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0431 | I Série - Número 12 | 19 De Outubro De 2000

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado José Carlos Tavares.

O Sr. José Carlos Tavares (PS): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Carvalho Martins, é óbvio que… - e o que é óbvio, é obvio! -…

Risos.

… Viana do Castelo não tem comparação, em termos de crescimento e de desenvolvimento destes últimos cinco anos com o que se passou antes.

Protestos do PSD.

O meu colega e amigo Carvalho Martins deve ter-se esquecido dos problemas extraordinários que havia na área da saúde daquele distrito, com manifestações e camionetas em protestos sucessivos, num bloqueio absoluto em termos da administração da saúde. Hoje, absolutamente nada disso existe;…

Vozes do PS: - É verdade!

O Orador: - … hoje, temos um investimento avultado nos diferentes hospitais, uma ligação cruzada com os centros de saúde, não havendo já praticamente listas de espera, as urgências são feitas em tempo de grande oportunidade, sendo tudo isto muito mais célere - isto no âmbito da administração. Mas isto também foi possível pelas vias de comunicação que lançámos - os senhores nunca tinham sequer pensado no IC28 ou no IP9, que estão a ser concretizados, e brevemente teremos também a concretização da obra Viana do Castelo/Ponte de Lima. O IC28 foi adjudicado, como sabe, na passada sexta-feira, pelo Sr. Ministro Jorge Coelho; a adjudicação do IC1, até Caminha, vai agora ser lançado e o lanço até Valença está em fase de estudo prévio. Concretizámos, em tempo oportuno, aquilo que os senhores não fizeram e tinham suspendido, a A3, de Braga/Valença, para permitir a ligação rápida entre a Galiza e Lisboa, nomeadamente por causa da EXPO.
Quanto à ferrovia, temos o projecto de electrificação. Queremos a ligação ao porto de mar.
Em relação ao portinho de Vila Praia de Âncora, que os senhores sempre protelaram, não tínhamos sequer esta obra prevista no nosso programa, mas o Sr. Primeiro-Ministro, aquando da sua visita, inteirou-se da situação e entendeu ser uma necessidade absoluta fazermos a obra. Porém, a demora que se verifica é por causa do estudo de impacte ambiental, porque, como sabe, havia três opções e nós escolhemos aquela que poderá satisfazer melhor as pessoas. Foi por esta razão que demorou um pouco mais. Mas a obra será lançada ainda no decorrer do ano 2000, início de 2001.
No que diz respeito aos hospitais, ao portinho de Vila Praia de Âncora e às acessibilidades, está praticamente tudo dito. Tudo o que hoje se vê no distrito não tem comparação…

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, terminou o seu tempo. Faça o favor de concluir.

O Orador: - É verdade que precisamos de muito mais, por isso a minha intervenção foi apelativa, foi para pedir mais solidariedade nacional. Mas a situação do distrito hoje não tem comparação possível, como os senhores sabem, com aquela em que se encontrava. Basta ver!

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, temos, nada mais, nada menos, do que nove votos, para discutir e votar hoje, o que me parece muito. Assim, tendo em conta que a reunião plenária de amanhã tem uma agenda um pouco mais folgada em termos de período de antes da ordem do dia, uma vez que só poderá haver, excepcionalmente, uma declaração política, não mais do que uma - e mesma essa poderá não haver -, sugiro que, nos 5 ou 10 minutos que restam para terminar o período de antes da ordem do dia, se discuta e vote apenas os votos relativos ao aniversário da unificação alemã, ficando os restantes para amanhã. Até porque dois deles, os votos n.os 91/VIII - De saudação ao povo da Sérvia (PS e CDS-PP) e 93/VIII - De saudação ao povo da Jugoslávia (PCP), são praticamente sobre o mesmo, enfim, não são bem a mesma coisa, mas quase.
Portanto, Srs. Deputados, se estiverem de acordo, vamos dar início à discussão dos votos n.os 80/VIII - De congratulação pela passagem do 10.º aniversário da unificação alemã (PSD), 84/VIII - De saudação pela passagem do 10.º aniversário da unificação alemã (BE), 90/VIII - De congratulação pela passagem do 10.º aniversário da unificação alemã (PS) e 94/VIII - De congratulação pela passagem do 10.º aniversário da unificação alemã (CDS-PP), dispondo cada grupo parlamentar, para o efeito, de 3 minutos.

Pausa.

Visto não haver objecções, tem a palavra o Sr. Deputado Rosado Fernandes.

O Sr. Rosado Fernandes (CDS-PP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: É com um pouco de atraso que vamos celebrar a chamada Wiedervereinigung - a reunificação alemã.
Há dias, por curiosidade, fui buscar um atlas de Julius Perthes, de Gota, de 1894, que tenho em minha casa, e estive a ver qual era a extensão do Império Teutónico, que, nessa altura, chegava de Estrasburgo a Könisgberg. Könisgberg, a cidade de Kant, como todos sabem, era na Prússia oriental; Danzig, agora Gdanz, era na Prússia Ocidental. E depois de Yalta, ficou a Alemanha dividida pela linha Oder-Neisse, ali com uma cidadezinha pequenina mas bem conhecida, Cottbus.
Houve várias interpretações pessimistas a que não fugiram a Sr.ª Thatcher e o Presidente Mitterrand. E não foi a História - queria dizer isto aos meus colegas do PSD, nomeadamente ao Sr. Deputado António Capucho - que fez a reunificação mas, sim, a vontade casmurra (parecia um homem da Westfália!) de Helmut Kohl. A verdade é que os Wessis, os ocidentais, não queriam sacrificar-se pelos Ossis, os orientais, e nem uns nem outros se entendiam bem. A meu ver, é importante verificarmos como dois regimes conseguem fazer dois países - não foi como no caso dos chineses, em que há um país e dois regimes; ali, havia dois regimes e dois países diferentes! Vi discussões entre Wessis e Ossis, entre ocidentais e orientais, onde se acusavam mutuamente, uns, de serem desprezados e, outros, de serem explorados. É o que se tem passado na Alemanha.