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ter a decisão certa no momento certo, vencendo as dificuldades evidentes quando, precisamente, outros nos diziam para não irmos por esse caminho.

Aplausos do PS.

Lembro-vos só o caso de Timor, que é um caso paradigmático, em que os senhores criticaram o acordo que levou à independência…

Protestos do PSD.

… e as decisões que permitiram que a comunidade internacional interviesse.

Protestos do PSD.

O que nos divide é que nós temos capacidade de decisão e os senhores vivem na reclamação mítica de um chefe autoritário. Enganam-se!

Aplausos do PS.

A Sr. Manuela Ferreira Leite (PSD):- Essa teve graça!

O Orador:- Os portugueses querem medidas concretas destinadas a solucionar os problemas das pessoas. Mas os portugueses não querem ir por esse caminho. Os portugueses querem segurança, mas não querem uma plataforma securitária, que é a única que as bancadas de direita são capazes de apresentar.

Protestos do Deputado do PSD José Luís Arnaut.

Portanto, há aqui uma linha divisória que ficou claramente expressa neste debate. Verifico que a falta de tranquilidade das bancadas à direita é manifesta quando as verdades se dizem.
O outro cliché foi o da ingovernabilidade. Mas quem provoca ou quer provocar a ingovernabilidade se não o partido que, sabendo que não tem condições para fazer aprovar nesta Assembleia uma moção de censura, a apresenta? Quem quer minar, dessa maneira, a credibilidade das instituições e provocar a instabilidade?

Protestos do PSD.

A oposição de direita fez, ainda, o discurso do caos. Pintaram-nos um cenário de caos económico e social, de insegurança nas ruas, de insegurança no quotidiano das pessoas. Em contraste com isso, o Governo apresenta obra, apresenta medidas que vão no sentido de permitir o crescimento sustentável, a melhoria das condições de vida e medidas concretas a favor da segurança dos portugueses.
O Sr. Deputado Durão Barroso ofereceu-nos hoje, aqui, um livro com capa cor-de-laranja. Tive o cuidado de consultar o capítulo relativo às medidas de segurança e fiquei surpreso por lá não ter encontrado duas das propostas que o Sr. Deputado Durão Barroso veio fazer hoje: a relativa à coordenação e a das polícias municipais.

Protestos do PSD.

O Sr. Guilherme Silva (PSD): - É porque nós evoluímos e os senhores não!

O Orador: - Verifico que o discurso que faço incomoda a oposição de direita, que não gosta de ouvir algumas verdades, mas insisto em dizer, contra o discurso do caos, contra o discurso da insegurança, contra o discurso da ingovernabilidade, que nós temos obra, que nós reconhecemos quando erramos e que o Governo e o Sr. Primeiro-Ministro são capazes de tomar as medidas de mudança de rumo que se revelem necessárias para assegurar a governabilidade do País,…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Quais?

O Orador: - … o cumprimento do Programa sufragado pelos portugueses.
É que, Sr.as e Srs. Deputados, quando um governo erra, quem tem a última palavra são os eleitores e nós não tememos o veredicto dos eleitores,…

O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Nem nós!

O Orador: - … porque - e reafirmo-o - este Governo tem obra, tem Programa e porque do que se trata é de criar condições nesta Câmara para conseguir levar a cabo uma política na qual os portugueses confiaram e que julgamos ser a melhor para as pessoas.
É por isso, Sr.as e Srs. Deputados, que não podemos aceitar a atitude de uma oposição irresponsável que apresenta uma moção de censura sem solução de governabilidade e sem programa económico e social alternativo.
É por isso que apreciamos, e apreciaremos, a atitude das forças políticas que sejam capazes de nos apreciar pelo valor das nossas propostas económicas e sociais. É isto que, em breve, estará em debate em sede do Orçamento do Estado, estará em debate aquando da apresentação por este Governo das medidas reformistas em matéria de política fiscal.
Para nós, a política faz-se com medidas sérias. Fiéis à nossa tradição democrática, rejeitamos os apelos irresponsáveis ao autoritarismo de um chefe e a soluções securitárias para a sociedade portuguesa.

Aplausos do PS.

O Sr. António Capucho (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra para defesa da consideração da bancada.

O Sr. Presidente: - Agradecia-lhe que identificasse a ofensa.

O Sr. António Capucho (PSD): .- Sr. Presidente, entre outras questões, o Sr. Deputado acaba de falar na saudade de um chefe autoritário, coisa que…

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, liminarmente, Sr. Deputado.

O Sr. António Capucho (PSD): - Como é óbvio, Sr. Presidente.