º Cardoso e Cunha serviu bem o Estado, não merecia a mesquinhez da politiquice barata, que é outro mal do qual, de vez em quando, temos crises agudas.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, encarei sempre a Expo 98 como sendo muito mais importante do que um simples acontecimento efémero e extraordinário, que nasce e morre em questão de meses. Antes, encarei sempre a Expo 98 como uma oportunidade única, talvez até um pretexto, de abrir aos portugueses um novo centro da cidade de Lisboa e de embarcar na descoberta de um novo espaço que anteriormente lhes estava vedado.
Preocupei-me sempre muito mais com o que ficaria depois, para sempre, do que com o que ocorreria durante os meses em que a Expo 98 estivesse aberta. O esforço gigantesco que se foi não encontraria justificação se apenas tivesse sido realizado em função de acontecimentos passageiros, por mais brilhantes que fossem. Só encontraria a sua razão de ser no que fosse permanente, no que ficasse, depois, para nós e para as futuras gerações.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Neste dia, 30 de Setembro de 1998, continuo a pensar da mesma maneira. Espero que o sonho continue e que a cidade se faça. Foi nessa esperança que se percorreu todo este longo caminho.
E desse ponto de vista, a Expo 98, que constitui por si mesma uma homenagem empolgante à capacidade dos portugueses, a Expo 98, do futuro já anunciado, começa hoje mesmo, precisamente no próprio dia em que encerra.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Em nome do Partido Socialista, tem a palavra o Sr. Deputado Nuno Baltazar Mendes para uma intervenção.

O Sr. Silvio Rui Cervan (CDS-PP): - Vai rebater a crítica do Sr. Deputado João Amaral ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

Risos gerais,

O Sr. Nuno Baltazar Mendes (PS): - Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Cai hoje o pano sobre a exposição internacional, que não sobre a utopia que tornou realidade a Expo 98.
Queremos, aqui, saudar os homens e as mulheres que sonharam e acreditaram que Portugal e os portugueses seriam capazes de concretizar tão importante projecto, bem como todos aqueles que contribuíram com o seu trabalho para a sua edificação e realização e que, por isso mesmo, deram o máximo que tinham para dar em cada dia, todos os dias.
Permitam-me também uma palavra, naturalmente, a todos aqueles cidadãos de Lisboa, e não só, que foram afectados ao longo de vários anos com as obras e com os inconvenientes que elas causaram.
Permitam-me ainda que saliente António Mega Ferreira pela sua clarividência, capacidade de sonhar e de concretizar, bem como pela humildade e pela luta que sempre travou contra o fatalismo.

O Sr. António Reis (PS): - Muito bem!