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1 DE JUNHO DE 2001 27

interferir no sentido de que, em algumas conclusões dos O Orador: —Nunca antes o Conselho Europeu, repi-Conselhos Europeus, algumas pequenas linhas fossem to, ao nível de Chefes de Governo, tinha incluído isso nas dedicadas a esse tema. suas conclusões. O que não quer dizer nada, é apenas um

facto objectivo. E quero também dizer, com inteira since-Vozes do PSD: —E as instruções? Quem é que deu as ridade, que sempre encontrei em todos os diplomatas por-

instruções? tugueses um empenhamento e uma vontade, que suponho ser de sempre, na defesa do caso de Timor. Não posso O Sr. Presidente: —Srs. Deputados, peço-vos calma! deixar de dizer também que a maior mágoa que tenho, na

Assim, não se resolve nada! minha própria vida política, em relação a Timor, ocorreu em Agosto, o mês da realização do referendo, e em função O Sr. António Capucho (PSD): — Sr. Presidente, da posição pública tomada então pelo Sr. Deputado Durão

peço a palavra para interpelar a Mesa. Barroso, que não quero comentar. O Sr. Presidente: —Tem a palavra, Sr. Deputado. Vozes do PS: —Muito bem! O Sr. António Capucho (PSD): — Sr. Presidente, a O Orador: —Em relação àquilo que foi dito sobre a

minha interpelação é no sentido de apelar a V. Ex.ª para União Europeia, gostaria de sublinhar uma questão que é pedir ao Sr. Deputado José Barros Moura que confirmasse essencial: a única maneira de defender permanentemente o quem deu as instruções, qual foi o Governo, quem foram interesse nacional é incluir o interesse nacional numa pers-os membros do Governo e quem foram os embaixadores. pectiva de futuro em relação à Europa.

O Sr. Presidente: —Sr. Deputado José Barros Moura, O Sr. Manuel dos Santos (PS): — Essa é que é a ques-

ouviu este apelo? Não tenho de o repetir? tão! O Sr. José Barros Moura (PS): — Não, Sr. Presiden- O Orador: —Pensar que é possível, brandindo apenas

te. argumentos de interesse português, defender o interesse nacional numa organização como a União Europeia, é O Sr. Presidente: —Sendo assim, caso queira com- inteiramente inviável. E, neste sentido, quero dizer que a

plementar as suas declarações, tem a palavra, Sr. Deputado intervenção do Sr. Deputado José Barros Moura é inteira-José Barros Moura. mente correcta; isto é, a única forma de garantir a defesa

do interesse português é inseri-la numa perspectiva estra-O Sr. José Barros Moura (PS): — Sr. Presidente, en- tégica para a Europa e para o seu desenvolvimento.

tendo que já dei, sobre o assunto, as explicações que tinha a dar à Câmara e nada mais tenho a acrescentar. Aplausos do PS.

Aplausos do Deputado do PS Manuel dos Santos. O Sr. Presidente: —Para pedir esclarecimentos, tem a palavra a Sr.ª Deputada Maria Eduarda Azevedo. Protestos do PSD. A Sr.ª Maria Eduarda Azevedo (PSD): — Sr. Presi-O Sr. Presidente: —Srs. Deputados, vamos fazer si- dente, Sr. Primeiro-Ministro, porque estamos em maré de

lêncio. O Presidente não pode obrigar ninguém a dizer o dizer a verdade, deixe-me dizer, Sr. Primeiro-Ministro, quer que seja ou a falar, só pode dar a palavra a quem a começando por aqui, que V. Ex.ª é altamente previsível. E pede. é previsível, desde logo, porque trouxe hoje, aqui, para a

Para responder aos pedidos de esclarecimento, tem a agenda, a questão europeia só para «matar dois coelhos palavra o Sr. Primeiro-Ministro. com uma cajadada»: um coelho era esconder, neste caso

concreto, a inabilidade da sua governação; o outro, é o que O Sr. Primeiro-Ministro: —Sr. Presidente, eu gosta- aqui está em causa, era fugir àquela que é uma nódoa, Sr.

ria de prestar aqui preito à acção, seguramente solidária Primeiro-Ministro, no seu pendor democrático, que foi o para com o seu governo, do então Ministro dos Negócios facto de o Sr. Primeiro-Ministro ter ido primeiro a Berlim Estrangeiros João de Deus Pinheiro, quando impediu a dizer, num forum internacional, qual era a posição de Por-realização do acordo entre a ASEAN e a União Europeia tugal relativamente ao futuro da Europa e só depois é que em defesa do interesse do povo de Timor-Leste, facto que veio aqui, hoje, para dizer isso mesmo. não deve ser escamoteado perante esta Câmara.

Quero também dizer que é objectivamente verdade que O Sr. António Capucho (PSD): — Muito bem! a primeira vez que um Conselho Europeu (não me refiro a outros órgãos da União, mas, sim, ao Conselho Europeu ao O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): — É verdade! nível de Chefes de Governo) incluiu nas suas conclusões o tema de Timor foi no Conselho Europeu de Madrid, em A Oradora: — Sr. Primeiro-Ministro, os cidadãos por-que eu próprio estive. tugueses, o povo português está em primeiro lugar, não

para si, mas para nós. O Sr. Manuel dos Santos (PS): — Exactamente! Vozes do PSD: —Muito bem!